O Trabalho de Geografia
Por: Caio Henrique • 26/10/2015 • Relatório de pesquisa • 3.978 Palavras (16 Páginas) • 229 Visualizações
E.E Escola
Campinas, 02/12/2013
TRABALHO DE GEOGRAFIA
1º Ano
Aluno: Nome
Série: Sala
Índice :
1 – A inserção do Brasil na economia do Mundo.
2 – O papel do comércio mundial.
5- Circulação e transportes no Brasil.
1- A inserção do Brasil na economia-mundo:
A formação do território brasileiro se inicia no século XVI com a chegada dos portugueses para tomar posse das terras divididas no tratado de Tordesilhas e para a exploração do pau-brasil. Em diferentes momentos da história esse espaço foi reorganizado para atender o mercado mundial na produção de produtos agrícolas e minerais. Posteriormente à extração de pau-brasil deu-se inicio à plantação de cana-de-açúcar que era feito por escravos africanos, esses também faziam parte de um grande mercado comercial como produtos, nesse período foi implantando o sistema de plantation que se baseava na grande propriedade, no trabalho escravo e na monocultura. Esse estilo de produção foi responsável, dentre outras coisas, pelo desmatamento e por outras alterações ambientais negativas.
-Ampliação do território.
As atividades econômicas dos portugueses foram grandes responsáveis pelo aumento do território brasileiro até ele obter as fronteiras atuais. No século XVII as principais atividades responsáveis pelo crescimento do território foram a pecuária extensiva que se consolidou principalmente nas áreas em torno do litoral e do rio São Francisco, além dessa atividade, a busca pelas Drogas do Sertão foi responsável pelo povoamento em torno do rio amazonas iniciando o processo de interiorização do território. No século XVII iniciaram-se às bandeiras, expedições que tinham por finalidade capturar e escravizar indígenas e também buscar ouro e diamantes. No século seguinte (XVIII) a interiorização e o povoamento das Minas Gerais foi fato marcante e a ocupação ocorreu de forma rápida contrariando determinações da metrópole, que proibia a instalação de vilas longe do litoral. Já no século XIX a atividade mais importante no processo expansão foi a produção de café que fez também com que surgisse uma elite de forte poder político e uma classe trabalhadora livre. Outra atividade de enorme importância, principalmente na região Norte foi a extração de borracha, que durou pouco tempo, mas o suficiente para aumentar o povoamento no local.
Essa grande diversificação de produções criou ilhas - inclusive no século XVIII onde as rotas de ligações eram precárias e perigosas, os principais responsáveis pela consolidação de rotas duradouras foram os pecuaristas e os tropeiros - de ocupação e povoamento, ou seja, as áreas de produção e de grande população estão separadas por grandes partes de território pouco povoado o que impulsionou a criação de vias de transporte, a fim de integrarem todo o território nacional e suas principais áreas.
-Industrialização e a integração do território brasileiro.
Em meados do século XIX o capitalismo industrial se espalhou pelo mundo, porém não para todos os países, apenas Inglaterra, EUA, Japão e países da Europa Ocidental tiveram acesso as essas inovações tecnológicas o que os colocou, mais ainda, como países centrais do capitalismo, o Brasil recém-independente e politicamente fraco manteve sua posição periférica. Alguns resquícios coloniais atrasaram o Brasil no processo de implantação do capitalismo, como, por exemplo, o uso de mão-de-obra escrava que foi aos poucos sendo substituída pelo trabalho livre nas lavouras de café que cresceram após a expansão do capitalismo pelo mundo aumentando as exportações do produto.
O crescimento da economia agroexportadora foi fator fundamental para o impulso industrial ocorrido no final do século XIX e no começo do XX, a crise de 1929 refletiu-se positivamente no Brasil em termos de industrialização, produtos que antes eram importados agora começaram a ser fabricados no país graças à grande demanda interna e as políticas governamentais de protecionismo, taxações e financiamentos. A industria passou a ser carro chefe da economia ultrapassando o agroexportador que diminui devido a demanda mundial de café. Uma das políticas públicas de destaque nesse período de avanço industrial foi a obtenção de financiamento dos EUA para a industrialização nacional, o Brasil estava, então, entrando na Segunda Revolução Industrial. Porém esses avanços não diminuiriam ainda os problemas criados pela economia de arquipélago.
-O pós-Segunda Guerra Mundial.
Após o segundo conflito mundial os EUA se consolidaram como potência hegemônica capitalista e promoveu uma base de países aliados que incluíam Europa Ocidental, Japão e América Latina. Instituição como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial foram criados para reconstruir os países derrotados e, principalmente, desenvolver os países periféricos como o Brasil.
As políticas de protecionismo do Estado permaneceram no pós-guerra, porém para as elites isso ainda não era suficiente o déficit da balança comercial e a lei de redução de remessas de lucro (lei que visava diminuir os lucros através dos juros) dificultaram a aceleração da industrialização. No governo JK de 1950 houve uma guinada no processo de industrialização do Brasil com a obtenção de capitais externos. O estado permaneceu atuante na criação de infraestrutura e na expansão das indústrias de base, porém a industrialização passou a depender dos países capitalistas centrais, principalmente do investimento de multinacionais, inclusive nos setores de bens duráveis, com isso as empresas nacionais passaram a ocupar um papel secundário. Entenda um pouco mais dos planos de JK .
Durante a ditadura militar iniciou-se um novo crescimento na economia brasileira que durou de 1964 a 1973, conhecido como “milagre econômico” e encerrado pela crise do petróleo[1], porém esse novo período não significou melhorias sociais, pelo contrário, a concentração de renda aumentou significativamente, além do aumento da divida externa.
Na década de 1980 a economia mundial passou a crescer mais devagar, provocando alguns problemas econômicos nos países centrais, os EUA e a Inglaterra passaram a aderir ao neoliberalismo[2], sistema que rapidamente se espalho pelos outros países inclusive o Brasil. As multinacionais aceleraram, pois continuaram sendo favorecidas e a economia brasileira cada vez mais internacionalizada enfrentou problemas com sua divida externa. Essa inserção do Brasil na economia mundial gerou mudanças em seu papel na DIT (Divisão Internacional do Trabalho). O país diversificou sua produção passou de agroexportador para urbano-industrial o que lhe deu condição de país smiperiférico ou emergente, porém parte considerável da população ainda não tem acesso a melhorias de ordem social que lhes proporcionem melhores condições de vida.
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