Resenha critica O Alienista

ASSIS, Machado de. O Alienista. Belém-Pará: Unama.

ACADEMIA BRASILEIRA MACHADO DE ASSIS. Disponível em: . Acesso em 31 de março de 2016.

O romance O Alienista, de Machado de Assis, foi publicado no ano de 1882 em meio ao Realismo e está dividida em 13 capítulos, em que o autor expressa-os com narrador onisciente por contos intitulados e focados no principal sentido do desenvolvimento de cada um, reforçando o interesse do leitor à contínua leitura do livro como um todo.

A obra enfatiza a história de Simão Bacamarte, um homem que tem princípios pessoais com grandes interesses pelos estudos neurológicos e principalmente Psiquiátricos, o qual é médico com formações nas cidades de Pádua e Coimbra, e regressa ao Brasil à pequena cidade de Itaguaí, para dar início àquilo em que o encanta.

O autor deixa aos primeiros capítulos uma introdução, enfatizando os principais dados da vida de Bacamarte e o início de sua jornada na pequena cidade de Itaguaí, apontando explicitamente suas intenções primordiais como também seus propósitos relacionados aos por ele diagnosticados e declarados, dementes.

Já nos capítulos sequentes, vê-se o desenvolvimento da vida de Bacamarte e de seus atos impróprios à vista dos moradores nos quais geram a revolta dos canjicas, nome dado ao protesto feito pelos moradores da cidade. E pode-se destacar também as interferências políticas do Alienista nas relações sociais e governamentais, seguido de uma conclusão totalmente impremeditada.

Após a volta de Portugal, Bacamarte casa-se com dona Evarista, uma mulher viúva, de pouca aparência e antipática, porém com características fisiológicas saudáveis, e sendo assim lhe daria filhos robustos, de ótimas condições físicas e psíquicas, porém, ao contrário do premeditado, a mesma não teve filhos.

Bacamarte começa a observar os moradores e, eloquentemente luta de encontro a administração da cidade com o intuito de colocar seu projeto em ação, que é a criação da casa verde onde, após a conquista da mesma devido a sua persistência, interna os loucos de Itaguaí e das cidades circunvizinhas. Diz a todos que vai trata-los, mais nunca fala de sua principal finalidade que é o desejo nostálgico da busca incessante por conhecimentos científicos cerebrais.

Após um tempo, a população percebe que muitos dos que Bacamarte internou, não tinham características de loucos, e que suas práticas estavam sendo abusivas e desnecessárias, e com isso forma-se um grupo com a liderança de Porfírio, um barbeiro ambicioso, decididos a matar o Alienista e destruir a casa verde. Dr. Bacamarte, ao receber a notícia do protesto por Dona Evarista e por um amigo, apresenta-se à multidão elevando algumas palavras para defender seu trabalho e a si próprio, porém os protestantes não dão crédito ao seu discurso e o mesmo volta para dentro da casa. As autoridades locais chegam junto a manifestação e os impedem de continuar, porém, uma terça parte dos militares juntam-se aos revoltados e tomam uma parte do poder público.

Ao ver que não havia mais condições para o contínuo de suas experiências, o alienista solta todos os seus pacientes e decide fazer uma reanálise de sua situação comportamental, pois já não tinha certeza se o que fazia estava certo. Afinal, quem será o louco? Não dá-se a saber, no entanto, após muito pensar chega a uma convicção:  que não tinha defeito algum e nem improbidade, e que em seu atos e em tudo que havia feito não estava classificado como má intenção. Já não tinha pacientes, más, nada o impedia de estudar-se a si mesmo, pois nele se via todas as qualidades de um homem perfeito e acreditava que se ele tinha todas as qualidades de perfeição, só podia ser um acabado mentecapto.  Deixa sua esposa pranteando, entretanto, mesmo que ela não concorde com seu propósito, volta as experiências e dessa vez consigo mesmo. Trabalha incessantemente durante dezessete meses e sem sucesso em seus experimentos, termina sua carreira científica juntamente com sua morte.

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