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O ESVAZIAMENTO DO FRASCO DO DRENO DE KEHR

Por:   •  2/11/2017  •  Tese  •  658 Palavras (3 Páginas)  •  9.096 Visualizações

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ESVAZIAMENTO DO FRASCO DO DRENO DE KEHR

  1. OBJETIVO

Descrever as ações de Enfermagem para o cuidado com o paciente em uso do Dreno de Kehr, especificamente no que diz respeito ao esvaziamento do recipiente coletor.

  1. CAMPO DE APLICAÇÃO

Este procedimento pode ser aplicado nos Hospitais do Câncer I, II e III, na enfermaria em que o paciente se encontra internado.

  1. DEFINIÇÃO

O dreno de Kehr é um dreno transparente, flexível, confeccionado em silicone grau farmacêutico, atóxico e antialérgico. A haste vertical do dreno mede aproximadamente 30 cm, enquanto a horizontal possui por volta de 10cm. Possui linha radiopaca em toda sua extensão e uma parte interna corrugada, que evita o colabamento e interrupção da drenagem. Sua indicação é restrita a drenagem de via biliar principal. É esterilizado em óxido de etileno.

Os primeiros relatos de utilização do silicone para reparos do ducto biliar comum foram feitos por Lahey, em 1949. A introdução dos drenos em PVC e em forma de “T” ocorreu por volta de 1960. A utilização do dreno de Kehr é um tema extremamente discutido na literatura e os protocolos que regem seu uso variam entre os serviços de cirurgia.

A drenagem do colédoco é necessária sempre que este se encontra obstruído, quer por litíase, quer por neoplasia ou por compressão extrínseca. Entretanto, a literatura sugere a utilização do dreno de Kehr nos casos em que exista a presença de infecção dentro da via biliar no momento da realização da cirurgia ou nos casos de exploração da via biliar com a utilização do coledoscópio.

A drenagem cirúrgica por incisão do colédoco é um procedimento importante. Esta incisão, que permite a exploração, a drenagem da bile ou de material purulento e a extração de cálculos, é feita através dreno de Kehr, por onde se poderão fazer colangiografias e que poderá ser retirado mais tarde.

O dreno de Kehr é Introduzido na região das vias biliares extra-hepáticas. Esses drenos são utilizados para drenagem externa, descompressão, ou ainda, após anastomose biliar – como uma prótese modeladora. Devem ser fixados através de pontos na parede duodenal lateral ao dreno e na pele, impedindo sua saída espontânea.

É essencial que o enfermeiro saiba manejar o dreno de Kehr, já que este apresenta um grande potencial para complicações, como queimaduras causadas pelo retorno da bile drenada. É de igual importância que este profissional também se atente a sinais de inflamação ou edema, que podem causar a obstrução do dreno e requerem intervenção médica imediata.

Para tanto, o esvaziamento do frasco do dreno de Kehr entra como um cuidado essencial da assistência, momento em que o enfermeiro observará o aspecto e o volume do líquido drenado e posição correta do frasco coletor. Como principais objetivos para este Procedimento Operacional Padrão, temos, portanto:

  • Evitar refluxo de líquido drenado;
  • Prevenir infecções;
  • Medir volume de bile drenada.

  1. DESCRIÇÃO
  • Material utilizado:

• Luvas de procedimento;

• Cálice graduado s/n;

• Frasco coletor;

• Soro fisiológico 0,9%;

• Gaze estéril;

• Pacote de curativo.

  • Procedimento:

•  Lavar as mãos;

•  Reunir o material e encaminhá-lo a unidade;

•  Explicar o procedimento ao paciente;

•  Calçar as luvas de procedimento;

•  Retirar o frasco de drenagem;

•  Proceder a limpeza da inserção e extremidade do dreno com SF 0,9%, com auxílio das pinças do pacote de curativo;

•  Secar a inserção e extremidade do dreno utilizando a gaze estéril;

•  Acoplar o dreno ao frasco coletor;

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