O Projeto Ludhisidade

2.3 “Projeto Ludicidade”

Memorial

O memorial pode ser mais relevante quando se trata de se ter uma percepção mais qualitativa da vida acadêmica, profissional. Busca-se uma finalidade intrínseca que seria a de inserir o projeto de trabalho que motivou o pesquisador no seu projeto pessoal e social mais amplo.

Narramo-nos um grupo de 11 estudantes do curso de Pedagogia que se reuniu por afinidades, que se manifestavam já em sala de aula, na realização de trabalhos presenciais e coletivos. Estudantes que se identificam pelo trabalho em escolas e sua predileção por estudos mais práticos e, outras/os que não trabalham no ensino formal e possuem uma tendência a valorizar os aprofundamentos teóricos. Dessa maneira, foi composto o presente coletivo, partindo de um convite geral, mediado pela professora, surgiram manifestações e argumentos na possibilidade de se fazer dois grupos. O grupo que tinha marcado reunião na casa de um colega e outro que escolheu as salas da faculdade. Neste presente coletivo todas/os trabalham ou estão procurando emprego, mas não há quem trabalhe na rede escolar. É desconfortável a ideia de fazer um trabalho educativo que visa a trazer cientificidade e qualificação à formação inicial, apenas constar, para “passar” nas disciplinas.

Numa primeira reunião foi feita uma rodada de falas, onde cada estudante sugeria um tema e expunha o que pretendia com ele e um relator anotava as ideias. Depois foram lidas e houve um debate livre, com as defesas e indicações das propostas, medida que parece ter estimulado empatia do grupo, em relação a um consenso mínimo, para se delimitar a temática. Com a fala livre, apareceram bastantes digressões e narrativas de vivências, mas, o grupo logo chegou a um acordo sobre a temática, ciente de que um projeto vai se delineando na sua trajetória, podendo ser reavaliado e mudado. Chegou-se ao seguinte enunciado, como consenso mínimo: Jogos de palavras, contos e histórias narradas, a ludicidade na linguagem verbal. O grupo pode ser representado por uma tendência de formação, aproximações com o conceito de professores reflexivos ou mesmo, professores pesquisadores.

A educação moderna nos acostumou a aprender /mostrar/ensinar as informações e conteúdos como prontos, estáticos, finalizados, acobertando, desmerecendo o processo de como se chegou a eles. Criando assim uma noção (implícita introjetada) de separação entre produção e comunicação, ou de outra forma as autoridades que “criam e descobrem as informações” e aquela que fazem a “transmissão”. Pensamos que deveríamos insistir ter paciência e tolerância com aquilo que é ou parece novo. Evitar a tentação em avaliar a demora como perda de tempo, pois isto nos leva a um preconceito pragmatista, reducionista. Mas concordamos que necessitamos estabelecer nas reuniões estratégicas para garantir mais objetividade.

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