O Desenvolvimento E O Profissionalismo Do Serviço Social No Mercado De Trabalho.

O Desenvolvimento e o Profissionalismo do Serviço Social no Mercado de Trabalho.

O ponto de partida para a análise do serviço social, suas mudanças e afirmação do profissional no mercado de trabalho é o de que a luta pela afirmação dos direitos é hoje também uma luta contra o capital, parte de um processo de acumulação de forças para uma forma de desenvolvimento social, que possa vir a contemplar o desenvolvimento de cada um e de todos os indivíduos sociais. Esses são considerados os maiores dilemas do Serviço Social.

O Serviço Social é uma profissão dinâmica que passa um curto, mas belo processo histórico. Seus fundamentos foram estruturados. No final do século XIX, quando se consolidou o processo de industrialização, conhecido na história da humanidade como revolução industrial. Tal revolução facilitou a consolidação do capitalismo que ainda ao final daquele século, adquiriu novo perfil, deixando de lado seu aspecto concorrencial para adquirir seu estágio monopolista, gerando desta forma significativa impactos na estrutura societária.

O Serviço Social, no princípio, possuía um caráter de filantropia, sem, contudo, apresentar um perfil profissional. Durante muito tempo, o mesmo assim se manteve, aderindo, posteriormente, aos dogmas da doutrina social da Igreja Católica, que deu um aspecto “humanista” à profissionalização desta área, perfil este que foi incorporado no inicio do século passado, pelo Serviço Social desenvolvido no Brasil.

No inicio o serviço social observou os princípios de filantropia que se constituem toda e qualquer ação praticada pelas entidades beneficentes, ajudando a promover, amparar e defender a pessoa humana, com a finalidade de incluir o ser humano na sociedade em que vive.

O perfil que o assistente social possui na atualidade é uma soma das experiências que outros profissionais das diferentes áreas absorveram ao longo de pouco mais de um século, hoje, o assistente social modifica sua forma de atuação profissional, levando em consideração a demanda que lhe é colocada e a necessidade de responder as exigências e as contradições da sociedade capitalista.

O assistente social pode trabalhar na participação, na elaboração e gerenciamento das politicas sociais, na formulação e implementação de programas sociais, na democratização das informações e no acesso aos programas disponíveis na instituição onde trabalha, auxiliando na solução de conflitos e questões sociais com um grupo específico de pessoas. E ainda, pode trabalhar com grupos diversos, como por exemplo, com crianças, idosos, dependentes químicos, entre outras situações. Além disso, atuam dentro das empresas na área de recursos humanos, contribuindo para o desenvolvimento organizacional.

A categoria profissional do serviço social pode desenvolver uma ação de cunho social educativa na prestação de serviços sociais, viabilizando e contribuindo para que a necessidade e interesses das pessoas possam de fato ser reconhecidos. Ampliando horizontes das classes sociais e do estado em suas relações com a sociedade, pois o serviço social é uma profissão voltada à intervenção do social.

O Serviço Social brasileiro contemporâneo apresenta uma feição acadêmico-profissional e social renovada, voltada à defesa do trabalho e dos trabalhadores, do amplo acesso a terra para a produção de meios de vida, ao compromisso com a afirmação da democracia, da liberdade, da igualdade e da justiça social no terreno da história. Nessa direção social, a luta pela afirmação dos direitos de cidadania, que reconheça as efetivas necessidades e interesses dos sujeitos sociais, é hoje fundamental como parte do processo de acumulação de forças em direção a uma forma de desenvolvimento social inclusiva para todos os indivíduos sociais.

O processo de reprodução das relações sociais refere-se à reprodução das forças produtivas sociais do trabalho, e das relações de produção na sua globalidade, envolvendo sujeitos nas lutas sociais e as relações de poder. Envolve todo um contexto de consciência social.

O campo de trabalho do assistente social está inserido em uma sociedade na qual se inscreve o exercício profissional que é projeto para a sociedade.

Existe um terreno sócio histórico aberto à construção de projetos profissionais também diversos, e mais amplos para a sociedade. È uma presença de forças sociais e politicas reais, onde o assistente social se insere e atua.

Em meados de 1980 as expectativas de melhoria no campo profissional já existiam, porém sem muito reconhecimento. Em 1996 para os dias atuais começaram a melhorar principalmente pelas empresas privadas e algumas instituições públicas como, por exemplo, escolas que tem um fator de suma importância para os conflitos sociais e culturais.

Naquela época já existia um campo amplo de trabalho para a atuação do serviço social, sendo que, o mercado de trabalho já disponibilizava espaço profissional à demanda existente, mas com poucas oportunidades, as ofertas eram maiores para o interior para uma atuação assistencialista.

Nesse lapso de tempo, o Serviço Social brasileiro construiu um projeto profissional radicalmente inovador e crítico, com fundamentos históricos e teórico-metodológicos hauridos na tradição marxista, apoiado em valores