Resenha Memorias Póstumas De Brás Cubas
Por: iasmim1 • 1/12/2023 • Resenha • 1.001 Palavras (5 Páginas) • 70 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS - CCH
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAS
DISCIPLINA: Prat de Ensino I - Leitura, Escrita e Interpr. em Ciências Sociais
PROF. Marcus Flávio Alexandre da Silva
ALUNA: Iasmim Gomes da Costa
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 5 ed. São Paulo: Moderna, 2015, 240p.
Joaquim Maria Machado de Assis, ou como é conhecido, Machado de Assis, foi um dos mais expressivos e influentes escritores brasileiros de todos os tempos. Nascido em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil. Sua origem humilde, filho de um mulato e de uma lavadeira portuguesa, tornou sua trajetória ainda mais notável.
Desde cedo, Machado demonstrou interesse pela leitura e pela escrita, e sua inteligência excepcional chamou a atenção de um livreiro que lhe deu acesso a uma vasta biblioteca, assim, ele mergulhou nas obras de grandes autores nacionais e estrangeiros, desenvolvendo sua habilidade literária. Em 1855, Machado de Assis publicou seu primeiro poema no jornal literário "Marmota Fluminense". A partir de então, ele começou a trabalhar como aprendiz de tipógrafo e colaborou em várias publicações, ganhando experiência no mundo das letras. Em 1869, publicou seu primeiro romance, "Ressurreição", mas foi somente com a obra "Memórias Póstumas de Brás Cubas", lançada em 1881, que alcançou reconhecimento e consagração como escritor. Este livro marcou uma nova fase em sua carreira, marcado por uma narrativa inovadora, ironia aguçada e crítica social.
Ao longo de sua carreira, Machado de Assis escreveu romances, contos, poesias, crônicas e peças de teatro. Suas obras mais conhecidas trazem títulos como "Quincas Borba", "Dom Casmurro" e "O Alienista". Seus escritos abordam temas como o amor, a política, a hipocrisia social e a condição humana, sempre com uma perspicácia única. Machado também foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em 1897, e se tornou seu primeiro presidente. Sua atuação nessa instituição contribuiu para o fortalecimento e valorização da literatura brasileira. Machado continuou a produzir obras literárias até sua morte, em 29 de setembro de 1908, no Rio de Janeiro, deixando assim um legado impressionante para a literatura brasileira e mundial.
Memorias Póstumas de Brás Cubas, é uma obra irônica, crítica e reflexiva, a mesma desafia as convenções narrativas tradicionais, pois traz em si um narrador defunto que resolveu distrair-se um pouco escrevendo suas memórias, livre das convenções sociais, pois está morto. A partir dessa perspectiva inusitada, Brás Cubas revisita seus momentos marcantes, suas relações amorosas, suas ambições e fracassos. Com um estilo ágil e um tom debochado, ele expõe seus sentimentos contraditórios, suas falhas e sua visão crítica da sociedade.
O personagem Brás Cubas, se reconhece como um defunto autor, tudo aquilo que ele narra é fruto de sua memória, a obra se inicia com a descrição de sua morte, as pessoas que estavam presentes no momento, e detalhes de seu sepultamento, usando de muita ironia para descrever o momento e as pessoas presentes. Após detalhar sua morte, o personagem revela que desejava ter seu nome na história, e por isso criou um emplasto para tratar pessoas que eram hipocondríacas, o emplasto foi um fracasso, mas segundo o personagem a culpa não era sua, mas sim das pessoas que não compraram sua ideia.
Após relatar sua morte, e o fracasso de seu emplasto, Brás Cubas decide relatar sua vida a partir de seu nascimento, descreve sua infância, onde se relata como criança levada, que causou muitos problemas. O narrador assim segue detalhando suas aventuras, e fala sobre seu primeiro amor, Marcela, que como o próprio relata, durou 15 messes e 11 contos de reis, foi um amor breve, e Marcela estava interessada apenas no dinheiro e joias que Brás Cubas podia lhe oferecer. Após esse romance o personagem vai viver em Portugal, e retorna ao Brasil somente quando a mãe está muito doente, e nesse retorno ele relata sua vivência com novos amores, as personagens Eugênia, e Virgília. Virgília por certo tempo foi namorada de Brás Cubas, mas acabou se casando com o personagem Lobo Neves, descrito como amigo de Brás, é assim que Virgília acaba se tornando amante de Brás, os dois vivem um romance proibido, e acobertado pela personagem Dona Plácida.
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