O Desemprego É Destaque

Nos últimos dias o assunto que têm estado em destaque é o desemprego. Assunto este que está diretamente ligado à ordem financeira do Estado. Essa ligação se dá por uma simples lógica, a da procura e da oferta. Essa lei só se desenvolve de uma maneira positiva quando todos os ramos dessa cadeia econômica estão em boas condições. Partindo do exemplo que o setor industrial é um dos produtores primários pode-se entender que quanto mais esta indústria produzir de mais funcionários ela vai precisar, quanto mais empregados ela contratar mais renda ela vai gerar para a população consumista, quanto mais renda proporcionada mais dinheiro vai ser injetado na economia – seja por meio de mecanismo de compra e venda, pagamento de impostos, etc.

Acontece que, para que tal cadeia possa funcionar é necessário que o dinheiro que sai do setor primário volte para o mesmo, gerando dessa forma um retorno do que foi investido. Se em algum momento dessa cadeia, quer seja uma grande quantidade ou uma pequena parte desse capital for desviado do seu destino, todo o restante dos setores da economia é prejudicado.

A situação econômica do Brasil nos últimos dias tem sido alvo de grandes discussões e especulações, advindas tanto dos leigos quanto de grandes especialistas da economia. A taxa de desemprego é reflexo de como a economia tem funcionado. Para que a economia tenha seu andamento em perfeito estado é preciso que a população esteja empregada, para que possa fazer o capital “girar” – ser injetado nos setores da economia.

Para que sejam feitas contratações as empresas precisam ter certeza do retorno do valor gasto com o pagamento dos salários, e a inexistência dessa certeza, ou até mesmo o temor de que esse investimento não valha a pena faz com que novas contratações não sejam feitas, o que acaba gerando uma estagnação na economia, pois a cada momento um jovem se torna maior de idade e apto a assumir o mercado de trabalho, e este por sua vez precisa ter portas abertas para que a população tenha renda suficiente para custear as despesas essenciais à mantença da dignidade humana.

O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – é responsável pelo estudo das transformações da sociedade, dentre elas está à economia. O resultado desse estudo é transmitido para a sociedade em forma de estatística, e esta é divulgada em especifico a cada trimestre, sendo um comparado com o anterior, propondo assim uma devolutiva de como o setor econômico tem se desenvolvido.

O índice divulgado do ultimo estudo realizado pelo IBGE foi o estopim para que o Estado fosse alvo de crítica e especulações de como tem conduzido a economia. Ainda que o estado tenha princípios que o impeçam de intervir diretamente na economia, ele é responsável pela mantença da boa engrenagem da economia. O Estado precisa dar condições para que as empresas invistam no país, proporcionando assim um satisfatório índice de emprego, o que por sua vez permite aos cidadãos terem renda suficiente para arcar com as despesas necessárias e até mesmo as voluptuárias.

Segundo o que foi divulgado pelo colunista Reinaldo Azevedo da Revista Veja no dia 29 de Abril de 2016, o índice de desemprego da última pesquisa realizada pelo IBGE foi um das maiores desde o ano de 2012. O número de pessoas desempregadas tem afetado todas as áreas da sociedade, uma vez que se o cidadão não tem um meio de obtenção de renda fica “engessado” diante da necessidade gasto.

Muitas são as especulações que direcionam as atenções ao culpado por tal índice. Culpam o Estado pelo Brasil se encontrar em tal situação, pois esse por sua vez, é responsável por gerir o caixa do Governo, por direcionar os valores pagos em tributos às áreas de educação, saúde, segurança, entre outros, dentre eles a economia. Tal gerenciamento de tributos tem se mostrado incapaz de suprir as necessidades do país, pois parte dele tem sido desviado aos particulares, causando grande prejuízo ao coletivo público.