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Modos Textuais

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Por:   •  23/9/2014  •  2.732 Palavras (11 Páginas)  •  351 Visualizações

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1) Modos X Tipos

Os modos estão ligados à estrutura básica do texto, particularmente na relação das coisas com o tempo. É o modo de organização do discurso. São eles: descrição, dissertação e narração.

Os tipos textuais distinguem-se por sua função básica, ou seja, sua declarada finalidade.

Texto Função Modelos

Didático Ensinar Livros escolares, palestras, conferências

Divinatório Prever Horóscopos, oráculos, previsões

Exortativo Convencer Requerimentos, textos publicitários

Expressivo Expressar-se Diários, confissões, discursos

Fático Relacionar-se Correspondências, cumprimentos, cartas

Informativo Informar Avisos, comunicados, bulas, notícias

Normativo Regulamentar Leis, portarias, regulamentos, estatutos

Na linguagem jurídica, destacam-se os textos: informativos, normativos e exortativos.

2) Narração, descrição e dissertação

2.1) Narração

Elementos da narrativa: narrador (onipresente ou onisciente), enredo, tempo (cronológico ou psicológico), personagens (reais ou fictícias), lugar, clímax, desfecho, diálogos.

Características:

a) Narrativa objetiva = ausência de sentimento do narrador/testemunha.

b) Narrativa subjetiva = há forte presença da emoção e sentimentos do narrador.

Discurso

É a forma como o narrador desenvolve sua narrativa. Dividi-se em três tipos principais, que não se excluem:

a) Discurso direto:

“Altivo, dirigi-me aos amigos e perguntei desafiador:

- Só eu vi o crime? Vocês não?”

b) Discurso indireto:

“Altivo, dirigiu-se aos amigos e perguntou desafiador se fora o único a presenciar o crime”.

b) Discurso indireto livre:

“Altivo, dirigiu-se aos amigos e – perguntei desafiador – se fora o único a presenciar o crime”.

Verossimilhança

Toda narrativa que, embora idílio de criação, se baseia na realidade, ou seja, é calcada em fatos ou situações que poderiam ser reais num exercício, o mais fidedigno, de analogia.

a) Verossimilhança interna – realizada por meio de análise das características psicológicas das personagens, sua moral e sua ética.

“Embora fútil, sua conduta ética e moral em nada me fazia crer que cometeria tal monstruosidade. Calmo, pacato, leal. É verdade quando dizem que gastava suas economias com cremes e mais cremes para esconder as rugas proeminentes, mas não se furtava a um gesto de agradecimento ou de generosidade. É assim que dele me recordo... é dele, desse bom homem que sinto saudade, e não do monstro em que se transformou.”

b) Verossimilhança externa - realizada por meio de caracterizações da fisiologia das personagens: traços, marcas, cicatrizes, muitas vezes esbarrando no burlesco e na caricatura.

“Sua cicatriz proeminente no lado esquerdo da face deixava-o ainda mais circunspecto e mau. Olhos fundos, rosto escaveirado, pele marcada pelo destino: Quasímodo dele não invejaria.”

Inverossímil = toda narrativa de característica ficcional – não baseada na realidade – mas dela fazendo livre interpretação ou descrição: Senhor dos Anéis, Matrix.

Narração Forense

Segundo as orientações sobre a Lógica do Razoável, ao produzir seu relatório, exige-se do profissional do Direito a apresentação de uma série de circunstâncias observadas no caso concreto, seja em relação àqueles que participam da lide (partes litigantes), seja em relação ao lugar e tempo em que ocorreram os fatos.

Nesse sentido indicamos alguns elementos que possam contribuir para uma narrativa mais completa e consistente. Assinale-se que essas mesmas informações, no momento em que se vai produzir a argumentação, mostram-se com grande valor persuasivo. A elas chamamos de elementos da narrativa forense.

NARRATIVA FORENSE

Imparcial Valorada

Elementos da narrativa forense:

- Centralidade;

- características dos personagens: social, moral, física, psicológica, profissional, religiosa, familiar, etc.;

- educação quantitativa e qualitativa;

- representatividade social;

- espaço físico e social;

- tempo cronológico e psicológico.

Parecer Petição Inicial

(por exemplo)

Apresentação Pretensão

impessoal dos do autor

fatos

2.2) Descrição

Elementos: verbos no pretérito perfeito imperfeito, personagens que não interagem, verossimilhança interna (psicológica) ou externa (fisiológica) aplicadas na descrição de paisagens, personagens, objetos.

A descrição pode ser objetiva ou subjetiva:

“Pensou no bar. O bar antigo... aquele das mesas de pé de ferro e tampo de mármore. O velho e bom bar de outrora, quando ‘saideiras’ eram iniciadas e depois perpetuadas de melodias saturnais. Extrairia daquele hemisfério o sumo essencial da vida. A alma dos bares ele encontrara.”

(Memórias de bar, Nel de Moraes, fragmento)

“Pacífico sorria meio feio, meio pálido, entre poucos e cariados dentes, ao seu fraco ego indigente, que dele se alimentava, fazendo-se crescer no imaginário e sucumbir na falência

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