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Familia Na Escola

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Por:   •  30/9/2013  •  2.885 Palavras (12 Páginas)  •  1.650 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Este projeto de intervenção foi desenvolvido com o objetivo de analisar a importância da participação da família na escola, contribuindo assim com as discussões sobre a relação entre a escola e a família, além de sugerir estratégias de comunicação e participação dos pais na escola.

A relação entre a escola e a família tem sido muito discutida por pesquisadores ou gestores dos sistemas e unidades de ensino em quase todo o mundo. Segundo Paro (2000), pesquisador que realizou um estudo sobre o papel da família no desenvolvimento escolar de alunos do ensino fundamental, o distanciamento entre escola e família não deveria ser tão grande, pois para ele, a escola não ”assimilou quase nada de todo o progresso da psicologia da educação e da didática, utilizando métodos de ensino muito próximos e idênticos aos do senso comum predominantes nas relações familiares” (p.16).

Sabe-se que a família, por mais que tenha inúmeras responsabilidades educacionais sobre a criança, necessita de auxílio para efetivar este ensino com qualidade, como destaca Parolim (2007, p. 14): “sabemos que a família está precisando da parceria das escolas, que ela sozinha não dá conta da educação e socialização dos filhos”. Como consequência disto, a educação fornecida nestas duas instituições, ao invés de se complementarem, concorrem entre si, conforme a mesma autora destaca: “os professores afirmam que as posturas familiares são adversas ás posturas que adotam na escola com os alunos, como agravante em termos das suas aprendizagens”.

Diante desta situação, este projeto propõe elaborar algumas propostas de intervenção para que escola e família caminhem juntas, principalmente no que condiz ao preparo das reuniões escolares e tem como objetivo principal investigar junto à teoria qual é o papel da família e da escola no desempenho escolar das crianças numa perspectiva partilhada com e pela comunidade escolar, compreendendo que é muito importante para a escola caminhar com a participação da família.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EDUCAÇÃO

De acordo com Brandão (1978, p.8-9), “educação são todos os processos sociais da aprendizagem, não há uma forma nem único modelo de educação, a escola não é um o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor (...)”. Para ele, a educação existe onde não há escola, pois a educação é um fragmento do modo de vida dos grupos sociais que cria e recria entre tantas outras invenções de sua cultura em sociedade, a educação é dinâmica. A educação tem a possibilidade de dar um norte para chegar onde se quer, e está em constante crescimento acontecendo de modos diferentes, nos mais diferentes lugares e ainda assim, todos participam dela, como afirma Moraes (1997):

“Para tanto, a educação deverá oferecer instrumentos e condições que ajudem o aluno a aprender a aprender, a aprender a pensar, a conviver e a amar. Uma educação que ajuda a formular hipóteses, construir caminhos, tomar decisões, tanto no plano individual quanto no plano coletivo”. (MORAES, 1997, p. 211)

Heidrich (2009, p.14) reconhece: “todos tem o direito de aprender. Ela deve visar o pleno desenvolvimento da personalidade humana e capacitar todos a participar efetivamente de uma sociedade livre”. Portanto, faz-se necessário que se pense em educação, pois isso é importante para que haja uma mudança real e profunda. Porém, para que a mesma aconteça é necessário que cada um, Estado, sociedade, escola e família assumam suas responsabilidades.

2.2 FAMÍLIA E ESCOLA

A família tem um papel imprescindível na vida de seus filhos e a escola, vem para reforçar esses valores primeiros, acrescentando, mas não assumindo para si o papel inicial da família. Dessa forma, pode-se dizer que:

“Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo, e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam”. (TIBA, 1996, p. 111).

O papel da família é essencial, pois é ela que determina, desde cedo, o que seus filhos precisam aprender, quais são instituições que devem frequentar o que é necessário saberem para tomarem as decisões que os beneficiem no futuro. De acordo com Palato (2009, p. 102-104), seria positivo se a família em conversas com professores e coordenadores explicasse sua situação e qual seria a melhor forma de participação para a educação de seu filho, com certeza tudo poderia ser bem melhor.

Para Heidrich (2009, p.25), “a escola foi criada para servir à sociedade. Por isso, ela tem a obrigação de prestar conta de seu trabalho, explicar o que faz e como conduz a aprendizagem das crianças e criar mecanismos para que a família acompanhe a vida escolar dos filhos”, mas não é apenas a escola que educa. Fica claro então que crianças, jovens devem ter seus direitos assegurados não só pela família como também pela sociedade e pelo Estado. De acordo como o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 2004):

“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referente à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária” (ECA, 2004, p.11).

Segundo o Estatuto, a sociedade, a família, a comunidade e o poder público têm o dever de acompanhar o desenvolvimento da criança para que os pais tenham uma visão melhor do filho em relação à escola, e Tiba (2007, p.189, 190) afirma ao falar da escola, que deveria ser um trabalho em conjunto, no qual poderia ser ouvida a voz do coração e a voz da razão dos personagens da educação: a mãe, o pai e a escola.

Ter consciência da importância da educação é estabelecer um canal de comunicação com as famílias, para criar confiança entre pais e escola. Segundo Moraes (1997, p. 209), “a paz e a solidariedade, harmonia é alguma coisa que se aprende sim na escola, e a escola é profundamente responsável por isso, não através dos conteúdos que ela cria para pessoas e principalmente para as crianças”. A escola é importante para o convívio em sociedade, mas é necessário também estar preparado para aceitar a atualidade e os novos paradigmas. Como foi dito anteriormente

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