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LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

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Por:   •  20/4/2013  •  922 Palavras (4 Páginas)  •  2.268 Visualizações

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PASSO -1.

CARACTERIZAÇÃO DA LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

O domínio da língua oral e escrita é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visão de mundo e produz conhecimento.

A oralidade é tida como a forma de comunicação mais antiga e a mais importante e usada ainda hoje, por ser natural, espontânea, que todos usam no dia-a-dia, estando relacionada à fala.Embora exista essa relação a oralidade extrapola esse âmbito, uma vez que o suporte específico onde ancora-se é o corpo humano que é capaz de expressar-se, de comunicar-se através de características próprias de uma situação social. Para Goffmam (1989), em uma situação social em que os atores se encontram face a face, eles sofrem, em suas ações, influência recíproca uns dos outros. A autora fala da importância dos princípios próprios dos autores de determinada comunicação social para a caracterização desse dado.

De acordo com Marcuschi (1997), a fala é uma atividade muito mais central do que a escrita no dia-a-dia da maioria das pessoas. Contudo, as instituições escolares dão à fala atenção quase inversa à sua centralidade na relação com a escrita. Crucial neste caso é que não se trata de uma contradição, mas de uma postura. O autor se refere sobre a diferença de abordagem de textos orais e escritos em sala de aula que vem sendo muito questionada ultimamente, devido ao professor ainda continuar sem saber o que fazer para trabalhar a oralidade nas aulas.

Cagliari (1996), diz que a escrita é algo com o qual nós, adultos, estamos tão envolvidos que nem nos damos conta de como vive alguém que não lê e não escreve, de como a criança encara estas atividades, de como de fato funciona esse mundo caótico e complexo que nos parece tão familiar e de uso fácil [...] é absurdo que todas as atividades de português da escola girem em torno da escrita, a escrita é uma atividade nova para a criança, e por isso mesmo requer um tratamento especial na alfabetização.

Ler e escrever são atividades que se complementam. Os bons leitores tem grandes chances de escrever bem já que a leitura fornece a matéria prima para a escrita, quanto mais variados, interessantes e divertidos forem os textos que os professores apresentarem as crianças, maiores serão as chances de elas se tornarem leitores hábeis.

A língua portuguesa comporta duas modalidades: O português escrito e o português falado. Num mesmo nível, as duas não têm as mesmas formas, nem a mesma gramática, nem os mesmos "recursos expressivos"; cada uma possui características próprias. Isso não significa, porém, que fala e a escrita devam ser vistas de forma dicotômica, como era comum até há algum tempo e, por vezes, acontece ainda hoje. Vem-se postulando que os diversos tipos de práticas sociais de produção textual situam-se ao longo de um contínuo tipológico, em cujas extremidades estariam, de um lado a escrita formal e, de outro, a conversação espontânea, coloquial (Marcuschi,1995) escreve: "As diferenças entre fala e escrita se dão dentro do continuum tipológico das práticas sociais e não na relação dicotômica de dois pólos opostos".

O que podemos observar concretamente é que há uma interdependência entre oralidade e escrita. Elas se constroem em reciprocidade, interpenetram-se e complementam-se. A escrita pode intensificar a oralidade ao extrair do contexto oral enunciados,

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