O Documentário a História das Coisas
Por: Luiz Eduardo • 2/9/2018 • Resenha • 1.010 Palavras (5 Páginas) • 362 Visualizações
STORY OF STUFF. Annie Leonard. Louis Fox. Estados Unidos da América: 2005.
O documentário a história das coisas, com nome original Story of Stuff, foi produzido por Louis Fox nos Estados Unidos da América em 2005. A partir de animações simples e o uso de apenas uma atriz, a produção estadunidense faz uma crítica direta à “economia de materiais” que nada mais é do que a produção de consumo atual. De forma objetiva o vídeo percorre os minutos mostrando as etapas dessa economia e ao mesmo tempo fazendo as devidas críticas, utilizando dados para confirmar todas as teses apresentadas.
A inspiração para produzir um conteúdo com esse tema foi a indagação de para onde as coisas vão e como são produzidas. Com essa reflexão, o documentário começa a analisar a economia de materiais, onde, a mesma, está dividida em cinco fases: extração, produção, distribuição, consumo e tratamento de lixo. Todas essas etapas interagem com o mundo real e choca-se com alguns limites, uma vez que esse é um sistema linear enquanto o planeta é finito.
Quando o documentário fala sobre pessoas ele está também trazendo à tona a relação do governo e das corporações com essa economia. Ressalta-se que é de grande interesse de ambas as partes a propagação de tal sistema fruto do capitalismo. O governo norte americano toma mais de 50% dos impostos arrecadados para investir nos militares, já as corporações, grandes aliadas do primeiro, está dominando a economia mundial graças a essa prática. O grande problema do forte apoio do governo a tais organizações é que elas se tornam protagonistas das propostas e do objetivo governamental enquanto o bem-estar da sociedade faz o papel de coadjuvante.
Partindo para a primeira etapa do processo da economia de materiais, a atriz Annie Leonard traz os detalhes da extração. Primeiramente, é ressaltado que tal segmento destrói o planeta, consumindo, nas três últimas décadas, 33% dos recursos naturais. O Estados Unidos apresentava, em 2005, apenas 4% da sua floresta original e 40% das suas águas estavam impróprias para o uso. Para reforçar ainda mais a tese, o documentário salienta que se todos consumissem como os EUA seriam necessários de 3 a 5 planeta e, no consumismo desenfreado e na falta de recursos naturais para tal, o país que está sendo analisado engaja-se a explorar outros.
Seguindo o processo da economia, a etapa posterior é a produção. Nestas, os recursos naturais obtidos anteriormente são processados com energia, químicos e tóxicos para formar os produtos finais. Com o mesmo esquema simples e objetivo o documentário apresenta dados que reforçam a ideia de que essa etapa, além das demais, prejudica o planeta e seus habitantes. Por exemplo, existem cerca de 100 mil químicos sintéticos e poucos desses são avaliados preventivamente quanto aos impactos. Além disso, algumas dessas substâncias não conseguem ser degradas pelo corpo humano, ficando acumuladas e podendo, posteriormente, causar sérias doenças.
Com o produto pronto a produção da Louis Fox enfatiza nas críticas quanto a distribuição. Inicialmente, é levantado o seguinte questionamento: como os preços dos produtos são tão baixos? A resposta apresentada pela produção é efetiva e direta: os preços são baixos porque os trabalhadores não recebem o quanto merecem. E nem chega a ser uma associação direta à mais valia de Marx, trata-se aqui de receber salários desumanos. Por isso que grande parte da produção não é feita no país de origem da marca e sim em países pobres e subdesenvolvidos que tem sua sociedade explorada.
Os impactos seguem agora no consumo. A história das coisas mostra como a sociedade está cada vez mais consumista e isso tem influência direta do mercado midiático. É enaltecido pelo vídeo o fato de que atualmente (2005) o
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