Intervenções de saúde e nutrição na comunidade escolar relacionada à saúde bucal
Por: Mariane Carvalho • 19/10/2016 • Trabalho acadêmico • 2.449 Palavras (10 Páginas) • 646 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências da Saúde
Ana Carolina Rosa de Oliveira RA: B54JDA-9
Diego Silva Fatureto RA: B4535I-0
Fernanda Gabriela da Silva Viana RA: B369BJ-2
Mariane Carvalho dos Santos RA: B3861H-4
Patrícia Pereira de Almeida RA: B4190J-9
Thalita Marino da Silva RA: B529GB-0
Intervenções de saúde e nutrição na comunidade escolar relacionada à saúde bucal
Trabalho apresentado para a disciplina de Politica de Nutrição Alimentar na Saúde II do Curso de Enfermagem e Nutrição, campus Swift, do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista – UNIP.
CAMPINAS / 2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO DO PROJETO
METODOLOGIA
O PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE BUCAL
ALIMENTAÇÃO INFLUENCIA MAIS QUE DO QUE A HIGIENE NA SAÚDE BUCAL
CÁRIES E ALIMENTAÇÃO
O QUE OS HÁBITOS ALIMENTARES INDICAM SOBRE A SAÚDE ORAL
HIGIENE BUCAL SUPERVISIONADA EM ESCOLAS E CRECHES
TÉCNICA CORRETA DE ESCOVAÇÃO DOS DENTES
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
A Educação em Saúde no Brasil possui dois pressupostos, sendo primeiro referente às medidas preventivas e curativas que visam à obtenção da saúde e o enfrentamento das doenças. Já, o segundo diz respeito às estratégias da promoção da saúde e objetiva a construção social da saúde e do bem estar. A avaliação e promoção de saúde bucal é ação essencial que integra o Componente I do Programa Saúde na Escola (Avaliação das Condições de Saúde) e se configura como uma forma de uma equipe multidisciplinar identificar sinais e sintomas relacionados a alterações identificadas em educandos matriculados nas escolas participantes do Programa. Com base nessa avaliação, é possível planejar ações para a promoção da saúde bucal, que está inserida num conceito amplo de saúde que transcende a dimensão meramente técnica do setor odontológico, promovendo uma integração às demais práticas de saúde coletiva. As ações devem mostrar a importância da saúde bucal relacionada com os atos de sorrir, mastigar, engolir e falar.
OBJETIVO DO PROJETO
- Reduzir fatores de risco para a saúde através de orientações e garantir dentro do ambiente escolar uma alimentação e saúde bucal saudável:
O projeto desenvolvido tem como objetivo promover saúde bucal, reduzir fatores de risco e promover uma alimentação saudável dentro de ambientes escolares, orientando crianças, pais, mestres e demais funcionários atuantes nas escolas.
É importante enfatizar aos pais e funcionários das escolas a necessidade de cantinas e merendas que sejam saudáveis e ofereçam nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento infantil e que não ofereçam riscos à saúde. As crianças devem desde cedo serem ensinadas a se alimentar bem, assim como aprender a cuidar de sua saúde, porém devem ser orientadas de forma que despertem seu interesse no assunto, de uma forma descontraída, com brincadeiras e colocando em prática o aprendizado. Para que desta forma, aceitem e pratiquem o que foi ensinado e levem o conhecimento para casa, colegas e no decorrer de suas vidas.
As escolas e equipes de saúde tem papel relevante neste ensino, devendo as escolas se empenhar em oferecer alimentos saudáveis aos alunos e as equipes de saúde trabalhar com promoção de saúde, orientação e avaliação individual das crianças.
METODOLOGIA
Este estudo fictício, o qual se iniciou pela fundamentação sobre a temática da Promoção da Saúde, com enfoque diferenciado para o campo da Educação em Saúde. O mesmo emergiu da proposta de executar ações educativo-preventivas em saúde bucal por meio da realização de oficinas (problematização e construção) com o tema saúde bucal. Nas oficinas devem-se apresentar os índices socioeconômicos da comunidade e discutir dialeticamente o papel de cada sujeito no processo de promoção da saúde. Problematizar a realidade da comunidade em seus vários aspectos, procurando superar a dicotomia entre a saúde bucal e os outros elementos associados ao processo saúde-doença, de forma a perceber que as condições de saúde bucal não são determinadas pelos sujeitos individualmente, mas pela soma de inúmeros fatores (condições de moradia, saneamento básico, emprego, acesso aos serviços de saúde, entre outros), que geram situações de saúde/ doença que se manifestam no corpo, na alma, na boca. A construção coletiva deve permitir a ampliação da clínica e re-significação do conceito de cuidar a partir dos dispositivos instituintes (autonomia, pertencimento, empoderamento) e integradores (responsabilização, participação e vínculo). As oficinas devem incluir abordagens sobre os fatores de risco ou de proteção às doenças bucais, formas adequadas e alternativas de higienização e alimentação. Durante esta semana de oficina haverá palestras reforçando a importância da saúde bucal, terá a distribuição de um kit- bucal (pasta de dente, escova, dental e enxaguante bucal) por aluno, dinâmica com participação de todos os alunos na técnica correta de escovação e monitorização destas orientações através de uma dinâmica com perguntas e respostas dentro da referida disciplina, com envolvimento direto de acadêmicos de Enfermagem e Nutrição. (1,2)
O PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE BUCAL
As ações se saúde necessitam incluir todas as perspectivas do processo saúde-doença, ou seja, dar respostas de promoção e proteção à saúde, ações de recuperação e reabilitação (BRASIL, 2004). Para tanto, precisará articular-se a uma rede de serviços hierarquizada, possibilitando a resolubilidade das diferentes demandas apresentadas pelos usuários. Paralelamente, não poderá ser construídos sem a participação dos diferentes sujeitos trabalhadores da saúde (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agente comunitário de saúde, entre outros), bem como só terá legitimidade se houver a compreensão e participação da comunidade (em suas várias representações), e do usuário individual no momento da busca por um serviço de saúde bucal. A implantação do Sistema Único de Saúde desencadeou inúmeros desafios, principalmente em relação a sua capacidade de ofertar serviços capazes de garantir a universalização das ações e a integralidade ao cuidado das demandas e necessidades historicamente acumuladas na sociedade brasileira. A Lei 8080/90 legitima a saúde como um direito de todo cidadão, devendo o Estado garantir/ prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício (BRASIL, 1990). Compreende a saúde como qualidade de vida e, portanto, circunscrita em seus vários espectros – biológico, social, econômico, político, cultural e ideológico. Nesse sentido, a saúde bucal é apenas um fragmento dessa totalidade complexa e, irremediavelmente, imbricada. A saúde bucal é a qualidade de saúde que se apresenta na cavidade bucal e, também, é sócio-culturalmente construída. Nesse sentido, saúde bucal é um conceito genérico, utilizado para organizar um núcleo de conhecimentos específicos, mas dependente de outros campos de saberes. Portanto, a saúde bucal configura-se como matriz da formação dos cirurgiões-dentistas, mas só efetiva-se no encontro com as ações desenvolvidas por diferentes sujeitos (médicos, enfermeiros, técnicos, agentes comunitários, gestores/ políticos, professores, entre outros), tendo o sujeito usuário como centro do cuidado.
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