JORNALISMO TRANS - UMA ABORDAGEM TRANSMÍDIA SOBRE A TEMÁTICA TRANSGÊNEROS
Por: Morganatst • 13/9/2016 • Trabalho acadêmico • 5.805 Palavras (24 Páginas) • 466 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE – UNIBH
Bruna Ribeiro
Carla Almeida
Felipe Souza
Isabela Almeida
Júlia Reis
Karoline Castro
Raynan Hadad
Stephanie Morgana
Thábata Galiano
Warley Fernandes
JORNALISMO TRANS - UMA ABORDAGEM TRANSMÍDIA SOBRE A TEMÁTICA TRANSGÊNEROS
Crianças transgêneros e o convívio familiar
BELO HORIZONTE
2016[pic 1]
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
3.2 Objetivos Específicos
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Transmídia
4.2 Transgênero
4.3- Crianças Transgêneros
5 DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS
5.1 A narrativa
5.2 Processos e métodos
5.3 Interdisciplinaridade
5.3.1 Design visual em jornalismo
5.3.2 Edição Jornalística
5.3.3 Semiótica
5.3.5 Fundamentos de Política
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIAS
1 APRESENTAÇÃO[pic 2]
O presente trabalho possui como tema de estudo o “Jornalismo Trans - uma abordagem transmídia sobre a temática transgênero”, definido, inicialmente, pela orientadora da disciplina. O termo transmídia se caracteriza por apresentar, de forma clara e objetiva e em mais de uma plataforma, uma história ou transmitir uma mensagem a um determinado público. De forma que esta história faça sentido isoladamente, não sendo necessário que para compreender a narrativa o leitor do blog acesse o canal do YouTube, por exemplo. Já o termo transgênero é utilizado quando a expressão de gênero de uma determinada pessoa é diferente das atribuídas ao gênero designado no nascimento.
Diante do tema proposto, foi feito um recorte que aborda o tema “Crianças transgêneros e o convívio familiar.” A escolha deste recorte deu-se a partir da exibição de duas reportagens do programa Fantástico, da Rede Globo de televisão. Uma abordou a realidade de uma família estrangeira, com uma filha transgênero, na luta pelos direitos da filha frequentar o banheiro feminino da instituição, mesmo que sua identidade de gênero se apresente diferente daquela definida no nascimento. E a outra apresentava o trabalho que hospitais brasileiros estão desenvolvendo para auxiliar as famílias e as crianças em processo de mudança de identidade de gênero, tema classificado, segundo a reportagem, como um fenômeno e um dilema desafiador para pais do mundo inteiro.
Durante o trabalho de pesquisa foi constatada a dificuldade em encontrar conteúdos e pesquisas pertinentes ao tema. Segundo Keli Andréa Vargas Paterno (2011), existem várias pesquisas que dizem respeito a questões de gêneros com jovens e adultos, porém, quando se trata de crianças transgêneros o acervo é limitado. Ainda de acordo com Paterno (2011), essa escassez de dados pode estar relacionada a resistência de famílias com crianças transgêneros em expor suas experiências.
Seguindo a proposta inicial, foram desenvolvidos cinco produtos transmídias (Blog, produto audiovisual, cartilha, eventos educativos e uma FanPage no Facebook) com objetivo de contribuir na divulgação do tema, pouco discutido, porém, cada vez mais presente na sociedade. O Blog pode ser conferido pelo endereço http://transexperiencia.wix.com/transexperiencia.
2 JUSTIFICATIVA
De acordo com a ONG Internacional Trasngender Europe entre janeiro de 2008 e abril de 2013 o Brasil registrou 604 mortes de pessoas transgêneros e transexuais. Esses dados fizeram com que o País ocupasse o posto de primeiro lugar como o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Além disso, uma pesquisa da Universidade de Colúmbia nos Estados Unidos, mostra que jovens da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros), estão mais propícios a cometer suicídio. No Brasil, uma pesquisa do Instituto de Ciências Médicas da Unicamp constatou que 67% dos entrevistados, declararam sentir vergonha de sua orientação sexual, 35% aparentavam quadro de depressão e outros 10% risco de suicídio. Todos estes dados estatísticos são contabilizados de uma maneira geral, incluindo toda a comunidade LGBT.
Contudo, não foi possível dimensionar, a partir de dados quantitativos, o índice de famílias brasileiras que tenham filhos transgêneros e como elas lidam com esse dilema no núcleo familiar e, principalmente, perante a sociedade. Ficou evidenciada, após a realização de pesquisas sobre o tema, a dificuldade que as famílias enfrentam em aceitar um filho transgênero e também serem aceitas pela sociedade. Essa dificuldade talvez possa estar relacionada a falta de informação e o receio de expor o conflito e ser classificada como uma família “anormal” (que foge aos padrões pré-estabelecidos pela sociedade).
Dado o exposto, o presente trabalho pretende promover discussões e criar conteúdos relacionados às “Crianças transgêneros e o convívio familiar”, a fim de desmitificar a ideia de que a única identidade de gênero correta é aquela atribuída ao sexo biológico.
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Desenvolver uma narrativa transmidiática que contemple o tema “Crianças transgêneros e o convívio familiar”.
3.2 Objetivos Específicos
- Criar cinco produtos transmídias que contribuam para promover a discussão do tema;
- Compreender os conflitos vivenciados por famílias quem tenham crianças transgêneros;
- Desmitificar o conceito cultural de que famílias precisam se enquadrar em um padrão pré-estabelecido de constituição familiar;
- Apontar a escassez de estudos associados às crianças transgêneros.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 Transmídia
Transmídia, Storytelling, Multiplataformas são diferentes termos, mas que possuem um único sentido. É uma forma de narrativa clara e objetiva que utiliza algumas mídias para contar uma história ou transmitir uma mensagem a determinado público. Este conceito já foi criado há alguns anos, mas, nos dias atuais, existe um maior número de métodos que possam transmitir estas mensagens, muitas das vezes, estrategicamente. É um movimento que acompanha a criação de novas tecnologias, como por exemplo, leitores de e-books, TV, nas redes sociais, em outras plataformas como celular ou tablet.
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