TRABALHO INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL MEMORIAL DE FORMAÇÃO

TRABALHO INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

MEMORIAL DE FORMAÇÃO

1 APRESENTAÇÃO

Apresentarei neste memorial alguns aspectos da história da minha vida, desde a minha infância até os dias atuais. Para conseguir escrever meu memorial me fundamentei no conhecimento individual e coletivo, a partir de um processo em que o sujeito interage com a realidade e outras pessoas e principalmente com o conhecimento das disciplinas deste 3º semestre.

Iniciei meu memorial falando sobre o início do namoro dos meus pais, porque eles foram o início da minha história e depois falei um pouco da minha infância e adolescência, e em seguida partir para minha vida de casada , só então falei sobre minha experiência de ser mãe e finalmente pra vida de acadêmica e profissional.

2 CAPÍTULO I – HISTÓRIA DE VIDA

Há 35 anos morava em uma fazenda no interior do Goiás uma moça que se chamava Luzia. Seu sonho era encontrar seu príncipe encantado e formar uma família. Um belo dia mudou para perto de sua casa uma família bem grande, quando de repente ela avistou um rapaz moreno, alto, cabelos escuro e olhos verdes ela se apaixonou. Alguns dias depois eles foram se conhecendo melhor, e ele começou a gostar dela também e resolveram se casar. Alguns meses depois se casaram e mudaram para uma cidadezinha no interior do Mato Grosso. Ela era a mulher mais feliz da face da terra. Lá começaram a aumentar a família tiveram seu primeiro filho que era homem que se chamou Emerson, um ano depois nasce a segunda filha que a colocaram o nome de Elisangela, só que os problemas começaram a aparecer aquele homem lindo e certinho começou tomar bebidas alcoólicas e chegar bêbado em casa e a passar noites e noites em festas e deixa-la dormindo em casa com as crianças. Mesmo assim ela tinha esperança que um dia ele voltasse a ser o que era antes ela engravidou pela terceira vez durante esta gravidez ela descobriu que ele estava com uma amante foi uma gravidez bem turbulenta e difícil, é aí que começa a minha história, devido os problemas que ela passou durante a gravidez eu sempre fui uma criança muito agitada e nervosa. Dois anos após eu ter nascido ela ainda engravidou outra vez. E ele sempre bebendo e na gandaia com a mulherada. Só que com o passar do tempo ficou pior porque além dele se embebedar ainda a agredia e as crianças.

A nossa vida foi uma vida muito difícil nós só não passávamos fome porque a minha mãe lavava roupa pra fora, só que mesmo assim nós passávamos muita dificuldade pois o dinheiro era pouco e a família grande. Quantas e quantas vezes vi a minha mãe catando brotinho da rama de abóbora nos lixões para cozinhar para servir de nosso alimento, muitas vezes eu pegava ela chorando pelos cantos e eu perguntava o que tinha acontecido ela me respondia assim: não é nada minha filha é apenas um cisco que caiu no olho da mamãe, enxugava as lágrimas e saía para cuidar do serviço ela nunca jamais falava que estava chorando por causa do meu pai, ela de maneira alguma nunca jogou nós contra o meu pai sempre tentando contornar as coisas ela sempre dizia para nós que ele era doente, que ele não tinha culpa de ser assim, o dinheiro dele dava mal pra comprar pinga, nós só comíamos carne uma vez no ano somente no natal, brinquedos nunca soubemos o que era comprar algum, roupas nem sabíamos o que era vestir uma roupa nova muito menos sair para fazer compras. Devido todos esses problemas eu era uma criança muito nervosa não queria saber de estudas vivia brigando na escola. Só que com todos esses problemas tive uma infância boa, brincava o tempo todo, com todo o nervosismo ainda tinha muitas colegas. Aos meus sete anos de idade o médico receitou calmante para eu tomar, só que minha mãe não me deu porque ela tinha medo que eu ficasse dependente. Tive que começar a trabalhar aos sete anos de idade. Eu e meus irmãos íamos trabalhar todos os dias com meu pai na roça, nós trabalhávamos de sol a sol. Quando chegava no final da empreita que geralmente demorávamos 3 meses para terminar ele pegava o dinheiro e gastava tudo com pinga. Eu não tive uma infância em família por mais que a minha mãe escondesse os problemas e as agressões nós fomos crescendo e fomos percebendo o que ela passava e isso nós fomos aos revoltando com ele. Quando completei meus quatorzes anos falei para meus irmãos que se eles quisessem que fosse sozinho trabalhar na roça com meu pai, pois eu não iria mais. Eu podia estar na maior felicidade quando ouvia meu pai chegar bêbado me dava uma crise nervosa tão grande que o coração acelerava, começava uma dor no estômago e tremia igual vara verde e chorava feito uma condenada até hoje não gosta de me lembrar daquela época. Parei de ir trabalhar na roça e comecei a trabalhar de babá, trabalhava das 06h30min da manhã às 6:30 da tarde para ganhar cinquenta reais, eu tinha que cuidar da bebê , lavar e passar suas roupas. Saía do serviço e ia direto para a escola estudava até 11h00min horas da noite. Meu sonho era encontrar uma pessoa boa para eu me casar. Quando completei meus quinze anos começaram a namorar um rapaz de 16 anos mais velho que eu, namoramos cinco meses e nos casamos, aos dezesseis anos, tive minha primeira filha que se chama Letícia, para mim foi a maior felicidade aquela sensação de ser mãe, amamentar pela primeira vez foi uma alegria imensa parecia que eu estava nas nuvens, dois anos depois tive a segunda filha que se chama Larissa e quatro anos depois veio a terceira Maria Clara, mas a emoção de amamentar era sempre a mesma, todas as minhas filhas amamentaram durante 1 ano e seis meses eram todas fortes. Minhas filhas têm uma infância que não tive. Elas foram às primeiras netas dos meus pais ela eram os xodós deles. Só que meu pai nunca havia melhorado com seus vícios até que há seis anos atrás ele veio sofrer de úlcera , teve que parar de beber ele ficou sem beber durante quatro anos, era uma felicidade só, pois o nosso sonho havia se realizado pela primeira vez na minha vida eu tinha passado um natal em família todos reunidos sem pinga e sem tristeza só alegria , mas como o ditado popular diz a alegria do pobre dura pouco, ele ficou apenas quatro anos sem beber voltou a estaca zero novamente tudo de ruim havia voltado a ser como era antes pouco tempo depois, há dois anos, no dia 2 de julho de 2009 deu uma crise muito forte ele vomitava muito sangue, minha mãe estava o acompanhado até o pronto socorro de Barra das Garças que é a cidade de mais recurso mais próximo a cidade onde eles moravam quando de repente meu pai bateu no vidro da ambulância pedindo socorro que minha

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