Vida Vivida E Seguida
Trabalho Universitário: Vida Vivida E Seguida. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: sam.paula • 2/12/2014 • 1.532 Palavras (7 Páginas) • 291 Visualizações
Ics pessoal e inconsciente coletivo
Jung, C. G. O eu e o inconsciente. Petrópolis, Vozes, 2008
200 Segundo Freud, os conteúdos do inconsciente se reduzem às tendências infantis reprimidas. Repressão exercida pela moral do ambiente.
O pensamento de Freud é aristotélico: “nada há no intelecto que antes não tenha passado pelos sentidos”. O inconsciente contem apenas o registro de ewxperiências passadas, tanto em termos de recalque, repressão, quanto em termos de estruturação psíquica (amnésia infantil: nem tudo foi traumático – pais que adotam formas divergentes na educação; ou pais que não educam, formando o delinquente. Educar implica em frustrar, em facilitar a introjeção de um superego. O ser humano se caracteriza pela capacidade de suportar a interdição.)
Mediante a análise, as repressões são abolidas, segundo Jung. Eu diria, são conscientizadas, compreendidas, e por vezes, relativizadas. Para Jung, o inconsciente possui também todo o material que subjaz ao limiar da consciência. Muito desse material tem natureza subliminal.
203-204 Além do material reprimido, contém os componentes psíquicos subliminais, incluindo as percepções sublimininais dos sentidos. O inconsciente jamais está em repouso – agrupando e reagrupando. De um modo normal, essa atividade do inconsciente é coordenada com a consciência de uma forma compensadora.
204 O inconsciente jamais está em repouso. Constantemente agrupa e reagrupa seus conteúdos – coordenados com a consciência, numa relação compensadora.
205 Se o inconsciente fosse apenas pessoal, seria possível esgotar seus conteúdos mediante análise, considerando a finitude da experiência individual. O inconsciente pessoal é limiitado. Se fosse anulada a repressão, impedir-se-ia a descida dos conteúdos psíquicos ao inconsciente. [Posso deduzir que o sóciopata não tem inconsciente pessoal?] Os sonhos manifestam conteúdos que ultrapassam a esfera pessoal. [O sociopata sonha?] No entanto, o inconsciente apresenta conteúdos inesgotáveis, o que não é próprio do inconsciente pessoal, mas se refere ao inconsciente coletivo.
206 O conflito estanca todo progresso e a detenção da vida que disso resulta é sinônimo de neurose.
Caso de uma pc q transfere o amor ao pai para o terapeuta, sua patologia, que se torna o amante ideal. Para superar, se valeu de um “salto” e não precisou se liberar da transferência. Como caminho para a cura pode ser aceito, mas ainda não é a solução. A frustração faz parte da vida humana e espera ser trabalhada, elaborada. O ser humano quer liberdade (desejo) e segurança (submissão). Só que os dois não combinam perfeitamente.
209 O sonho revela uma atividade psíquica alheia à nossa vontade arbitrária. Jung se vale de aspectos não comprometidos pela nossa intencionalidade e sabedoria superior, via sonhos.
210 Os sonhos contém imagens e associações de pensamentos que não criamos através da intenção consciente. Sua atividade independe da vontade consciente.
212-3 Mas nos sonhos aparecem conteúdos que insistem no conflito transferencial que esperava superar. A transferência de que Jung é alvo no sonho de sua paciente, de certa forma é alimentada pelo terapeuta. Pois, atende sem cobrar, isto é, assumiu a condição paterna, de provedor, de segurança, de alguém poderoso, merecedor de amor da paciente, como reconhecimento. Com isso travou a análise. Considero como ponto cego do terapeuta que estava gostando da transferência amorosa da paciente.
Essa transferência contém elementos da religião, da relação com a divindade, com forças sobrenaturais, onipotentes. Quem não quer ser protegido por um onipotente. Quem não se sente narcisicamente atendido, ao ser visto como onipotente!
[Me parece que Jung, ao aceitar paternalmente atender essa paciente sem cobrar mais honorários, entra na contratransferência de um pai / amante amável.]
214 Jung se pergunta: qual a razão dessa insistência? Qual o propósito de tais fantasias? Por que a pc quer inconscientemente que o Terapeuta seja um deus?
216 Até que ponto o inconsciente só sabe desejar?
217 Os sonhos não são meras fantasias, mas auto-representações de desenvolvimento inconsciente, as quais permitiam a expansão gradual da psique da pré-consciência, além da ligação pessoal inadequada (transferência positiva).
218 A contribuição inconsciente de imagens divinas para a solução. Deus é pneuma (grego), espírito, sopro, vento; ruah em hebraico.
Os sonhos ultrapassam uma forma puramente pessoal de Deus e manifestavam uma imagem divina arcaica muito distante da ideia consciente de Deus.
Os conteúdos inconsciente são de natureza pessoal quando podemos reconhecer em nosso passado seus efeitos, sua manifestação parcial, ou sua origem específica.
Os sonhos, às vezes, fazem emergir pontos essenciais, um a um, em perfeita ordem. Isso, acrescentado à consciencia, amplia o horizonte aprofundando o autoconhecimento, humaniza tornando-o modesto, humilde.
220 O inconsciente contem componentes de ordem pessoal, e de ordem coletiva, como categorias herdadas, ou arquétipos. Daí o inconsciente coletivo.
II Fenômenos consecutivos à assimilação do inconsciente
221 Alguns efeitos decorrentes do tornar consciente aspectos do inconsciente.
1. Aquisição de uma consciencia de si mesmo;
2. Autoconfiança exagerada, até desagradável;
3. Ilusão de saber tudo que possa provir do inconsciente;
4. Sentimento de superioridade (onipotência) em relação ao analista;
5. Depressão; sentir-se esmagado pelos conteúdos do inconsciente;
6. Redução da autoconfiança.
Em resumo: uns exageram na exuberância de autoconfiança; outros sentem-se demasiadamente deprimidos. (ou oprimidos)
222 Dois polos:
a) a autoconfiança exagerada oculta um desamparo intenso;
b) a resignação pessimista pode corresponder à vontade de poder.
223 Há diversos matizes entre os dois extremos, que correspondem mais à realidade clínica.
Todo
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