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Historia De Campo Grande

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Por:   •  22/11/2013  •  492 Palavras (2 Páginas)  •  498 Visualizações

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Em 1870 (por razão da Guerra da Tríplice Aliança) chegou a notícia aos moradores de Monte Alegre de Minas (no Triângulo Mineiro) de terras férteis para agropecuária, na região do então "Campo Grande da Vacaria". Isso acabou contentando José Antônio Pereira, que precisava de terras para alojar sua família. Em 21 de junho de 1872 chegou e se alojou em terras férteis e completamente desabitadas da Serra de Maracaju, na confluência de dois córregos - mais tarde denominados Prosa e Segredo - e que hoje é o Horto Florestal. Um pouco antes, em 1869, eclodiu na região a Batalha de Acosta Ñu.

"”No ano seguinte, José Antônio Pereira regressou a Monte Alegre, deixando o seu rancho e a sua lavoura incipiente entregues a João Nepomuceno, com quem se associara. Nepomuceno era caboclo de Camapuã, um arraial que morria, situado na antiga Fazenda Imperial do mesmo nome, nas cabeceiras do Coxim, e que ali aparecera, 'de muda' para Miranda, quebrando a monotonia do ermo com dois carros de bois que o peso da carga fazia chiar nos eixos.”" [Rosário Congro (1884-1963), primeiro historiador da cidade)]1

No dia 14 de agosto de 1875, José Antônio Pereira enfim retorna com sua família (esposa e oito filhos), escravos, além de outros (num total de 62 pessoas). No primeiro rancho, que houvera construído, encontra agora Manoel Vieira de Sousa (Manoel Olivério) e sua família, provenientes de Prata, que aqui haviam chegado atraídos pelas notícias dos campos de Vacaria, juntamente com seus irmãos Cândido Vieira de Souza e Joaquim Vieira de Souza, e alguns empregados, um dos quais Joaquim Dias Moreira (Joaquim Bagage). Minas Gerais; as famílias se unem e originam a primeira geração de campo-grandenses. No fim de 1877 cumpre uma promessa feita durante a viagem de retorno e constrói a primeira igrejinha (rústica de pau-a-pique com telhas de barro). As casas, de precário alinhamento, formaram a primeira rua (chamava-se Rua Velha, atual rua 26 de Agosto, e terminava num pequeno largo (atual Praça dos Imigrantes), onde havia uma bifurcação, formando mais duas vias). José Antônio Pereira, fundador do arraial, construiu sua residência definitiva no final da ramificação de baixo (hoje rua Barão de Melgaço). Faleceu em sua fazenda "Bom Jardim", em 11 de janeiro de 1900, meses depois da emancipação política da vila (26 de Agosto de 1899). A partir de 1879 novas caravanas de mineiros foram chegando e sendo distribuídas nas terras devolutas, marcando suas posses, quase sempre sob a orientação do fundador. Estabeleceram assim as primeiras fazendas do Arraial de Santo Antônio do Campo Grande. No centro da rua, no comércio e farmácia, que pertenciam a Joaquim Vieira de Almeida, reuniam-se a alta sociedade do local. Era o homem que tinha maior instrução na vila e era o redator de documentos de caráter público ou privado. E eram resolvidos ali os problemas comunitários, de onde saíam as reivindicações ao governo. Foi de autoria do próprio Joaquim Vieira de Almeida uma correspondência solicitando a emancipação da vila.

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