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Breve Conceito da Relação Família-Escola

Por:   •  27/4/2017  •  Monografia  •  3.979 Palavras (16 Páginas)  •  520 Visualizações

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2.5 Breve Conceito da Relação Família-Escola

Buscando a célula embrionária do processo educacional, tem-se nesta posição a família - instituição erga omnes, constatada em uma grande parte das civilizações, primordial que haja nas organizações sociais como também em sua totalidade. Assim como em toda a sociedade, mudanças sensíveis podem ser constatadas na organização familiar, em face da sua intersecção com as transformações social a qual está colocada, da economia que lhe afeta, dos progressos científicos e tecnológicos que lhes agulha, dos valores e contextos educacionais em que contextualiza seus filhos.
De
 forma mais abrangente, precisamente com o passar dos anos, “as transformações das populações do Ocidente originou-se as novas classes denominadas e chamadas de novas formas de família” (AMARO, 2016, p.71), portanto vemos as transformações no que refere a categorização em moldes familiares, totalmente diferente e fora de padrões para as novas gerações anteriores.
Sabendo que tem, uma gama de variações no modelo de família, há também agregados familiares que revolvem o momento atual, tão privado. Prontamente, o conceito de família tem se modificado concomitantemente.
O termo família por sofrer esses paradigmas conceituais, “é importante frisar nas várias possibilidades de modelos ficando claro a não existência de um único padrão para todos, mas sim, categorizar da forma que aparece em sociedade” Perrenoud (2011, p.59).

Há conceito que convergem no momento em que afirmam que a instituição família é de uma complexidade, porém vem sofrendo modificações incessante em grande espaço de tempo, pois é preciso expressarmos de forma consciente as diversas concepções que vem arraigando as referência de uma “nova família”(GIDDENS, 2014, p.22).

Do ponto de vista a família nuclear, vislumbra a concepção de família bem distante daquela conhecida pelas crianças, fugindo assim da nossa realidade. São descrições como por exemplo de família monoparental, família recomposta ou reconstruída, família em coabitação, união de fato, família homossexual… se constitui como comuns.
A família alargada, morando no mesmo teto, praticamente não se ver mais; a família nuclear tem se modificado e vem perdendo seu espaço para surgir às famílias monoparentais ou famílias reorganizadas (ALVES-PINTO, 2003, p.30).

Contudo, vale salientar que está tornando extintas as famílias com grande quantidade de filhos que os filhos mais velhos ficavam responsável dando todo o suporte da mãe e dos pais.
Na
 análise proposta por Giddens, o alto número de divórcios é fator contributivo para o aparecimento e solidificação de famílias monoparentais, bem como do fenômeno social das “famílias refeitas por meio do segundos casamentos, ou por intermédio de relações novas que contornam filhos dos laços anteriores”. Há uma gama muito grande de casais escolhem por conviverem unidos em coabitação antes do matrimônio (GIDDENS, 2014, p.174).
Por consequência esses novos modelos de família têm aberto as portas do mercado de trabalho para as mulheres que até então eram excluídas. Porém a “dona do lar” deixa seus afazeres domésticos incluindo os cuidados dos filhos para irem a busca de oportunidade e melhoria profissional.
Concordando com Diogo vários fatores contribui para desencadear as novas composições de família: a crise econômica, pois uma criança requer muito gastos. Outro fator é o desemprego que leva o mesmo motivo citado anteriormente. Igualmente, é a inserção das mulheres no mercado de trabalho neste caso é a falta de tempo que elas sempre alegam. 
Diogo (2010, pp.72-74), as enumerações dos motivos apontadas que desencadeia “os novos modelos de uma família são comensuráveis, porém essas são as mais colocadas tanto na escola em forma de justificativa do comportamento dos alunos como também na sociedade pelos pais ou responsáveis dessas crianças”. Uma obrigação significativa para a vida dessas pessoas quando advém da transição dos modelos atuais de família.
Nessa atmosfera de transformação social constante, torna-se árdua a tarefa de definição conceitual de família ou de unidade familiar sem que se enverede pelo preconceito de toda e qualquer origem. Não obstante estas dificuldades, Giddens, considerando a realidade crescente e mutante, define família como “multidão de pessoas ligadas diretamente por laços de consanguinidade, com intuito de prestar assistência as crianças” (GIDDENS, 2014, p.175).
Assim a instituição família
 vai sempre existir um responsável de idade aceitável, ou seja, um adulto para cuidar e dar respaldo no sentido assistencial em sua vida social. 

