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Trabalho - O Príncipe - Maquiavel

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Por:   •  13/11/2014  •  497 Palavras (2 Páginas)  •  1.316 Visualizações

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Destinado a Lorenzo de Médici, a obra O príncipe trata-se de um guia para os que almejam um principado, ou seja, orientações políticas acerca de como um príncipe deve agir para manter-se no poder e no controle do estado que governa.

Honras, bênçãos, regalias e mimos são alguns dos ganhos ao se tornar um príncipe, porém para tal, Maquiavel elaborou algumas normas e estratégias necessárias de como dominar um reino e manter um reinado longo e próspero, usando-se de problemas e dificuldades aparentemente sem solução, mas logo em seguida ele apresenta não só a solução para os problemas como também conselhos ao governante.

Um detalhe da obra que vale ser ressaltado são os exemplos históricos no decorrer do livro. Maquiavel fundamenta toda a sua teoria na história dos grandes homens e dos grandes feitos do passado.

O autor começa descrevendo os diferentes tipos de domínio e como cada tipo afeta a forma de governo. Podendo ser hereditário, se príncipe é pelo sangue de longa data, e novos ou mistos que são adquiridos a partir de tropas, graças, fortunas ou virtudes. O primeiro torna-se mais fácil, pois o reino e o príncipe já possuem seus costumes consolidados, assim, o príncipe natural tem poucas oportunidades e pouquíssima necessidade de ofender, evidentemente, torna-se amável e querido. O segundo sofre inúmeros óbices, como: nova cultura, território, costumes, leis e algumas vezes até o idioma.

O autor ressalta que para um reino próspero não requer a hereditariedade. Um reinado hereditário pode cair em ruinas com a má administração do príncipe e um reinado novo ou misto pode se fortalecer com a apreciável administração de seu novo príncipe. Essa eficiência na administração do reino é a ciência política de Maquiavel.

O segundo passo são as formas de governos: um príncipe e seus assistentes, que o ajudam a administrar o território; ou por um príncipe e vários barões, que exercem certo grau de poder sobre territórios menores que estão sobre sua responsabilidade. Segundo Maquiavel, é mais difícil derrubar um reino aonde o príncipe tem o poder absoluto do que o monarca que divide seu poder com barões, que podem facilitar sua queda.

Outro ponto forte da obra é a indagação feita pelo autor “É melhor ser amado ou temido?”. Para Maquiavel o ideal é ser ambos, mas pela dificuldade de reuni-las, é preferível ser temido a amado, quando se tenha que falhar numa das duas.

“Enquanto lhes fizeres benefícios, estão todos contigo... Porque as amizades que se conseguem por interesse e não por nobreza ou grandeza de caráter, são compradas, não se podendo contar com as mesmas no momento preciso, inverso será àqueles que se tornam temidos, por ser o amor conservado por laço de obrigação”

Maquiavel conclui que apenas por meio da virtú um príncipe pode vencer a instabilidade da fortuna e assim conservar seu estado, pois um príncipe pouco devem importar as considerações se é amado pelo povo, mas, quando este é seu inimigo e o odeia, deve temer tudo e a todos.

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