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Português: Do Clássico Ao Moderno

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Por:   •  8/12/2014  •  601 Palavras (3 Páginas)  •  631 Visualizações

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Os séculos XVI e XVII representam o período auge da difusão da língua, graças à colonização de regiões na África, América e Ásia, dessa forma o português modificou e foi modificado pelas línguas locais. Portugal passou a ser ponte entre a Europa e as novas culturas, consequentemente novos termos ingressaram no vocabulário.

Com o aumento da produção literária, devido ao surgimento da imprensa à qual permitiu maior acessibilidade de livros, se iniciou um período de normalização e elaboração da língua, a qual não havia no período arcaico.

A produção escrita ampliou a reflexão sobre a língua portuguesa, o que favoreceu o surgimento das primeiras gramáticas do português: a Grammatica da linguagem portuguesa de Fernão de Oliveira (1536) e a de João de Barros Gramática da Língua Portuguesa (1540). Essas gramáticas traziam informações sobre a construção das palavras e das frases e serviam de fontes para o estudo da língua, foi também com elas que a morfologia e a sintaxe, se definem e a língua entra na fase clássica do período moderno.

Em Os Lusíadas de Luis de Camões (1572), o português já é, tanto na estrutura da frase quanto na morfologia, muito semelhante ao atual. Apesar de não ter sido o criador do português moderno, Camões teve um papel fundamental neste período para a superação de arcaísmos e a expressão da língua.

Como dito anteriormente, o período que vai de 1536/1550 foi classificado por alguns estudiosos da língua portuguesa como período do português moderno ou período do português clássico.

Alguns deles como Serafim da Silva Neto e Paul Teysseir caracterizam-no como português moderno, e estendem sua duração até a contemporaneidade. Já Pilar Vasquez Cuesta, e Lindley Cintra, caracterizam o período de português clássico, e fazem uma distinção com relação ao período posterior, que segundo eles abrange os séculos XIX e XX seria o português moderno.

Aqui tomaremos como referencia Paul Teysseir e sua obra: História da Língua Portuguesa (1994), na qual, segundo Teysseir, o português sofreu uma série de transformações, que fixaram a morfologia e a sintaxe, que daí por diante pouco variariam. Vejamos algumas delas:

• A morfologia do nome e do adjetivo absorve as consequências das evoluções fonéticas, os plurais dos nomes em ao são fixados (mãos, cães e leões) assim como o feminino dos adjetivos sem ao, ex: são- sãs

• Os particípios passados em udo da segunda conjugação cedem lugar a ido; ex: perdudo>perdido

• São eliminadas as formas átonas dos possessivos femininos (ma, ta e sa);

• Plurais dos substantivos e adjetivos em -l; ex: sol, plurais sóis;

• Os anafóricos em e (h)i desaparecem como palavras independentes;

Na segunda metade do século XIX, o ensino da língua portuguesa se alia ao propósito de compreender e descrever o funcionamento da mesma. A partir de 1880, esses estudos são publicados pela influente Revista Lusitana, que trazem um novo panorama da nova ciência linguística. Já em 1911, é nomeada uma comissão para estabelecer a ortografia a ser usada nas publicações oficiais. Nessa reforma desaparece o grupo das consoantes dobradas (abbate=abade / vacca=vaca

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