2.5.1 A família e a escola: Uma relação de complementaridade

Partindo desta definição clássica e descontextualizada dos reclames sociais é possível destacar características pelo acompanhamento dos adultos responsáveis pelas crianças, e coniderando a realidade da ausência de adultos em alguns grupos familiares, parece interessante o questionamento de a quem delegar a responsabilidade sobre as crianças da família , “pelos muitos familiares e pela pequena comunidade (…) passou a ser a grande preocupação de muitas famílias” (ENGUITA, 2014, p.64).

As diversas causas relacionadas à desestruturação familiar estão aumentando a quantidade de crianças sendo criadas por: avós, tios, uma vez que, os descuidos tem levado a essa nova realidade social, e tornando cada vez mais cultural (ALVES-PINTO, 2013, p.28).

Nossos alunos têm ido cada vez mais cedo para as instituições de ensino, onde esperasse certo cuidado e também certo alivio para alguns pais, diante dessa realidade tem-se transferido as responsabilidades que era para ser da família passa ser dos professores e principalmente da escola. “Um verdadeiro erro ou troca de compromisso” (ENGUITA, 2014 p.64). 
Nessa problemática, a instituição escolar não atua mais subsidiariamente na vida das famílias, mas fatalmente absorve uma parte substancial desses grupos familiares.
Observe-se que as crianças menores, que dantes eram educadas exclusivamente no seio familiar, saem dessa esfera de proteção e passam a frequentar a escola, em idades cada vez menores. A Convenção sobre os Direitos da Criança vaticina que a família é o “componente principal da sociedade e meio adequado para o aumento e conforto de todos os seus componentes que são as crianças”. A instituição familiar é mundialmente reconhecida como o primeiro posto de educação na vida da criança; a escola, como comunidade polidiferenciada, precisa vir posteriormente, e não substituindo a família no processo educacional.
Uma vez que no Art. 27.º, 2 da Convenção sobre os Direitos da Criança a tarefa de ajudar a criança a adquirir ou construir conhecimento nos momentos que estão na escola fica para o educador. A partir disso, os alunos juntamente com auxilio dos seus professores deveriam ir assegurando desenvolvimento intelectual e social. 
Vindo ainda ressaltar no Art. 29.º, 1 alínea a da referida Convenção e o Estado mostra-se, em último colocação, como forma de “respeitar e garantir os direitos previstos na presente Convenção a todas as crianças” (art. 2.º,1).
Muito embora seja-se de conhecimento pleno a incumbência de educar que recai sobre as instituições familiares, a realidade social altamente mutável e interligada com necessidades principalmente econômicas das famílias dificulta exageradamente o desenvolver dessa tarefa pela família. 
Logo, “instituição escolar e família vem a ser de fundamental importância para a existência da sociedade se entrelaçam no processo educacional da criança”, de fato precisa-se que haja engajamento e principalmente políticas públicas com proposta de dar respaldo psicossocial tanto para as novas família como também, para essas “crianças que quando se torne adulta saiba conviver em sociedade respeitando as regras sociais”. (PERRENOUD, 2015, p.90).
Alguns anos atrás as instituições educacionais tinha influencia muito forte em toma decisões na caminha educacional das crianças, porém hoje foi perdida literalmente toda essa autonomia e que muitos pais ou responsáveis se sente seguras para mostrar os caminhos que esses alunos deverão trilhar. Não existindo tamanha subordinação diante tanto da escola como dos educadores. 
Portanto, para quem realmente de prevalecer essas tomadas de decisões? “É preciso haver cooperação entre essas duas instituições: familiar e educacional, pois, esses seres precisão dos dois para ajudar nesta caminhada que poderá influencia em toda ou quase toda sua vida social” (ENGUITA, 2014, p.62).

A família, considerando sua natureza, tem duas funções: A primeira seria internamente, ou seja, de característica do cuidar, do ato protetivo dispensado a seus membros para satisfação de suas necessidades básicas fisiológicas, emocionais e espirituais; e a segunda vem a ser externamente, que consiste no processo de aprendizagem da socialização dos membros, apresentando-lhes os papéis e valores da sociedade em que se inserem, adaptando-lhes ao universo cultural que os cerca, e delegando-lhes a transmissão dessas tarefas às futuras gerações (RELVAS, 2010, p.126).

