PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES EM MEIO AMBIENTE

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO ELVIRA DAYRELL

PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES EM PROJETOS INTERDICIPLINARES EM MEIO AMBIENTE

Virginópolis

2015

TAIANE NOGUEIRA CAMPOS

PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES EM PROJETOS INTERDICIPLINARES EM MEIO AMBIENTE

Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia Cientifica do curso de graduação de Ciêcias Biológicas para obtenção de crédito parcial da Faculdade Elvira Dayrell, sob a orientação da professora Fabricia Pereira Fernandes.

Virginópolis

2015

1-SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO

1- INTRODUÇÃO

Quando se fala em meio ambiente, a tendência é pensar os inúmeros problemas que o mundo atual enfrenta com relação à questão ambiental. Lixo, queimadas, poluição, desmatamentos são dentre outros, situações lembradas.

E entre todas as formas que o mundo utiliza para enfrentar estes problemas, o principal é a educação ambiental. Esta contribui para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade socioambiental de modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global.

Mas para que um aluno se forme com consciência sustentável, é vital que todos os professores saibam passar de forma clara conhecimentos ambientais. E é na pratica que se fixa o conhecimento e se trabalha para promover um futuro mais sustentável. Os saberes adquiridos em sala de aula ou na comunidade são uma excelente matéria-prima para o exercício da cidadania.

No entanto, antes de pensar em trazer o ensino do meio ambiente para a sala de aula, o professor e a escola deve entender que a opção pelo trabalho com o tema meio ambiente trás a necessidade de aquisição de conhecimento e informação por parte de todos os envolvidos, para que se possa desenvolver um trabalho adequado junto dos alunos. Isso não significa dizer que o professor deve "saber tudo" para que possa desenvolver um trabalho, mas sim  que deve estar disposto a aprender sobre o assunto, e mais do que isso, transmitir aos seus alunos a noção de que o processo de construção e de produção do conhecimento é constante.

Nessa tomada de consciência de um trabalho democrático e cooperativo sobre o meio ambiente, a escola precisa elaborar uma didática interdisciplinar, unindo todas as áreas de estudo do corpo docente às forças vivas da comunidade com seus líderes, imprensa, autoridades e técnicos.

Na escola, eixos temáticos  e módulos interdisciplinares, entrelaçando os diversos setores do saber, podem ser democraticamente comentados, discutidos e selecionados em perfeita sintonia com o corpo administrativo e os professores.

Neste projeto, teremos como principal objetivos estimular os professores e as escolas a adotarem novas técnicas, metodologias e recursos destinados a desenvolver e enriquecer a percepção integrada do meio ambiente, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e melhorando a qualidade da educação ambiental.

 Pretendemos ressaltar que a disciplina vai muito além dos conteúdos obrigatórios.

Salientando sempre que ao estudar os dados da sua região, o aluno terá condições de alcançar o Transregionalismo e entender os problemas ambientais de outros lugares.  

 A característica  dinâmica da metodologia da questão ambiental nas unidades escolares aconselha que o ensino seja feito de forma integrada entre professores e o meio em que vivem.

 

3- REFERENCIAL TEÓRICO

Em 1863, Thomas Huxley escrevia sobre as interdependências entre os seres humanos e os demais seres vivos. Em 1972, o Clube de Roma denunciava em seu relatório que o crescente consumo mundial levaria a humanidade a um limite de crescimento e possivelmente a um colapso. Meses depois, realizava-se em Estocolmo, Suécia, a conferência da ONU sobre o ambiente humana....

A conferencia de Estocolmo reconheceu o desenvolvimento da Educação Ambiental como o elemento critico para o combate à crise ambiental no mundo, e enfatizou a urgência da necessidade do homem reordenar suas prioridades.

Seguindo orientações da conferencia de Estocolmo, a UNESCO promoveu o encontro de Belgrado, onde foram formulados os princípios e orientação para um programa internacional de Educação Ambiental.

Em 1977, foi realizada a conferencia de Tbilisi, onde foi produzida a Declaração sobre a Educação Ambiental. Mas a situação do Brasil diante dessas mudanças foi a mesma que a de muitos países pobres, onde mais se necessitava da educação ambiental, ela não se desenvolveu.

Mas, apesar de tudo, estamos vendo o surgimento de uma nova geração de recursos institucionais. Graças aos professores que incorpora a temática ambiental diariamente nas escolas de todo o Brasil. E um surgimento de projetos ambientais interdisciplinares que não só envolve os alunos mas sim todo a comunidade.

Assim a relação interdisciplinar vem se mostrando uma ótima forma de propagação da educação ambiental. Dessa forma, a Educação Ambiental, sai das mãos do professor de biologia e ciências, e torna responsabilidade de todos os professores.

Piaget se posicionou em relação ao ensino compartimentado em disciplinas, e referindo-se ao ensino de ciências, ele afirma rotundamente que se "quiser adaptar-se às condições do progresso cientifico  e preparar inovadores em vez de espíritos conformistas, deverá acentuar este estruturalismo cada  vez mais generalizado e conquistador, com tudo o que se implica de visão interdisciplinar" (Piaget, J., 1975, pag. 104).

 Estas palavras de Piaget pode ser aplicada não somente no ensino da ciências como ele menciona, mas também na educação ambiental. Tanto é que os participantes do Encontro Técnico de Educação Ambiental da Região Sul, reunidos em sessão plenária no dia 13 de maio de 1992, em Brasília, DF, aprovaram um documento com as conclusões finais do encontro. É nas "Estratégias para a Implantação de Programas de Educação Ambiental", que dois quesitos chamam a atenção:

        a) que seja criado um grupo de trabalho de Educação Ambiental interinstitucional e interdisciplinar nas secretarias de educação dos estados, através de exigência do MEC, já que a Educação Ambiental no Brasil esta prevista na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 225, Capitulo VI – do Meio Ambiente.

        d) que o grupo de trabalho de Educação Ambiental da Secretaria de Educação tenha como providencia primeira a adequação curricular para a inserção da Educação Ambiental interdisciplinarmente.