Modernismo No Brasil
Pesquisas Acadêmicas: Modernismo No Brasil. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: TAY12354NA • 8/6/2014 • 9.546 Palavras (39 Páginas) • 644 Visualizações
O MODERNISMO NO BRASIL
II - Desenvolvimento
A Semana de Arte Moderna , realizada em fevereiro de 1922, inaugura a primeira fase do modernismo brasileiro. Sob as vaias e desconfianças de um público conservador, os modernistas ridicularizam o parnasianismo e apresentam novas concepções estéticas marcando uma ruptura definitiva com a arte tradicional, o que já vinha sendo preparado desde a década anterior.
Embora não tenha participado diretamente, Manoel Bandeira teve um dos seus poemas lido numa das noites da Semana. Trata-se de “Os Sapos”, escrito em 1918 e publicado em 1919, no qual afinava-se com o espírito demolidor e renovador dos modernistas.
2.1 - Contexto histórico
As manifestações do período conhecido como Pré-modernismo, foram marcadas por revoltas, intervenções militares e inúmeras greves operárias. Nesse clima, Minas e São Paulo iam repartindo o poder, desfavorecendo as camadas empobrecidas da classe média e as classes trabalhadoras urbanas e rurais.
À época da Semana de Arte Moderna, o quadro geral brasileiro era de crises sucessivas, que acabaram por gerar a Revolução de 1930. O governo de Epitácio Pessoa (1919-1922) fora combatido pela própria classe dominante, contrariada por sua negação em continuar subsidiando o café, preferindo favorecer a indústria. Em 1922, por ser “a vez” de Minas, Arthur Bernardes é indicado e eleito para presidir a República, vivendo o país, a partir de então, em estado de sítio sob regime policial. No mesmo ano, oficiais e militares rebelaram-se contra o governo, dando origem ao episódio dos 18 “do Forte”, quando quatro tenentes e catorze soldados do Forte de Copacabana enfrentaram as tropas governistas na praia de Copacabana, com a morte do civil, de dois tenentes e dos catorze soldados.
Em 1924, ocorre outro levante militar, continuidade do tenentismo. Cria-se a Coluna Prestes, que, entre abril de 1925 e fevereiro de 1927, percorreu 24 mil quilômetros, travando combates com forças governistas e jagunços contratados pelos “coronéis”. Em 1929, seus principais líderes exilaram-se na Bolívia, e Luís Carlos Prestes declarou que a luta não tinha mais sentido, pois Arthur Bernardes já não governava.
Em 1930, uma revolução conduz Getúlio Vargas ao poder, substituindo Washington Luís e dando início a uma nova fase da história do Brasil..
Entre 1922 e 1930, temos a primeira fase do Modernismo brasileiro. É claro que essa divisão obedece a critérios apenas didáticos. Os escritores desse período continuariam a produzir depois de 1930, e nos ano da primeira fase convivem em tendências opostas, algumas já manifestadas anteriormente e que se prolonga depois de 30. Com relação a essa divisão, observe o comentário de Mário de Andrade: “ Mil novecentos e trinta... Tudo estourava, políticas, famílias, casais de artistas, amizades profundas. O sentido destrutivo e festeiro do movimento modernista já não tinha mais razão de ser, cumprido o seu destino legítimo. Na rua, o povo amotinado gritava: - Getúlio! Getúlio!...”
Em 1930, têm início os quinze anos da ditadura de Getúlio Vargas. A primeira reação armada contra o regime deu-se em 1932, com o Movimento Constitucionalista de São Paulo, derrotado em dois meses pela superioridade das tropas federais. Entretanto, os revolucionários paulistas alcançaram um dos seus objetivos: a convocação de uma Assembléia Constituinte, que elaborou a Constituição de 34. Essa Constituição de caráter liberal e nacionalista, teve vida curta. Getúlio, com um novo golpe, impôs novo texto constitucional em 1937. Além disso o governo enfrentaria a Intentona Comunista, como ficou conhecido o movimento de revolta contra o governo, em 1935, liderado por Luís Carlos Prestes.
Os comunistas e os integralistas seriam, mais tarde, os grupos que dariam o pretexto a Vargas para o golpe de estado em 1937.
O Integralismo, movimento de conteúdo nazi-facista, liderado por Plínio Salgado, tem sido apontado como responsável indireto pelo golpe de 37. Os integralistas, que tinham como lema “Deus, Pátria e Família”, elaboraram um falso plano de subversão comunista (o plano Cohen), e Getúlio, utilizando-se desse documento, deu o golpe que instaurou o Estado Novo. Os líderes comunistas foram presos, o Senado e a Câmara, fechados e o novo texto constitucional, imposto à nação.
Em 1939, Getúlio criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão de censura aos meios de comunicação.
Com o objetivo de obter apoio junto às massas, Getúlio toma uma série de medidas, configurando um estilo político ao qual foi dado o nome populismo. O país é dotado de uma legislação trabalhista e previdenciária, decreta-se o salário mínimo e adotam-se providências para a criação de um partido trabalhista.
Em 1944, é decretada a anistia para os presos políticos e são convocadas eleições para dezembro de 1945. Porém, as suspeitas de um novo golpe getulista, naquele ano, provocam o descontentamento dos militares, que num movimento liderado pelo general Góis Monteiro, depõem o ditador.
No Brasil, o período que se estende de 1945 a 1985 é marcado por uma série de fatos que causaram profundas transformações e alguns traumas na sociedade brasileira.
Esse período pode ser assim dividido:
a) Da queda de Getúlio aos anos JK (1945-1956)
Em 1945, Getúlio Vargas é deposto, depois de quinze anos de governo ditatorial. No ano seguinte , o general Eurico Gaspar Dutra assume a presidência, aleito pelo voto direto. Promulga-se uma nova Constituição, e o país retorna aos princípios democráticos.
Embora deposto, Getúlio mantém o seu prestígio popular e vence as eleições de 1950. A forte oposição ao seu governo, liderada por Carlos Lacerda, e a exigência de sua renúncia, feita pelos militares, levam-no ao suicídio, na madrugada de 24 de agosto de 1954. João Café Filho assume o poder.
b) Os anos JK (1956-1960)
Juscelino Kubitschek de Oliveira, depois de assumir o poder, em janeiro de 1956, dá início ao seu projeto de realizar “cinqüenta anos em cinco”: constrói hidrelétricas e estradas; incentiva a instalação de fábricas de automóveis, aviões e navios e constrói Brasília, para onde mudaria a capital do país em 1960.
O clima democrático, renovador e moderno do seu governo favorece as artes: surgem a Bossa Nova e
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