Relvas ainda ressaltam que a “chegada à instituição educacional é de fundamental exercício nos diversos complemento educativo para os alunos e que a escola precisa cumprir esses papel tão singular e marcante na carreira de cada criança.” (p.113-114).
Uma vez que
 segundo Perrenoud (2001, p.57), “Nosso meio social quer queira, quer não, direta ou indiretamente direciona os caminhos que serão percorridos durante a vida educacional”. 
Leciona Alves-Pinto (2013), que “na sociedade atual, a escola tem funções primordiais nos procedimentos de socialização dos jovens”. O processo educativo é comunitário. O bom ambiente escolar depende da participação de todos. A mudança dos paradigmas ocorre quando cada um dá sua parcela de contribuição, e é capaz de permitir que o outro também opine, também participe. 
Ninguém é uma ilha de excelência que precisa de troca de experiências, assim, o educador deste século carrega grandes desafios diante das adversidades posta em sala de aula, pois, sempre com parcerias, é que se pode garantir um ensino com aprendizagens e eficaz. 
O perfil do docente veio passando por diversas transformações ao longo da história, assim como, a educação recebe novos desafios e paradigmas. Na instituição educacional que devem estreitamos os laços com pessoas só assim, encontraremos respostas para nossas inquietações enquanto parceria entre professor e pais. 
Contudo que é de tamanha importância para a autonomia da escola e dos sujeitos que estão inseridos, que são educadores, estudantes e demais comunidade escolar, dando-lhes condições favoráveis para exercer uma prática inovadora e eficiente e que a escola possa realizar suas ações positivas e eficazes. 
As transformações sofridas pelas instituições tanto educacionais quanto familiar deram as mãos para seguir a mesma estrada e quando aparecer às dificuldades juntas elas encontraram soluções plausíveis e apoio da que há “um sentimento geral de que as escolas só podem mudar se desenvolverem fortes laços de colaboração com as famílias e os grupos sociais que convêm”. Isso deve levar em consonância como sustento coletivo para ambos (DAVIES, 2013, p.17).
Vê-se claramente nesta acepção doutrinária a função social da instituição escolar, ciosa de sua autonomia social e ciente dos limites de sua liberdade intelectual, que se movimenta inteira para o cumprimento das suas promessas: disposição do conhecimento para o crescimento pessoal e socialcapacidade de estimular, orientar, auxiliar. Todo esse organismo converge para o objetivo primordial da escola, que é a promoção do desenvolvimento integral da criança ao mesmo tempo em que a prepara para o futuro profissional proveitoso em sua vida adulta.

