REDAÇÃO CONTRA AS DROGAS
Ensaios: REDAÇÃO CONTRA AS DROGAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dayaepaulo • 23/9/2013 • 436 Palavras (2 Páginas) • 544 Visualizações
Parece um filme de terror, mas é realidade em nosso país e é, igualmente, apavorante. De acordo com estimativas apresentadas por especialistas, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados, o Brasil já tem mais de 1 milhão de usuários da droga. Ao lançar, ontem, o Plano Nacional de Combate ao Tráfico e ao Uso de Crack, durante a 13ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a urgência de enfrentar este flagelo, que destrói vidas, desintegra família e condena à marginalidade e à degradação milhares de brasileiros.
Um milhão de usuários, no caso do crack, uma droga que causa dependência já nas primeiras experimentações, significa 1 milhão de pessoas transformadas em zumbis, sem vontade própria, vivendo apenas para a pedra e pela pedra. Significa, também, 1 milhão de escravos de um vício que afeta o cérebro e a saúde dos dependentes, sentenciando-os à morte prematura. Significa, ainda, uma sociedade refém dos efeitos colaterais de um vício estimulador da violência e da criminalidade.
E significa, acima de tudo, uma legião de doentes necessitados de assistência especializada e incontáveis famílias desesperadas por não saberem a quem recorrer em busca de ajuda. Diante desta situação caótica, é mais do que oportuno que o governo federal assuma a responsabilidade de coordenar uma mobilização nacional destinada a capacitar lideranças comunitárias para o enfrentamento desta verdadeira praga que se abate sobre a sociedade brasileira. Também é relevante que o plano federal tenha sido lançado na presença de 4 mil prefeitos reunidos em Brasília, pois os municípios têm papel decisivo nesta causa, principalmente na execução de ações preventivas e na orientação aos familiares dos usuários e dependentes da droga.
Como bem ressaltou, na oportunidade, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, o projeto ontem anunciado representa, também, um reconhecimento de que a luta contra o crack, transformada em bandeira institucional do Grupo RBS por dois anos consecutivos, é uma questão prioritária para o país. E também uma questão urgente: se o Brasil quiser resgatar para uma vida saudável pelo menos parcela desta população de dependentes, que equivale a mais de duas vezes o número de habitantes de uma capital como Florianópolis, precisa transformar logo o discurso em ação. Não há mais tempo a perder. Os doentes precisam de ajuda, as famílias precisam ser orientadas, a sociedade precisa ser protegida.
O governo federal e os prefeitos que se sensibilizarem com a causa são muito bem-vindos nesta luta, pois o crack já se transformou num dos principais problemas de saúde pública e num dos mais importantes fatores da criminalidade no país.
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