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Coesão E Coerência

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Por:   •  3/4/2014  •  484 Palavras (2 Páginas)  •  248 Visualizações

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No primeiro capítulo, a autora explica o conceito de lingüística textual como “ciência da estrutura e do funcionamento dos textos” e logo depois de resolver tal dilema, a professora passa a questionar o conceito de texto, e coloca o leitor num dilema de ter que pensar melhor ao usar este termo, já que texto é “toda e qualquer manifestação da capacidade textual do ser humano”, e por fim, promete uma série de linhas de reflexões sobre coesão e coerência para o decorrer do livro.

A autora, no segundo capítulo, ao invés de exibir a sua definição de coesão e de coerência, prefere mostrar o ponto de vista de diversos autores, terminando com os pensamentos de Beaugrande e Dressler encerrando brilhantemente com a demonstração de que um texto não precisa necessariamente ter coesão, contanto que o tipo de texto seja um que não precise (por exemplo, um poema), aí estará justificada a coerência.

Mas como Fávero deixou de exemplo, existem estruturas que possuem coesão e não possuem coerência, essas não poderão ser chamadas de textos, embora sejam (no sentido léxico-gramatical) corretas.

Alguns tipos de classificação de coesão são apresentados no terceiro capítulo, desses, alguns são considerados desnecessários. A autora propõe uma reclassificação da coesão, deixando assim três tipos de coesão: referencial, recorrencial e seqüencial stricto sensu, que são estudados em capítulos posteriores.

Os capítulos que se seguem explicam cada tipo de classificação de coesão, exemplificando cada um. Como a explicação é universal, nada mais há que se falar a respeito disso. Porém, devo ressaltar que a autora foi muito feliz ao colocar diversos textos sob análise para que os leitores possam ver a prática além da teoria.

No oitavo capítulo da obra, Fávero apresenta o estudo da coerência textual, classificando-a como “nível de conexão conceitual e estruturação do sentido, manifestado, em grande parte, macro textualmente.”

Logo em seguida, a renomada lingüista brasileira passa a falar sobre os aspectos cognitivos do texto e as características da coerência. Resumindo ao término do capítulo, todo esse em uma afirmação: “a coesão é decorrência da coerência e a concatenação linear não é garantia de um texto coerente, mas as de conexão conceitual-cognitiva”. O capítulo que se segue traz mais uma série de análises textuais.

Encerrando o assunto, a autora insere um estudo de coesão e coerência na fala, o que é desnecessário, já que a fala sendo natural não possui a necessidade de tais regras, ainda mais em um livro que só tinha como intenção dar uma “pincelada” sobre o assunto coesão e coerência. Felizmente ela termina o livro antes de se embaraçar com um tema meio que “polêmico” que deveria ser uma obra individual. Logo no final do livro, segue uma bibliografia comentada e um vocabulário crítico que são interessantes anexos que enriqueceram a obra sem serem confundidos com a mesma. Estes “extras” não criaram a confusão do capítulo que os antecedeu.

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