2.5.2 Interação família-escola

O preceito “escola, é escola, casa, é casa” mencionada por Duru-Bellat e Van Zanten, (2012, p.168), busca jeito de vir a dissolver gradativamente, oferecendo espaço a uma novo entendimento de educação fundamentada na seriedade conferida à interação família-escola.
A
 pesar disso, não muito distante, e em conformidade Montandon (2014, p.189), família e escola continuaram abstraídas uma da outra, em termos de interações efetivas haja vista que era uma utopia que “os profissionais da educação consideravam que os pais não tinham nenhuma autoridade e nenhum lugar na escola”. A relação família-escola parecia não existir.
Observe-se, porém, que paulatinamente estes objetivos precípuos da escola vêm sofrendo alterações. Possivelmente a transformação evolutiva do conceito de unidade familiares (famílias monoparentais, famílias homoafetivas, famílias com vínculos unicamente afetivos e não sanguíneos, etc) e a democratização do sistema organizacional da instituição escolar (a exemplo da obrigatoriedade da existência de representantes dos pais nos diversos órgãos que compõem a escola e o aumento da idade para escolaridade obrigatória) tem contribuído para as alterações comentadas, vez que os alunos, à medida que crescem permanecem cada vez por mais tempo ligados à família, e, consequentemente, à instituição escolar. Dessa reflexão, parece válida a constatação de vários autores que apontam a participação dos pais como uma maior importância.
Marques assegura existir “um grande benefício para os estudantes no momento que, os familiares amparam e dão encorajamento atividades escolares” (MARQUES, 2013a, p.55).
Para Musitu (2013) notou que quando há atuação dos familiares em cooperação para melhoria no desenvolvimento dos estudos dos alunos. “Os ganhos não são exclusivos dos estudantes mais sim das instituições em questão: educacional e familiar”. Portanto é fundamental essa união para o progresso estudantil e social das pessoas. 
De modo geral, a interação dos pais com o ambiente escolar se dá em reuniões e conselhos de classes, encontros informais, cumprimentos na entrada e na saída, conselhos para organização de festas, espetáculos, feiras de ciências, etc. Pais e agentes educadores iniciam essas interações. 
É possível uma participação mais efetiva da família na escola; para isso, instituição escolar e pais devem estreitar laços, levando estes a entender o ambiente escolar como um espaço acolhedor e interativo, motivador de aprofundamento de contatos com os docentes e de envolvimento no processo educacional dos filhos confiados à escola. Comprova-se que “a participação dos familiares no desenvolvimento educacional das acrianças há um entendimento das propostas que rege as escola e também os educadores, havendo cooperação reciproca”. (DAVIES, 2013, p.79).
Porém, ainda existe “certa resistência acerca da participação dos pais com as escolas, a mudança é pequena mais a cada dia esses espaço vai crescendo, e com isso o respeito e admiração estão sendo conquistado”, não é tarefa fácil, muito embora sabe-se da importância desses trabalho em conjunto, os rendimento são notório e consequentemente positivos. (MUSITU, 2013, p.158).
Os educadores apontam as dificuldades em trazerem os familiares para a instituição educacional, outro fator é o descaso em ajudar no desenvolvimento dos mesmos. Contudo alguns comportamentos não aceitos na escola são visto da base familiar.

Os filhos com condutas semelhantes aos pais tornam-se desafiante e desgastante uma transformação sabendo da abrangência e gravidade a ser resolvida, que são as más condutas, um falta literalmente de políticas públicas nos municípios, para sanar, ou melhor, tais atitudes (MARQUES, 2013b, p.11).

As camadas baixas são as que mais sofrem, muitas vezes por não terem oportunidade de serem esclarecidas, outras por puro descaso mesmo. Entretanto os mais prejudiciais são os alunos e os professores que agem de forma solitária. 
Segundo o autor a recusa dos familiares participarem das reuniões, primeiro horários que estão nos trabalhos ou fazendo alguma coisa em sua própria residência, alegam também os assuntos sempre chatos e sem importância, e há reclamações sempre das más condutas dos seus filhos
No entanto os discentes, afirmam que “os pais ou responsáveis só procuram a escola ou os mesmo quando os alunos tiram notas baixas e fizeram algo muito sério e receberam uma advertência” (pp.11-12). 
Concordando com o autor supracitado Afonso os familiares somem e só se apresentam em situações de extrema necessidade, e querendo colocar a responsabilidade para escola ou para os pais. “E que o papel dos pais seria sempre constante ir à instituição acompanhar tudo o desenvolvimento educacional dos filhos, mostrando solicitude para com os mesmos” (AFONSO, 2013, p.148). 
Semelhante também é o pensamento de Montandon ao assegurar que “as implicações da criança lembram entusiasmar os contatos pessoais os educadores indicam conferências muito mais repetidamente no surgimento dificuldades” (MONTANDON, 2011, p.47).
A frequente “falta da participação da família na instituição escolar e suas derivações é frequente e equivocadamente entendida pelos agentes educadores como desprendimento pela educação dos filhos, uma vez que, tal como defende” (SILVA, 2012, p.119 e AFONSO, 2013, pp.148-150). 
A instituição educacional tem uma relação quase que totalmente de interdependência entre os pais e seus professores, tem um sentido de organização, estruturação e explicação a partir do experenciado. Neste contexto é preciso se construir pelo a partir da união e companheirismo que age sobre os responsáveis percebido interagindo com ele, sendo as trocas sociais condições necessárias para o desenvolvimento dentro da instituição.
A melhoria no comportamento dos educandos, desenvolvendo várias expectativas nas interações sociais. Contudo as dificuldades nos processos de ensino e aprendizagem contribuindo para o não “fracasso escolar”. Igualmente, é que o texto traz uma questão interessante referente à relação do fracasso escolar com a família.
A estruturação comportamental dos indivíduos que convivem na escola. No entanto tem se procurado atender a este pedido, focalizando no indivíduo todas as "culpas" de seu fracasso e do seu caótico sistema escolar. Assim, a frequência dos escolares no cenário educacional é bastante diversificada, fundamentada especificamente com professores e pais de alunos, embora a ênfase geralmente esteja em ajudar nestas dificuldades. Entretanto, o que se verifica é uma atuação alheia a toda uma situação, na forma de um trabalho eminentemente coletivo.
Outrossim, são as trocas entre culpa e culpados nem sempre chegam um denominador comum em acabar com essa disputa quem está certo ou errado. Pois o mais interessante é “a convivência e união para juntos arranjar soluções de ajudar os que mais estão sendo prejudicado e que em certa idade poderão se revoltar causando danos sociais irreversíveis”. Já que diante de tudo que foi lido e citado todos almeja o parecem querer o bem dos filhos, seja em casa ou na escola o denominador comum é o mesmo. (MARQUES, 1993a, p.57). 

