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Teoria E Pratica

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Por:   •  28/5/2013  •  955 Palavras (4 Páginas)  •  490 Visualizações

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CASO: ELOÁ PIMENTEL

Era uma segunda-feira, dia 13 de outubro de 2008, quando o auxiliar de produção Lindemberg Alves Fernandes, de 22 anos, invadiu o apartamento da ex-namorada, a estudante Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, em Santo André (SP), e a manteve em cárcere privado junto com mais três amigos. Após mais de cem horas como refém, Eloá levou dois tiros e morreu. Nayara Rodrigues, 15, foi baleada no rosto, mas sobreviveu. Os garotos Vitor Lopes de Campos e Iago Vilera de Oliveira foram liberados ilesos no primeiro dia de sequestro.

Antes do crime, Eloá e os três amigos chegaram ao conjunto habitacional de Santo André (SP), onde ela morava, para fazer um trabalho escolar. Às 13h30, Lindemberg invadiu o local portando um revólver e fez os quatro jovens reféns. Ele estava inconformado com o fim do relacionamento de quase três anos com a garota.

Com um comportamento agressivo, Lindemberg discutia com Eloá o tempo todo, dizendo que ela tinha que sofrer. Ele ficou ainda mais irritado quando viu uma mensagem deixada por um garoto no celular da adolescente. Chegou a puxar os cabelos de Eloá e dar-lhe pontapés.

No fim da tarde, o irmão de Eloá, Douglas Pimentel, chegou próximo à porta do apartamento. Lindemberg ordenou que ele se afastasse. Foi aí que a família tomou conhecimento do que estava acontecendo lá dentro. À noite, uma equipe do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), da Polícia Militar, foi ao local para negociar a entrega dos reféns.

Por volta das 20h, os dois garotos rendidos foram libertados. Em seguida, Lindemberg foi até a janela e disparou um tiro na direção das pessoas que acompanhavam o caso do lado de fora do prédio. Não houve feridos.

Na terça-feira, o sequestro prosseguiu. Em uma estratégia para forçar a soltura das meninas, a energia elétrica do apartamento foi cortada, mas teve de ser restabelecida pouco tempo depois, diante da recusa de negociação de Lindemberg. Por volta das 23h, Nayara também foi libertada.

Na quarta-feira, as negociações emperraram. Eloá apareceu na janela do apartamento para içar a comida levada por policiais e fez um gesto pedindo calma à multidão. Neste mesmo dia, Lindemberg deu entrevistas por telefone a emissoras de TV. Em uma delas, chegou a declarar que não teria a intenção de matar Eloá.

O sequestro continuou na quinta-feira, quando Lindemberg exigiu falar com Nayara para libertar Eloá. Pela manhã, a adolescente então voltou às imediações do prédio para tentar negociar com ele. Orientada pelo rapaz, via celular, ela ubiu as escadas do edifício para, conforme ele havia prometido, descer os três juntos. Mas, quando chegou à porta do apartamento, ela foi rendida novamente para o cativeiro.

Durante a tarde, depois que Lindemberg colocou uma camisa do São Paulo Futebol Clube na janela, o superintendente do clube, Marco Aurélio Cunha, foi ao local para tentar ajudar nas negociações, mas não obteve permissão da polícia.

Na sexta-feira, o promotor de Justiça Augusto Eduardo de Souza Rossini entregou um documento do Ministério Público para garantir a integridade física de Lindemberg em uma possível rendição.

Neste mesmo dia, os policiais notaram que o comportamento de Lindemberg estava mais agressivo. Pela manhã, o rapaz chegou a discutir com Eloá e disse que Nayara era culpada pelo fim do relacionamento, pois teria “envenenado” a amiga contra ele.

Pouco antes das 18h, o sequestrador conversou com o negociador do Gate, o capitão Adriano Giovaninni, dizendo que o caso estava chegando ao fim. Em seguida, colocou uma mesa em frente à porta, para tentar impedir ou retardar a invasão dos policiais.

Entretanto, às 18h10, policiais afirmaram ter ouvido um disparo e, por isso,

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