Casimiro De Abreu
Pesquisas Acadêmicas: Casimiro De Abreu. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: affesuqueci • 5/3/2014 • 598 Palavras (3 Páginas) • 399 Visualizações
"Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem, mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras, À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!"
Esses versos, que compõem a primeira estrofe do poema Meus Oito Anos, tornaram-se os mais conhecidos da obra de Casimiro José Marques de Abreu, poeta que integra a chamada 2ª geração do Romantismo brasileiro. Filho de uma família rica, Casimiro de Abreu iniciou seus estudos em Nova Friburgo (RJ), aos dez anos, mas não chegou a completar o curso de Humanidades. Seu pai, o negociante português José Joaquim Marques de Abreu, o obrigou a trabalhar no comércio, na cidade do Rio de Janeiro, contrariando sua vocação para as letras.
Em 1853, Casimiro foi mandado para Lisboa, onde viveu por quatro anos. A perda dos sonhos da infância, a melancolia, a solidão e principalmente a saudade gerada pela distância da pátria e da família serviram de inspiração aos seus primeiros versos: "estando em minha casa à hora da refeição, pareceu-me escutar risadas infantis da minha mana pequena. As lágrimas brotavam e fiz os primeiros versos de minha vida, que teve o título Ave Maria".
Em Portugal, além dos poemas, o escritor obteve certo êxito no teatro com sua peça Camões e o Jau (1856). Entretanto, também contraiu tuberculose, o que o obrigou a retornar ao Rio de Janeiro, em 1859. Teve tempo de ver seu único livro de poesias, Primaveras, ser publicado às custas do pai, antes de falecer, na fazenda da família.
Sua poesia tornou-se muito popular durante muitas décadas, devido à linguagem simples, delicada e cativante, e aos temas comuns do lirismo romântico: o amor impossível e platônico, o conflito entre o desejo e a pureza, a depressão e a morte. Também está presente em sua obra a exaltação ao sentimento patriótico e às glórias da independência. Apesar da popularidade, porém, a crítica literária considera - com razão - sua obra estereotipada e superficial.
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