VYGOTSKY: APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO: UM PROCESSO SÓCIO-HISTÓRICO

VYGOTSKY: APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO:

UM PROCESSO SÓCIO-HISTÓRICO

Questões sobre o Capítulo 2: A mediação simbólica

1. O que estamos entendendo por mediação simbólica? Explique.

Entendemos que a mediação é um processo direcionado, e que a mediação simbólica depende da linguagem para ocorrer, sendo então composta pelo sistema simbólico, uma vez que a linguagem é o sistema simbólico básico social de todos os grupos humanos. Compreende então os processos elementares e superiores, ou seja, os reflexos, as ações básicas e as intencionais, bem como os elementos mediadores, que são os instrumentos e os signos. A partir do momento que o sujeito internaliza os instrumentos e os signos, ele desenvolve uma percepção ou habilidades que resultam na capacidade de planejar, imaginar, lembrar, estabelecer comparações etc.

Dessa forma, a mediação simbólica é construída a partir do intermédio de um elemento em uma relação, que deixa de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento, por isso, a relação homem x mundo é sempre intermediada por vários elementos.

2. O que são processos elementares e processos superiores? Explique.

De acordo com Oliveira (2010), a mediação simbólica se dá pelos processos elementares e superiores; os elementares são definidos como os reflexos básicos, como por exemplo, quando um bebê segura o dedo de um adulto, reage a estímulos no pé ou suga o leite; já os superiores, são intencionais, ou seja, tem caráter voluntário, mas precisam ser trabalhados e envolvem os elementos mediadores para que se desenvolvam, como por exemplo: o pensamento, habilidades, raciocínio, emoções etc.

Vele lembrar que os processos elementares têm caráter biológico e os superiores têm caráter social e ambos interagem e se completam.

3. Quais são os elementos mediadores? Explique.

De acordo com as explicações em sala de aula e análise do texto proposto, a “mediação é um processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação deixa, então de ser direta e passa a ser mediada [...]”, pelos elementos mediadores, que são os instrumentos e os signos. (OLIVEIRA, 2010, p. 28).

Os instrumentos são marcas externas e auxiliares nas tarefas que exigem memória e atenção, ficam entre o trabalhador e o objeto de seu trabalho; são pois, objetos sociais que mediam a relação entre sujeito e o mundo, ou seja, são auxiliares externos que possibilitam ações concretas. É possível identificar esse processo também nos animais, mas eles não possuem a racionalidade humana, ou seja, não se valem desse processo com objetivos específicos ou planos futuros, assim, diferentemente do homem, os animais não estabelecem relação com o meio e não se englobam no processo histórico-cultural.

Já os signos são “instrumentos psicológicos”, ou seja, são marcas e auxiliares internos que se remetem ao controle dos conceitos abstratos, das ações psicológicas e ao contrário dos instrumentos, auxiliam o lado psicológico e não o concreto. São, portanto, meios auxiliares para solucionar um problema psicológico como lembrar de algo ou alguém,