Resumo Do Capítulo "Ler E Escrever: Estratégias De Produção Textual", De Koch E Elias
Ensaios: Resumo Do Capítulo "Ler E Escrever: Estratégias De Produção Textual", De Koch E Elias. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: laissampaio • 2/9/2013 • 590 Palavras (3 Páginas) • 5.835 Visualizações
Fichamento: Resumo
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever: estratégias de produção textual. Ed São Paulo: Contexto, 2011. Páginas 13-30.
O objetivo das autoras ao escrever esse capítulo, é mostrar ao leitor que apesar das diferenças entre a fala e a escrita, existem algumas características que, não só aproximam esses dois tipos de texto, como os estabelecem em um continuum.
Para que exista um texto, é preciso que haja interação social entre as pessoas, e o que diferencia sua forma é a maneira como ela acontece. Em um texto escrito, a participação do leitor não é diretamente aplicada no processo de elaboração, além de a relação produção/recepção não ocorrer em um mesmo espaço e tempo, o autor só recebe suas reações depois do livro/texto já publicado. Em contraste com a escrita, um texto falado tem a coautoria dos seus interlocutores, pois surge no momento em que os mesmos estão interagindo, ressaltando que o grau de coprodução pode variar de acordo com a situação (desde uma conversa informal até um discurso). Ambas são modalidades da língua e possuem suas características, porém, atualmente, os textos não serão classificados apenas em uma ou outra modalidade, mas se aproximarão mais de um ou outro polo, além daqueles chamados de intermediários, que são considerados textos mistos.
Por ter o texto falado, uma flexibilidade maior de estruturação, ao longo dos anos criou-se uma ideia de que ele tivesse uma forma não planejada, rudimentar, descontínua, com menos informações relevantes, pouca elaboração, dentre outras características; que somente o texto escrito tivesse uma forma mais apurada da língua e demonstrasse ao leitor o maior grau de conhecimento do autor. Derrubada essa dicotomia após anos de estudo e comprovações, sabe-se que a causa dessa impressão é que o texto escrito tem uma forma mais estática, com planejamento prévio, podendo o autor fazer inúmeras revisões e correções imperceptíveis ao leitor final; já o texto falado é totalmente dinâmico e se mostra mais informal, pois o discurso vai se formando no momento da interação, permitindo também, suprimir a sintaxe de acordo com a necessidade dessa interação, auxiliando no tempo de estruturação do mesmo e/ou reforçar pensamentos, explicações e retomadas. Também por conta disso, aceita correções de última hora, pausas, hesitações, repetições, que são as chamadas marcas de oralidade, sem que o ouvinte perceba e o mais importante, sem influenciar na compreensão da mensagem principal.
Além da questão da sintaxe da fala, é preciso levar em conta os referenciais presentes no ambiente em que ocorre a construção oral e o grau de convivência dos interlocutores, ou seja, no momento da fala vale se utilizar de gestos, apontamento de referências do cenário e retomada de informações anteriores (já conhecidas por eles).
Como foi exemplificado durante o texto, pelos textos de crianças em idade escolar, são por conta desses aspectos da oralidade, que surge a inicial dificuldade que as crianças têm de elaborar um texto sem essas marcas orais. É natural que nessa fase de seu aprendizado com relação à escrita, seus textos contenham algumas ou todas essas características, como repetições, organizadores textuais da fala, justaposição de enunciados,
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