É respeitável que se promova uma abrangência mútua uma vez que mesmo que haja estudos que marquem a atribuição social das famílias como fator das suas probabilidades faceta escolar e, portanto das suas práticas educativas (MONTANDON, 2014, pp. 198-201)

Segundo Alves-Pinto e Almeida (2013, p. 223) “estudos mostram que quanto mais estudo e cultura se tem, mais subsídios os familiares passaram a repassar para seus próximos exista qualquer fatalidade”. Ainda de acordo com o autor ao indagar quanto a questão das “funções que básicas das famílias em ajudar no processo educacional, ou seja no processo de ensino e aprendizagem dos seus filhos”, não carece de níveis de estudo para orientar sobre as atividades escolares, basta tornar as rotinas diárias e o quanto é e vai ser importante em fazer as tarefas de casa, os trabalhos de pesquisas proposto pelos professores. São atitudes banais, porém fundamentais nesta caminha que poderá criar laços importantíssimos entre família e escola (p.13).
Portanto, sucesso escolar dos alunos está diretamente ligado à interação pais-escola, num ciclo ininterrupto e autoalimentado pelas experiências surgidas dessa interação, todas direcionadas ao crescimento do filho-aluno. 
A relação família-instituição de ensino tem tomado maiores proporções, sendo notável a consciência social da importância da participação das famílias na vida da escola e de seus filhos.
Como ilustra Musitu “a família e a escola tem exterioriza particularidades e papéis comuns, contudo, além de se acrescentarem ou de se contrariarem, complementam-se” (MUSITU, 2013, p.150).
Não obstante, esta junção apresenta “divergência entre o que é estabelecido e positivo que a escola proporciona como há também o que é imposto e não aceito pelos familiares, muito embora é relevante para a escola uma vês que, deve ser comprido neste sentido entrar contradições e não aceitação”, ou sejao que é bom para um torna-se suplicio para outro (TEIXEIRA, 2013 p.179).
O desinteresse dos pais na vida escolar dos filhos seja por quais motivos forem se os já anotados ou outros de esfera absolutamente particular os leva ao não envolvimento com as atividades desenvolvidas no ambiente escolar que visam o crescimento dos filhos. 
Provavelmente esse desinteresse paternal tenha sido fomentado pela escola, que não incutiu a consciência da necessidade da participação efetiva dos pais no crescimento intelectual dos seus filhos educados também pela escola.
Contudo, é “de muito significância uma parceria entre as pessoas interessadas em ajudar tanto aos alunos com as instituições educacionais a fazer um trabalho tão fundamental na vida de cada educando” (ALVES-PINTO, 2015, p.160).
A participação dos pais na
 instituição escolar é ponto que merece reflexão, partindo da ideia da importância dessa atuação paternal. Para esta reflexão, pois, é necessário o embasamento doutrinário sob os diferentes enfoques a respeito da participação dos pais na escola e suas multiformes manifestações, bem como o debruçar sobre o aporte legislativo que incide direta ou indiretamente na relação família-escola e, consequentemente, na interação entre pais e ambiente escolar.

