TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Nova Gramática

Trabalho Universitário: Nova Gramática. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/5/2014  •  1.095 Palavras (5 Páginas)  •  206 Visualizações

Página 1 de 5

Nova gramática

REFORMA ORTOGRÁFICA: Histórico das alterações do português

Por que é errado escrever PAÇARINHO assim? Quem é que disse que CAZA não se escreve dessa maneira? O ramo da gramática que estuda a escrita correta é a ortografia (orto se refere à correção, e grafia, escrita). Essas regras, no entanto, não são fixas, e variam com o tempo.

Para começar, é bom ter em mente que, quando se diz que escrever assim ou assado é certo ou errado, tem-se como parâmetro a gramática normativa. Isto é, são as regras previstas na norma culta - que deve ser respeitada em ambientes formais, como na escola, no trabalho etc. Quem não respeita essas regras não está propriamente escrevendo errado - apenas não está obedecendo à gramática normativa.

Mas mesmo essa gramática muda com o passar do tempo. Um texto escrito em português "correto" há 70 anos, por exemplo, é um pouco diferente dos textos atuais. Isso porque hoje, em português, adotamos o sistema ortográfico aprovado em 1943, com algumas pequenas alterações efetuadas em 1971. Em 2009, outras regras entraram em vigor, com uma nova reforma ortográfica do português e, mais uma vez, mudamos um pouco nossa maneira de escrever as palavras.

Convenção social

A ortografia é, portanto, uma convenção social. Estudiosos definem, de tempos em tempos, a melhor maneira de escrever as palavras - de acordo com objetivos diversos, como o de unificar a maneira de diferentes povos escrever ou para tornar a escrita mais lógica etc.

Entre o século 2º e o Renascimento (séculos 15 e 16), por exemplo, usava-se uma escrita contínua, isto é, as palavras não eram separadas por espaços em branco.

Durante a Idade Média, era difícil manter um padrão de língua - que era o latim. O chamado "latim vulgar" (dos povos) expandia-se com força, já que poucas pessoas tinham acesso à educação, e os textos eram copiados à mão.

Com a invenção da imprensa (entre 1400 e 1456) ficou mais fácil unificar a grafia e estabelecer aspectos ortográficos mais definidos.

Períodos da ortografia portuguesa

A língua portuguesa também mudou bastante com o passar do tempo. Resumidamente, pode-se dividir a história da ortografia portuguesa em três períodos distintos. O primeiro adotou o princípio fonográfico. Esse período vai do início da língua até o século 16. Nessa fase, se defendia que a ortografia deveria estar o mais próxima possível da pronúncia das palavras.

O segundo período é chamado de pseudoetimológico e abrange os séculos 16, 17 e 18. Entendia-se que as palavras deviam ser grafadas segundo suas origens. No caso da língua portuguesa, as formas gregas e latinas predominam.

O terceiro período é chamado de histórico-científico e abrange os séculos 19 e 21. Esse período caracteriza-se pela elaboração de vários acordos ortográficos.

O primeiro deles foi o Acordo de 1931 entre a Academia Brasileira de Letras e a Academia das Ciências de Lisboa. Outros acordos podem ser citados: o Acordo Ortográfico de 1943; a Lei 5.765 de 18 de dezembro de 1971 (que alterou o acordo de 1943); o Acordo de 1975 (que não se transformou em lei nem veio a público) e o Protocolo de Intenções para o Acordo Ortográfico, de 1986.

A mais nova reforma ortográfica entrou em vigor em 1º. de janeiro de 2009, pondo em prática as regras estabelecidas pelo o decreto de nº 6.583, publicado em 29 de setembro de 2008, que promulgou no Brasil o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O Acordo foi assinado ainda em 1990 por representantes dos governos dos sete países que, naquela data, já tinham o português como idioma oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Novas regras

Alfabeto

O alfabeto era composto por 23 letras. Mas as letras K, W e Y foram incorporadas ao nosso alfabeto, que passou a ter 26 letras. As letras K, W e Y integram o nosso alfabeto e continuam usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados como letras nossas, como nos exemplos: km, watt, Byron, byroniano.

Acentos

1) Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói.

Antes Atualmente

Alcatéia Alcateia

Diarréia Diarreia

Epopéia Epopeia

Estréia Estreia

Idéia Ideia

Lampréia Lampreia

Mocréia Mocreia

Moréia Moreia

Odisséia Odisseia

Panacéia Panaceia

Andróide Androide

Apóia Apoia

Apóio Apoio

Bóia Boia

Clarabóia Claraboia

Humanóide Humanoide

Jibóia Jiboia

Paranóia Paranoia

2) Permanece o acento nas palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis.

• papéis, herói(s), troféu(s)

3) Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i ou u tônicos precedidos de ditongo.

Antes Atualmente

Baiúca Baiuca

Feiúra Feiura

4) Permanece o acento nas palavras oxítonas terminadas em i ou u seguido de s.

• tuiuiú(s), Piauí

5) Não se usa mais acento em palavras terminadas em eem e oo(s).

Antes Atualmente

Crêem Creem

Lêem Leem

Vêem Veem

Abençôo Abençoo

Perdôo Perdoo

Vôo Voo

6) Acabou o acento diferencial nos seguintes pares:

• pára/para

• pêlo/pelo

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.6 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com