O uso de tecnologias digitais na atividade pedagógica nas classes primárias

Resenha:

PRIETO, Lilian. TREVISIAN, Maria. DANEZI, Maria. FALKEMBACH, Gilse. Uso das tecnologias digitais em atividades didáticas nas séries iniciais. Disponível em <http://penta3.ufrgs.br/midiasedu/modulo13/etapa1/leituras/arquivos/Artigo3_1.pdf> Acesso em: 10 jan 2014.

Inicialmente, o artigo nos da uma introdução de como a educação é influenciada pela globalização, consequentemente, pelo uso das tecnologias. O processo de aprendizagem é transformado através do conhecimento dessas novas tecnologias por parte do professor (educador). As novas tecnologias, como a Internet, forçam a adaptação ao meio e ao ambiente social.

Os recursos tecnológicos usados na educação devem caminhar juntos tendo como único objetivo: a otimização do processo de ensino e aprendizagem. Atividades pedagógicas inovadoras são propiciadas através do uso das tecnologias digitais que possibilitam a transformação dos velhos paradigmas da educação. Como exemplo, temos o computador, que deve ser utilizado como uma ferramenta de ensino e facilitador do processo de aprendizagem, buscando fascinar o aluno para novas descobertas. A tecnologia é um instrumento capaz de motivar os alunos cada vez mais se for utilizada juntamente com um ambiente desafiador.

Os autores tomaram como embasamento as teorias de Piaget e de Vigotsky. De acordo com Piaget, existem quatro estágios fundamentais para o desenvolvimento humano desde o nascimento ate a fase adulta. Esses estágios são: sensório-motor, pré-operacional (fase do pensamento simbólico, fase do pensamento intuitivo), fase das operações concretas e das operações formais. Já a teoria de Vigotsky tem como fundamento dois níveis de desenvolvimento do indivíduo existentes: o nível de conhecimento real, ou seja, aquilo que o sujeito pode fazer sozinho e, o nível de desenvolvimento potencial, aquilo que o sujeito pode fazer e aprender no relacionamento com as outras pessoas. A zona de desenvolvimento proximal seria a união entre estes dois níveis de conhecimentos; é um domínio psicológico em constante transformação: aquilo que uma criança é capaz de fazer hoje com a ajuda de alguém, conseguirá fazer sozinha amanhã.

Baseados em Piaget e Vygotski, estudos da psicogênese da língua escrita comprovam que a criança reconstrói o código linguístico e reflete sobre a escrita. Com isso, conhecendo-se os diversos níveis conceituais linguísticos da criança, foi possível criar aplicações com atividades para que ela possa desestruturar sua concepção e construir o conhecimento da base alfabética escrita. Foram criadas atividades lúdicas, relacionadas às fases da alfabetização: pré-silábica; silábica; e alfabética, e ainda atividades com situações desafiadoras que fornecem ao aluno, já alfabetizado, elementos para pensar e aprender.

Com tudo, os autores puderam concluir que um material educativo bem concebido e bem utilizado oferece muitas vantagens, como: a fixação de conteúdos, a tomada de decisão, dá significado a conceitos de difícil compreensão, desperta a criatividade, entre outras. A elaboração de um software educacional envolve o esforço de profissionais das mais diversas áreas trabalhando juntos. Inclui um profissional da área, um especialista em tecnologia educacional, um professor experiente, o projetista de mídias (imagem, som, vídeo) e um programador. Eles