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História: a arte da eternidade

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Por:   •  2/9/2014  •  Resenha  •  717 Palavras (3 Páginas)  •  239 Visualizações

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Contar histórias: uma arte sem idade

Ler o livro de Betty Coelho, Contar histórias: uma arte sem idade (1999), me fez recordar saborosas vivências de quando era criança, e além de tudo, perceber que o ato de contar histórias é uma arte milenar, e que aos poucos fora esquecida pela nossa sociedade, encontrando-se em um resgate memorável pela autora, quando ela se descobre uma “contadora” de histórias, frente a uma turma de primeira série em completo caos: “Aprendi a primeira lição do magistério: ouvir histórias e cantar são coisas de que as crianças gostam muito.” (SILVA, 1999, Pg. 8).

Dividido em cinco capítulos e um apêndice com adaptações de histórias infantis, o livro, é organizado em introdução, orientação, compreensão e explanação das narrativas, abordando os seguintes temas sobre a arte de se contar histórias:

- A escolha da história: “A história aquieta, serena, prende a atenção, informa, socializa, educa. Quanto menor a preocupação em alcançar tais objetivos explicitamente, maior será a influenciado contador de histórias.” (SILVA, 1999, Pg. 12).

Apresenta argumentos que orientam para a escolha certa da história de acordo com a faixa etária e os interesses de cada grupo ouvinte. A autora, ressalta aqui que é preciso ter cuidados especiais quando se tem um ouvinte com problemas de saúde, para tornar o momento leve e feliz, e não angustiante: “A história permite a auto-identificação, favorecendo a aceitação de situações desagradáveis, ajuda a resolver conflitos, acenando com a esperança.” (SILVA, 1999, Pg. 12).

- O estudo da história: “Estudar uma história, portanto, é perscrutar-lhe todas as nuances e possibilidades de exploração oral.” (SILVA, 1999, Pg. 24).

Capítulo que se dedica ao estudo do texto, análise do conteúdo, da ordem da história e dos elementos que podem ser ressaltados ao se contá-la. Traz ainda a indicação de músicas para se contemplar o tema apresentado pelo conto escolhido: “Estudar uma história é também inventar as músicas ou adaptar a letra a músicas conhecidas, conforme sugestão do texto, que são introduzidas no decorrer do enredo ou no seu final.” (SILVA, 1999, Pg. 27).

- Formas de apresentação da história: “Estudar a história é ainda escolher a melhor forma ou o recurso mais adequado de apresentá-la. Os recursos mais utilizados são: a simples narrativa, a narrativa com o auxílio do livro, o uso de gravuras, de flanelógrafo, de desenhos e a narrativa com interferências do narrador e dos ouvintes.” (SILVA, 1999, Pg. 31).

Aqui, a autora aborda as diversas formas para apresentar a história, usa desde o simples contar á técnicas criativas para ilustrar o conto. Proporcionando assim o entendimento claro da mesma, pela criança. Ressalta ainda que é necessário o uso do bom senso para se escolher o meio em que se contará a história e indica as técnicas que melhor se encaixam em cada grupo.

- A narração da história: defende-se então a postura diante do público, “As emoções se transmitem pela voz, principal instrumento do narrador.” (SILVA, 1999, Pg. 50). Abrange tópicos como as conversas com o público antes de começar a narração: “Uma conversa informal estabelece, portanto, a empatia indispensável e ainda permite ao narrador conhecer melhor as crianças, além de dar-lhes oportunidade

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