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Os Impacto das Tecnologias de Informação/ Comunicação (TIC) na Saúde da pessoa em cuidados paliativos

Por:   •  7/6/2020  •  Trabalho acadêmico  •  5.615 Palavras (23 Páginas)  •  230 Visualizações

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ÍNDICE

0-        INTRODUÇÃO        3

1-        “TIC EM SAÚDE”, UM NOVO PARADIGMA EM CUIDADOS PALIATIVOS? 4

1.1-        QUE TIC’S UTILIZAM AS PESSOAS EM CUIDADOS PALIATIVOS?        5

1.2-        TIC: BENEFÍCIOS E INCONVENIENTES PARA A QUALIDADE DE VIDA DA PESSOA EM CUIDADOS PALIATIVOS        6

1.3- TIC, SERÁ UMA FERRAMENTA QUE AUXILIA OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS?        7

2-        METODOLOGIA        10

2.1- PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS        10

2.2- PROCESSO DE SELEÇÃO DE ARTIGOS        10

3- O IMPACTO DAS TIC NA PESSOA EM CUIDADOS PALIATIVOS        12

4- SÍNTESE CONCLUSIVA        14

5- PRÁTICA BASEADA NA EVIDÊNCIA        15

6-        BIBLIOGRAFIA        17

7-        ANEXOS        19

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  1. INTRODUÇÃO

Nas sociedades atuais a busca pelo bem-estar e qualidade de vida assume uma grande importância. A necessidade de estar em constante contacto com o mundo à nossa volta trouxe o desenvolvimento e expansão das tecnologias de informação e comunicação. Desta forma, rapidamente se percebeu que esta ideologia se poderia transferir para o âmbito da saúde e apoio a doentes crónicos, nomeadamente para os doente em cuidados paliativos, que são pessoas que estão a passar por um momento muito delicado, por vezes com grande sofrimento e por isso mesmo a qualidade de vida e o bem-estar são os objetivos centrais nesta área de cuidados (Garcia, 2015)

Na Medicina, cada vez mais se adota este tipo de tecnologias em âmbito de cuidados paliativos, tanto por um lado para facilitar o trabalho dos profissionais de saúde como por outro lado ajudar a combater o isolamento social e promover a conexão social dos doentes hospitalizados (Garcia, 2015).

No entanto ainda existem algumas barreiras nesta área como, a falta de investimento na investigação e desenvolvimento deste tipo de tecnologias aplicadas à saúde e também o desconhecimento e desconfiança sobre estas metodologias (Garcia, 2015).

Apesar disso, na Europa já se começa a apostar neste tipo de metodologia, como por exemplo no Departamento de Saúde do Reino Unido que, segundo Garcia (2015), tem introduzido a utilização e aplicação destas tecnologias no sentido de estas poderem garantir a equidade e a flexibilidade na aprendizagem em saúde.

Tendo em conta estes aspetos o grupo considerou interessante abordar este tema por ser um tema muito atual, em que ainda não há muita informação divulgada, principalmente em Portugal. Em termos profissionais pretendemos averiguar, se de facto as novas tecnologias de informação e comunicação poderão constituir uma ferramenta que contribua para o bem- estar e qualidade de vida para a pessoa em cuidados paliativos.

O trabalho seguidamente desenvolvido estará divido em duas partes, primeiramente constará uma introdução teórica em que será abordado os principais temas do trabalho, as TIC e a pessoa em cuidados paliativos, de seguida irá ser abordado quais as TIC mais utilizadas pelas pessoas em cuidados paliativos e por fim quais os contributos que as TIC trazem para o doente e para os profissionais de saúde, em especial para os enfermeiros, na segunda parte do trabalho constará a metodologia pela qual este trabalho se irá reger.

Palavras-chave: TIC; pessoa em cuidados paliativos; qualidade de vida; saúde.

  1. “TIC EM SAÚDE”, UM NOVO PARADIGMA EM CUIDADOS PALIATIVOS?

Este trabalho tem como foco, essencialmente, dois conceitos: a pessoa em cuidados paliativos e as tecnologias de informação/comunicação.

No que diz respeito à definição de Cuidados Paliativos a OMS (cit. por ANPC, 2009) afirma que, é “uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e dos seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”. Neste contexto não se utiliza mais o termo “terminalidade”, agora fala-se da doença que ameaça a vida (ANCP, 2009).

O doente em Cuidados Paliativos não implica absolutamente uma impossibilidade de cura, mas uma eventualidade ou não de tratamento que vá modificar a doença, afastando dessa forma a ideia de impossibilidade de tratamento (ANCP, 2009).

É importante distinguir que um doente a receber cuidados paliativos não é necessariamente um doente terminal. E este trabalho debruça-se em específico no doente que necessita de cuidados paliativos, de acordo com o Plano Nacional de Cuidados Paliativos (cit. por Garcia, 2015), estes doentes são aqueles que apresentam os seguintes critérios: Não têm perspetiva de tratamento curativo; Têm rápida progressão da doença e com expectativa de vida limitada; Têm intenso sofrimento; Têm problemas e necessidades de difícil resolução que exigem apoio específico, organizado e interdisciplinar.

De modo a providenciar qualidade de vida e bem-estar aos doentes a cima mencionados, atualmente cada vez mais a Medicina começa a introduzir as TIC em diversos serviços, surgindo a telesaúde, que é caracterizada como todas as atividades relacionadas com a saúde, serviços e métodos, utilizando as TIC como uma ferramenta de aproximação geográfica, incluí essencialmente a telemedicina (prestação de serviços de saúde com o objetivo de trocar informação desde o diagnóstico até à avaliação, beneficiando assim a promoção da saúde) (Tobón, et al., 2018).

 Deste modo de acordo com Vaz (2010), as TIC referem-se a todas as tecnologias utilizadas para criar, armazenar, processar e utilizar informação de diferentes tipos (dados, voz, som, imagem, multimédia) com o objetivo de facilitar e apoiar a comunicação. As TIC, resultam da convergência entre a microeletrónica, a informática e as telecomunicações e incluem tanto os novos como os antigos instrumentos, modos e meios através dos quais a informação e outros dados são transmitidos entre pessoas, lugares e sistemas artificiais. Embora as TIC abranjam uma vasta gama de tecnologias, para efeitos deste trabalho iremos referir essencialmente a videoconferência, telemóvel e Tablet (jogos, acesso a fotografias, redes sociais), internet (email, pesquisa, compras e pagamentos) e telefone fixo.

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