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Resenha Mario Roberto Pereira Jr

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Por:   •  5/7/2014  •  Resenha  •  1.555 Palavras (7 Páginas)  •  445 Visualizações

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AZEVEDO, Álvares. Noite na Taverna. 1. Ed. São Paulo: L&PM, 1999.

Mário Roberto Pereira Junior

Manuel Antônio Álvarez de Azevedo nasceu em São Paulo no ano de 1831, foi um poeta, escritor e contista, da segunda geração romântica brasileira. É conhecido como o “poeta da dúvida”, pois deixa transparecer em seus textos, a marca de uma adolescência conflitante e dilacerada, representando a experiência mais dramática do Romantismo brasileiro.

Em alguns poemas, Álvares de Azevedo surpreende o leitor, pois além de poeta triste e sofredor, mostra-se irônico e com um grande senso de humor.

Por ter sido acometido por uma tuberculose enquanto era muito jovem, Azevedo desenvolveu um caráter melancólico e pessimista, pois retratava com frequência em suas obras que acreditava que a morte seria a solução de sua crise e de suas dores.

Dentre suas principais obras estão: Noite na Taverna, O Conde Lopo, Lira dos vinte anos e a peça de teatro Macário.

Noite na Taverna, é uma narrativa literária escrita por Álvares de Azevedo em 1855 durante a segunda fase do Romantismo brasileiro, é composta de tons trágicos e cheia de fantasias, uma autêntica representante da escola byroniana.

Mais do que os elementos românticos e macabros (necrofilia, incesto, corrupção, antropofagia, traição, assassinatos), a obra e reconhecida por sua estrutura, a qual primeiramente introduz o cenário, os personagens e situações, que praticamente desaparece ao decorrer da leitura, dando lugar a outros narradores e contextos.

A obra de Álvarez de Azevedo desfruta de um caráter e tom bem emotivos, antecipando a narração da prosa moderna. A liberdade cênica, a dupla narração e suas derivadas, a mistura do real e o imaginário conferem atualidade a obra, apesar de toda a atmosfera herdada do romantismo.

Contendo como subtítulos epigrafes e o nome de cada personagem, o livro é divido em sete partes e retrata histórias de pessoas descrentes com a vida e o amor, cheios de vícios e amantes do vinho, os quais se definem-se como libertinos e contam histórias assombrosas sobre seus respectivos passados.

A história se passa em uma taverna suburbana, onde um grupo de amigos se reúnem para uma noite de bebedeiras em que historias assombrosas passadas são contadas.

Por sugestão de Archibald, Solfieri começa a contar sua história. Conta, que ao vagar bêbado por uma rua de Roma, passa por uma ponte e observa um vulto de uma mulher chorando, numa janela, a qual e sai caminhando pela rua e é seguida por Solfieri. Após essa visão, ele apenas se recorda de acordar em um cemitério frio, sem saber se a visão coma mulher foi apenas um deliro.

Um ano depois, Solfieri volta a Roma, e em mais uma noite de bebedeiras, após várias orgias, sai vagando triste pelas ruas, com a imagem da mulher que tinha visto se repetindo em sua cabeça, até que encontra um templo frio e escuro. Ao entrar dentro do templo, percebe que a mulher de suas visões estava lá dentro, deitada dentro de um caixão semi-aberto.

Durante a madrugada, a moça dá um breve sinal de vida e desmaia logo em seguida, Solfieri, em um ato desesperado, coloca a capa que estava vestindo sobre a moça e a leva para sua casa. A moça continua viva apenas por 2 dias, depois de falecer, Solfieri suborna um escultor para fazer uma estátua de cera da dela e em seguida a enterra em seu quarto.

Logo após, Bertran começa a contar sua história. Conta que era profundamente apaixonado por uma donzela de Cadiz chamada Angela, a qual já o fez o duelar e matar 3 de seus melhores amigos. Decide então, casar-se com ela, mas é chamado pelo pai enfermo a retornar para Dinamarca. Após a morte do pai, ele vende toda sua herança e volta para Espanha, mas encontra Angela casada e mãe de um filho. Contudo, a paixão dos dois persiste e eles começam a ter um caso, até o dia em que Angela assassina seu marido e filho para fugir com ele, porém acaba o abandonando a mercê dos vícios.

Bertran, bêbado e moribundo vaga pelas ruas, até o momento em que é atropelado por uma carruagem e socorrido por um velho fidalgo. Mas acaba se apaixonando por sua filha e fugindo com ela em seguida, mas acaba perdendo-a em um jogo para um pirata.

Após seguidas decepções, Bertran decide se matar, e se joga no mar, mas é salvo por uma navio pirata. Durante uma batalha contra outro navio, Bertran faz amor com a mulher do comandante enquanto o navio se espatifa em um banco de areia e sua tripulação é morta, sobrando apenas ele, a mulher e o comandante. Bertran mata o comandante logo em seguida, que serve de alimento para ele e a mulher durante 2 dias. O casal decide morrerem juntos, mas a mulher começa a delirar e Bertran acaba com seu sofrimento e joga o corpo no mar. Logo após, e resgatado por um navio inglês.

Em seguida, Gennaro começa a contar sua trágica história. Quando tinha 18 anos, era aprendiz de um pintor, Godofredo, que era casado com Nauza, uma e jovem de 20 anos, e tinha uma filha do primeiro casamento de 15 anos, Laura. Enquanto morava com o velho, Godofredo começou a ter relações com Laura, que acaba engravidando dele e o propõe casamento, porem o jovem se esquiva da proposta, desgostosa, Laura toma veneno para tentar matar o bebê mas acaba morrendo.

Godofredo, abalado, para de pintar e começa a visitar o quarto da falecida Laura toda noite, enquanto Gennaro mantem um caso com Nauza. Durante uma noite, o espirito de

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