A aparência social do trabalho no Brasil
Pesquisas Acadêmicas: A aparência social do trabalho no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: baner • 9/10/2013 • Pesquisas Acadêmicas • 2.931 Palavras (12 Páginas) • 726 Visualizações
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL I
Desafio de aprendizagem da disciplina Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social I do centro de Educação a Distância da Universidade Anhanguera Uniderp, sob a orientação da Profª Ms. Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes, da professora Adriana Saraiva de Lima Vendrame tutora presencial.
PIACATU/SP
09/2013
INTRODUÇÃO
O contexto do filme Tempos Modernos nos mostra o tratamento dado à classe trabalhadora e aos burgueses, donos dos meios de produção que "exploravam" a mão de obra, isso ocorre quando a produção artesanal foi substituída pela produção em série, o que criou o contexto perfeito para a aplicação das primeiras Teorias da Administração, onde se praticava o taylorismo no trabalho realizado.
A ILUSÃO DE SERVIR
Na historiografia socioeconômica há três grandes vertentes, que são consideradas, segundo Dobb, quando se deseja ter uma compreensão efetiva do capitalismo como categoria histórica.
A primeira vertente foi a proposta pelo economista alemão Werner Sombart (1863-1941), seguindo de uma concepção ideal considerando o capitalismo como forma econômica, sendo criação do espírito capitalista. A pergunta precedente, sobre a gênese do espírito capitalista, não teve, porém uma resposta concluída, abrindo um debate de certa forma estéril, uma vez que apoiado na tese, sem sustentação histórica de que o protestantismo havia produzido o espírito capitalista.
A segunda vertente descende historicamente da Escola Histórica Alemã, também chamada de Escola Clássica Alemã, situando como forma de organização da produção que circula entre o mercado e o lucro, nela se detém o caráter do sistema capitalista e a relação existente entre produção e consumo de bens para ser mais correta a extensão da rota percorrida pelos bens, transmitidos do produtor para consumidor.
A terceira vertente fundada sob os pensamentos de KAL Max aumenta de modo considerável a questão, pois vem de novos pressupostos. Desde os significados que lhe são atribuídos inicialmente por Max, onde o capital é uma relação social e o capitalismo uma determinada maneira de produção, lembrado não apenas pela troca monetária, mas essencialmente pela dominação do processo de produção pelo capital, sendo esta a concepção predominantemente aceita e em uso na moderna historiografia sócio econômica, oferecendo um grande rigor explicativo.
Onde constituirá um patamar de reflexões, cujo fim é descobrir os nexos de articulação entre o capitalismo e o Serviço Social. Tendo a maneira de produção capitalista que definir as relações sociais entre os homens e entre estes e as forças produtivas. Definia como consequência uma nova estrutura social, onde a propriedade dos meios de produção estava nas mãos de uma classe que nada tinha a não ser sua força de trabalho.
A trajetória do trabalhador se deu em rota oposta a burguesia, onde o trabalhador foi sendo obrigado a trabalhar assalariado e a nova maneira de produção exigia a concentração da produção em vista de uma expansão do capital, que em seguida a maquina a vapor e o tear mecânico tornam-se verdadeiros deuses dos capitalistas, assim como a fabrica e o seu templo.
O seu templo, a moderna indústria permanecia sempre cheia, porém não de adoradores, mas de operários cuja vida era cotidianamente sacrificada em nome da acumulação do capital e da produção da mais-valia. Nada era estável, tudo se relacionava a cada instante. A sociedade como um todo ganhava uma nova ordem social polarizando-se cada vez mais radicalmente em duas grandes classes, a burguesia e o proletariado cujas vidas se desenvolviam sob o signo da contradição e do antagonismo.
A classe trabalhadora nesse momento era grande, o que deixava a burguesia preocupada, isto devido às manifestações coletivas realizadas por melhores condições de vida. A lei de 1597, Lei dos Pobres, era ainda mais rigorosa, pois determinava que todo o atendido pelo sistema de assistência publica vivessem em locais somente a eles destinados. Na metade do século XIX, a burguesia utilizou do seu poder de classe para dominar livremente os salários e condições de trabalho.
Tal expansão deixava a burguesia muito apreensiva, pois era o retrato vivo daquilo que até mesmo como estratégia de auto preservação do capitalismo, pretendia ocultar: a face da exploração, da opressão, da dominação, da acumulação de pobreza e da generalização da miséria. A escola humanitária é que lastima o lado mau das relações de produção atuais. Na qual a escola Filantrópica é a humanitária aperfeiçoada, onde oculta suas reais intenções, baseada na igualdade, na harmonia entre as classes, e a pratica social burguesa gerando a ilusão que havia por parte da sociedade.
Os assistentes sociais surgiram quando a burguesia, igreja e Estado se uniram em um compacto e reacionário bloco-politico, como agentes executores da assistência social. E uma profissão que nasce articulada com um projeto de hegemonia do poder burguês, buscando afirmar-se historicamente na sua própria trajetória humanista, sancionada pelo Estado e protegida pela Igreja, como uma mistificada ilusão de que o mundo burguês era a estrutura definida e o capitalismo, um momento privilegiado da história, o momento em que o céu desceu sobre a terra.
CONCLUSÃO
Embora o Brasil tenha avançado na área social, ampliando a distribuição de renda nos últimos anos através dos programas sociais, ainda vivemos num país muito injusto, devido aos salários baixos, desempregos, fome que atinge muitos brasileiros, a desnutrição, a mortalidade infantil, a violência e a marginalidade que são as expressões das desigualdades sociais do Brasil, onde a distribuição de renda é desigual, onde uma parcela pequena e de ricos enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria, numa sociedade cada vez mais excludente, onde se percebe permanentemente o afastamento do Estado das suas reais obrigações para com os menos favorecidos.
Com a falta de políticas publicas efetiva para as camadas populares mais necessitadas faz-se necessário a atuação consciente de mais pessoal em prol da melhoria da qualidade de vida. A ideia de um trabalho meramente assistencialista é coisa do passado, necessário se faz a implantação de mecanismos eficazes e comprometidos com a vida daqueles que estão
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