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Professor de intervenção durante a atividade

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Por:   •  28/11/2013  •  Artigo  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  361 Visualizações

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A intervenção pedagógica do professor durante as atividades

Embora muitos especialistas e educadores defendam que a intervenção pedagógica não é apenas o que o professor faz durante as atividades, enquanto os alunos trabalham – mas também as decisões que toma antes e depois, em função do seu conhecimento sobre o que eles sabem e de suas observações sobre como procedem ao realizar as tarefas – trataremos a seguir especificamente da intervenção pedagógica do professor durante as atividades, o que inclui a consigna e as orientações gerais relacionadas à realização do que é proposto.

Algumas dessas orientações gerais implicam: • informar os alunos sobre o que se pretende com as atividades, de forma que sintam que o que fazem responde a algum tipo de objetivo/necessidade; • prepará-los antes de toda e qualquer mudança/novidade que for ocorrer em relação ao uso do tempo, organização do espaço, formas de agrupamento, utilização dos materiais, propostas de atividade e demais aspectos que interferem nos resultados do trabalho pedagógico; • apresentar as atividades de uma maneira que incentive os alunos a darem o melhor de si mesmos e a acreditarem que sua contribuição é relevante para todos; • criar um ambiente favorável à aprendizagem e ao desenvolvimento de autoconceito positivo e de confiança na própria capacidade de enfrentar desafios (por meio de situações em que eles são incentivados, por exemplo, a se colocar, a fazer perguntas, a comentar sobre o que aprenderam...).

Se, por um lado, esse tipo de contexto geral de ensino e aprendizagem é necessário, por outro, não garante nem substitui a intervenção direta do professor enquanto os alunos trabalham. Esse é um momento privilegiado não só para avaliar a adequação das propostas enquanto elas se concretizam como para fazer colocações que respondem às necessidades de aprendizagem dos alunos – é quando podemos oferecer informações, problematizar respostas ou procedimentos, orientar a ação...

É importante considerar que, numa concepção construtivista, a problematização é um tipo de intervenção dos mais relevantes, do ponto de vista pedagógico. Entretanto, nesse tipo de situação, a atitude do professor é fundamental por três razões principais. Em primeiro lugar porque, se queremos que os alunos explicitem seus procedimentos, opiniões e idéias temos que saber lidar com eles, especialmente quando são equivocados. Não é possível, ao mesmo tempo, pretender que eles façam as atividades do jeito que sabem e "corrigi-los" sempre que erram, porque assim, com certeza, encontrarão formas de fugir do desconforto de ter o seu erro apontado sistematicamente: podem, por exemplo, passar a produzir menos ou a tentar copiar dos colegas que julgam saber mais.

Por outro lado, é preciso saber "dosar o nível de desafio". Se acreditamos que desafiador é aquilo que é difícil e possível ao mesmo tempo, temos que saber "o quanto o aluno agüenta" ser questionado e, para tanto, é imprescindível identificar e/ou inferir os conhecimentos prévios que possui sobre o conteúdo trabalhado.

E, por fim, é importante não perder de vista que a problematização é um procedimento que rompe com o contrato didático clássico de uma proposta tradicional: nesse caso, a regra do jogo é o professor perguntar para avaliar o que os alunos sabem e não para ajudá-los a pensar. Se isso não estiver claro para eles, é possível que não compreendam as razões das perguntas que lhes são feitas e que lidem mal com esse tipo de situação.

A intervenção direta do professor durante as atividades, evidentemente, é condição para que os alunos avancem em seus conhecimentos. Entretanto, também a atividade proposta deve ser, em si, "portadora" de desafios – deve colocar um problema real a ser resolvido para que, na tentativa de solucioná-lo, os alunos possam pôr em jogo tudo o que já sabem sobre o conteúdo da tarefa.

Sendo assim, não basta que a atividade seja "interessante": precisa favorecer a construção e o uso de seus conhecimentos. Quanto mais a atividade estiver adequada às suas necessidades de aprendizagem e quanto mais os agrupamentos forem criteriosamente planejados, maiores serão as possibilidades de os alunos evoluírem em seu processo de alfabetização, mesmo se não puderem contar a todo instante com a intervenção direta do professor.

A gestão da sala de aula

A gestão da sala de aula envolve inúmeros aspectos, mas aqui trataremos apenas daqueles relacionados ao gerenciamento do tempo e à apresentação de propostas alternativas em função do planejamento pedagógico e do ritmo de realização das atividades pelos alunos. "Pilotar" adequadamente uma sala de aula exige muito conhecimento, talento e capacidade de improvisar de forma inteligente,

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