O Homem E Seu Desenvolvimento Socio-historico

INTRODUÇÃO

Falar em sociedade é dizer que esta é sempre originária de uma diversidade de questões e conflitos sociais, ou seja, os “ problemas sociais”, que se originam no próprio sujeito, individualmente, que sempre se renovam a cada momento e dessa forma a sociedade passa a ser um reflexo desses problemas sociais e que, historicamente, e a cada momento social, o ser humano vai se construindo enquanto sujeito social, por meio de suas experiências em grupo, de maneira que adquiri características próprias, identificando –se o originando sua identidade própria.

A cada momento social vivenciado pelo indivíduo, ele deixa sua marca histórica na sociedade, visto que à medida que emite um comportamento nesta, a mesma se modifica, sofrendo reflexos desse comportamento, logo não será mais a mesma, pois estará transformada pela ação do sujeito no contexto o qual o mesmo se encontra inserido.

Desse modo, a importância desse trabalho, aqui desenvolvido, se dá a partir do momento em que se analisa e se reflete sobre os principais aspectos necessários para a construção da sociedade, bem como seu desenvolvimento e sua transformação, oriundo das interações sociais.

Como afirma Krismamurt (apud BOCK, 1995): “ ... a sociedade não cria o indivíduo ou molda este, na verdade o comportamento do indivíduo é que molda uma sociedade, uma sociedade é fruto de comportamentos individuais, de seus indivíduos, por exemplo a ascensão de Hliter ao poder na Alemanha, levou toda a nação a se comportar mediante seu comportamento individual, um único homem, com seus sonhos e loucuras, frustrações moldaram uma realidade social que encaixasse em seu sonho de poder... mas não só Hliter, a história está cheia de exemplos, Jesus, Maomé, Sócrates e Alexandre o grande, são exemplos de que o comportamento do indivíduo pode determinar o estado social de um grupo, ou ater mesmo de uma nação.

Logo, através de fatos históricos, construídos individualmente ou em grupo, estabelece-se um verdadeiro mito social, ou seja, através das relações construídas no cotidiano se dá a construção de fatos históricos em uma determinada sociedade, visto que um mito pode conduzir ditar valores e comportamentos, porém precisa ser examinado, desafiado e refletido.

Assim, podemos estabelecer relação entre mito e cotidiano à medida que o identificamos com hábitos e costumes do dia –a - dia de cada indivíduo como, por exemplo: escrita, linguagem oral, fotografia, cinema, comunicação, publicidade, entre outros, uma vez que o nosso dia está repleto de simbologia para darmos valores a objetos e significações.

Quando o indivíduo utiliza a linguagem simbólica para falar da realidade que o cerca ele está a relacionar as coisas/objetos com sua vivência diária, remetendo-o para um sentido figurado ou existencial. O mito passa a ser uma representação coletiva, transmitida através de várias gerações e que relata uma explicação do mundo cotidiano, expressando a realidade humana, como por exemplo, os relatos e apresentações que a mãe faz à filha no filme: Falado, onde a mesma mostra e relata a criança aspectos históricos que ao longo do tempo foram deixando uma diversidade de significações culturais à civilização daquela região, ou seja, representações culturais transmitidas de geração em geração.

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