Trabalho de filosofias
Por: Nathalia Ribeiro • 27/9/2018 • Artigo • 607 Palavras (3 Páginas) • 132 Visualizações
JAPPE,Anselm .O Reino da Contemplação Passiva
O texto de Jappe,“O Reino da Contemplação Passiva”, é uma análise de ideias do crítico cultural francês , Guy Debord. Este escreveu um livro chamado “A Sociedade do Espetáculo”(1967), onde analisa o modelo de sociedade atual . Onde o conceito de “sociedade do espetáculo”, como o conjunto das relações sociais mediadas pelas imagens. Mas ele também deixou claro que é impossível a separação entre essas relações sociais e as relações de produção e consumo de mercadorias.. A palavra espetáculo tem como significado,segundo o dicionário , 1. Contemplação, 2- Representação teatral. Mas, a mesma é utilizada por Debord e Jappe com uma conotação que não pode ser baseada no vocabulário . O próprio Debord (1967, p.14) afirma que “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre os indivíduos”. Ou seja, ele vai além do sentido concreto da palavra, e traz, basicamente, o próprio significado .Em suma , o texto de Jappe apresenta alguns conceitos que o autor busca retomar: 1. Espetáculo ; 2. Contemplação passiva ; 3. Modo de produção vigente.
No inicio de sua composição, o autor apresenta o espetáculo, como primeiro objeto de sua análise , ele apresenta seu conceito do mesmo como uma “relação de pessoas mediada por imagens”. Onde as imagens seriam representações que adquirem autonomia e fazem dos indivíduos da sociedade ,meros espectadores contemplativos. Um exemplo é a moral religiosa, que se coloca como natural e absoluta.Sendo inquestionável se impõe de maneira que não pode ser nem percebida como uma construção social , só pode ser contemplada e obedecida pelos seus membros . Logo depois, o autor traz , a contemplação passiva como objeto de análise , esse seria o fato de o ser humano se preocupar com decisões alheias a ele , do que realizar suas próprias decisões . Ou seja, ao invés de ser o ator de suas atitudes torna-se cada vez mais o espectador de sua própria vida . Ao contemplar a vida desta maneira é fácil notar que não a vivemos de fato e sim ,esperamos ela passar .Tudo isso seria fruto da sociedade do espetáculo, já que o indivíduo tem cada vezes menos contato com o que é real, apenas consegue ter relação com as imagens que lhe são apresentadas .Porem se torna cada vez mais difícil diferenciar a contemplação de uma “vida de fato“ , pois os que nasceram inseridos nessa realidade , não sabem se comportam fora desse espetáculo , muitas das vezes nem percebem que estão contemplando.
O capitalismo pode ser considerado o grande impulsionador desta contemplação inconsciente, já que impulsiona a manipulação do individuo moderno , como a aquisição de bens matérias como a prioridade para ser aceito por outros contempladores , onde os que possuem a propriedade destes meios , transmitindo as imagens que lhes é benéfica para a continuidade da contemplação desenfreada .
Em suma é mais importante a se ressaltar , é a principal forma como esse ciclo é composto e passado . De maneira que o individuo não sabe distinguir o concreto do espetáculo , já que a muitos tempo houve a unificação destes , onde para ser aceitável precisa necessariamente estar inserido em um meio de comunicação , criando um molde para tudo .
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