2.5.3 Participação dos pais na Escola

No sistema democrático de governo em que se insere a sociedade brasileira, divulga-se e estimula-se a participação dos membros dessa sociedade, os cidadãos nas diversas esferas de convivência e organização. Estimula-se a ingerência dos operários na organização do trabalho na empresa; difunde-se a ideia da atuação dos atores do cenário educacional em todas as áreas da vida da escola; alimenta-se a proatividade dos cidadãos na organização político-social-cultural da comunidade. Todavia, “participar” induz o comprometimento do indivíduo com a organização e vice-versa, em maior ou menor escala, a depender da permissão particular e organizacional. 
As organizações entendem indubitavelmente que o grau de atuação dos indivíduos é diretamente proporcional ao poder de intervenção direta nas decisões do grupo (diretor/gestor). 
De outra banda, a maior participação também e diretamente proporcional ao acréscimo das responsabilidades inerentes a essa participação, independente dos benefícios conquistados com a ocupação desse espaço. 
Os indivíduos avaliam os pós e contras de suas escolhas e atinam para as que lhe semelham significativas, concordando com Alves-Pinto (2014, p.60), “a forma de estar nas organizações deveria seguir entre repartição em afinidade com a contentamento ou desagrado que releva da interação entre o pessoal e social”. É possível observar que, num ambiente organizacional tradicional, os indivíduos calculam mesmo que inconscientemente benefícios, preços e riscos de cada caso de e cooperação de cada indivíduo. Igualmente, “o contentamento será capaz de ser intendida levando em consideração os riscos entre perdas e ganhos, que precisa haver um equilíbrio no sentido de ganhos, pois as perdas só trará desvantagens para os alunos e consequentemente para a escola quando se fala em ensino e aprendizagem. (ibidem).
Logo, não obstante quais sejam os critérios adotados para efetivar a participação geral na organização, esta se caracteriza pela partilha do poder decisório e pelo entrelaçamento de todos no processo de tomada de decisão, A participação geral é, pois, co-responsabilização mútua.

2.5.4 A participação da família-escola na gestão democrática em contexto educativo

No
 universo da educação, o conceito de participação assume várias acepções: cooperação, parceria, envolvimento, etc. Porém cada acepção é totalmente assimilada por todos os envolvidos no processo educacional ao mesmo tempo e com a mesma intensidade, o que incumbe a colaboração individual se dê a partir do seu próprio entendimento do que seja a participação apregoada na instituição escolar. “É relevante para a todos entenderem os conceitos que pleiteiam a importância do apoio neste processo tão fundamental na vida dos educandos em quanto desenvolvimento humano e intelectual” (ALVES-PINTO, 2015, p. 159).
Embora
 seja notadamente essencial e legislativamente possível a participação ativa dos familiares nas estruturas organizacionais das instituições escolares, e da vida, ainda é corrente o sentimento de que “há uma carência entre a maioria dos professores e pais em encontrar uma parceria para dar subsidio no processo educacional dos alunos (TEIXEIRA, 2013, p. 178). 
Vislumbra-se aqui um paradoxo entre o que é e o que deveria ser, entre o que se prega e o que se anseia. Verdadeiramente, a realidade revela a barreira em se encorajar a “participação dos pais na instituição escolar, pois se por um lado os agentes educadores se ressentem a falta de auxílio dos pais na instituição educacional  familiares” (MUSITU, 2013, p.158).
Como leciona Afonso em conformidade com a tradição que perpetua nas instituições educacionais “entende que a cooperação dos pais só é avaliada nos termos acentuados pela própria escola. Igualmente, compreende que é a escola, ou (p.149). 
Essa postura autoritária dos professores motiva, em muitos casos, o afastamento dos pais do ambiente escolar, quando escopo seria encorajar sua aproximação.

O doutrinador preconiza que em Portugal, em uma linguagem popular dos gestores escolares e dos educadores é discutido o conceito a respeito da participação dos pais em colaborar na vida estudantil do aluno e que os mesmo são incumbidos da função colaborativa nos momentos que são chamados a participar das reuniões para melhorias no processo educacional juntamente com os professores e toda a gestão escolar (AFONSO, 2013, p.138).

No ponto de vista de Lima (1998, p.182) “a atuação é algo essencial e favorável a democracia, pois foi adquirida bem como título e aprovada enquanto direito”. Contudo, é importante que a sociedade busquem meios e mobilize para que de fato todo esse esforço torne-se e possa “desempenhar o poder efetivo que determine efeitos concretos em termos de alcance na gestão da escola

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