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Estatistica Autoestima e Auto Eficácia

Por:   •  1/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.709 Palavras (7 Páginas)  •  249 Visualizações

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Autoestima

           Segundo Rosenberg a autoestima é um conjunto de sentimentos e pensamentos do indivíduo sobre seu próprio valor, competência e adequação, que se reflete em uma atitude positiva ou negativa em relação a si mesmo. A autoestima relaciona-se a construtos psicológicos como bem-estar e autoconceito sendo amplamente investigada no campo da psicologia da personalidade.

     A autoestima é considerada um dos principais preditores de resultados favoráveis na adolescência e na vida adulta, tendo implicações em áreas como sucesso ocupacional, relacionamentos interpessoais e desempenho acadêmico. Por outro lado, a influência desta característica também tem sido observada em problemas adversos como agressão, comportamento antissocial e delinquência na juventude.

     Dada a sua relação com o ajustamento psicossocial, a autoestima tem sido vista como um importante indicador de saúde mental e um fator relevante nas análises de crescimento e progresso nos países desenvolvidos. 

      A mensuração da autoestima tem sido mundialmente realizada por meio da Escala de Autoestima de Rosenberg – EAR, conceitualizada pelo autor como um instrumento unidimensional capaz de classificar o nível de autoestima em baixo, médio e alto.

      A baixa autoestima se expressa pelo sentimento de incompetência, inadequação e incapacidade de enfrentar os desafios; a média é caracterizada pela oscilação do indivíduo entre o sentimento de aprovação e rejeição de si; e a alta consiste no autojulgamento de valor, confiança e competência. A escala original foi desenvolvida para adolescentes e possui dez sentenças fechadas, sendo cinco referentes à “autoimagem” ou “autovalor” positivos e cinco referentes à “autoimagem negativa” ou “auto depreciação”. As sentenças são dispostas no formato Likert de quatro pontos, variando entre “concordo totalmente” e “discordo totalmente”. Tendo em vista essas considerações, o objetivo deste estudo foi avaliar as características psicométricas da EAR em 4.757 adolescentes brasileiros. Além disso, buscou-se verificar possíveis diferenças nos escores dos adolescentes em relação ao sexo e à idade.

Autoeficácia

            O tema da autoeficácia remete ao estudo da Teoria Social Cognitiva (TSC) da qual a Teoria da Autoeficácia se constitui elemento central. Na concepção de Bandura, a autoeficácia é tida como um dos mecanismos-chave para a composição da agência humana. Embora possa ser investigada de forma independente, a Teoria da Autoeficácia está contida na Teoria Social Cognitiva a qual lhe dá suporte e sentido. Isto faz com que intervenções baseadas apenas na discussão da Teoria da Autoeficácia tenham menor consistência, caso não sejam pautadas pelo olhar teórico-explicativo da Teoria Social Cognitiva.

    A TSC explica o comportamento humano mediante um modelo de reciprocidade triádica. Nesse modelo, a conduta, os fatores pessoais internos (eventos cognitivos, afetivos e biológicos) e o ambiente externo atuam entre si como determinantes interativos e recíprocos. Dessa forma, o indivíduo cria, modifica e destrói o seu entorno.    O indivíduo se torna agente e receptor de situações que se produzem, e ao mesmo tempo essas situações determinarão seus pensamentos, emoções e comportamento futuro.

   Para Bandura, o princípio básico que fundamenta a TSC é a perspectiva da agência, a qual se contrapõe aos princípios behavioristas que baseavam os processos de aprendizagem na associação entre os estímulos ambientais e as respostas individuais:

"Ser agente significa influenciar o próprio funcionamento e as circunstâncias de vida de modo intencional. Segundo essa visão, as pessoas são auto-organizadas, proativas, autorreguladas e autorreflexivas, contribuindo para as circunstâncias de suas vidas, não sendo apenas produtos dessas condições. (Bandura, 2008, p.15)."

    A agência humana possui, segundo Bandura, quatro características fundamentais: intencionalidade, antecipação, autorreatividade e autorreflexão. A intencionalidade significa que as pessoas podem escolher o modo de agir, elaborando planos e estratégias de ação para realizá-los. Pela antecipação, as pessoas antecipam resultados esperados de ações prospectivas, guiando e motivando seus esforços. Com a autorreatividade os agentes monitoram o próprio comportamento e regulam suas ações pela influência autorreativa, fazendo coisas que lhes dão satisfação e sentido de autovalor, e evitam ações que lhes tragam insatisfação e autocensura. Já pela autorreflexão os agentes são auto examinadores do seu próprio funcionamento. Eles refletem sobre sua eficácia, suas motivações e valores e fazem as correções necessárias.

    A autoeficácia é tida como a percepção do indivíduo a respeito de suas capacidades no exercício de determinada atividade. Bandura a entende como “as crenças das pessoas a respeito de suas capacidades de produzir determinados níveis de desempenho que exercem influência sobre fatos que afetam suas vidas”. Essas crenças determinam como as pessoas se sentem, pensam, se motivam e se comportam. Já Costa afirma que a percepção de autoeficácia se refere às crenças que se tem sobre a própria “capacidade de organizar e executar ações exigidas para manejar uma ampla gama de situações desafiadoras, inclusive aquelas prospectivas, de maneira eficaz, ou seja, conseguindo alcançar os objetivos específicos propostos”. Ainda segundo a autora, além de gerar capacidades ou competências, a percepção de autoeficácia também tem outras influências sobre o comportamento humano, tais como padrões de reações emocionais e de pensamentos, os resultados esperados, o comportamento antecipatório e as restrições ao próprio desempenho.

    Desse modo, a partir da TSC, a autoeficácia pode ser vista, de um lado, na perspectiva agêntica, na qual se observa a subjetividade do indivíduo, considerado sujeito de sua história e não apenas produto do meio. De outro modo, a reciprocidade existente entre indivíduo, ambiente e comportamento, permite ao indivíduo influenciar e ser influenciado em seu comportamento. Além disso, nota-se a especificidade do contexto, no qual existe o julgamento de competência.

 

Resultados
     Em relação à porcentagem de sexo dos participantes: com dados da tabela um obteve-se um resultado de trinta e sete participantes, totalizando trinta (81,08%) mulheres e sete (18,91%) homens. Tendo um resultado de numero maior de mulheres com 81,08%.

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