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Mensagem De Fernando Pessoa Terceira Parte: O Encoberto

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Por:   •  7/11/2014  •  242 Palavras (1 Páginas)  •  1.401 Visualizações

Análise de “Nevoeiro”

NEVOEIRO

Nem rei nem lei,

nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer –

Brilho sem luz e sem arder,

Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer,

Ninguém conhece que alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem.

(Que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora

Estrutura externa:

O poema é constituído por 14 versos.

Estes encontram-se divididos por três estrofes irregulares: uma redondilha menor, uma redondilha maior e um monóstico.

Caracterização de Portugal

“Este fulgor baço da terra”

“Tudo é incerto e derradeiro.”

Rei D. Sebastião e Batalha de Alcácer Quibir

Sentido da expressão paradoxal: “(Que ânsia distante perto chora?)”

. Momento de viragem;

. Réstia de esperança;

Referências ao V Império

. Indefinição: “Tudo é incerto e derradeiro./ Tudo é disperso, nada é inteiro...”.

. Pode ser vista como uma expectativa de mudanças futuras para a constituição próxima de um Quinto Império.

Referências ao V Império

. Mito sebastianista:

. “O Encoberto”;

. Mudança.

Recursos estilísticos/ valor expressivo e aspetos formais

Anáfora: intuito de enfatizar a situação de crise e decadência vivida.

Personificação: acentuar a sensação de sofrimento da Pátria.

Antítese: apresentanda, através de ideias contrastantes, o negativismo

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