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A Analise de Semiótica da Marca Red Bull

Por:   •  27/8/2019  •  Artigo  •  1.763 Palavras (8 Páginas)  •  438 Visualizações

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Faculdade: Ruy Barbosa

Aluno: Leonardo Menezes Marques.    

Sumário

  1. Introdução
  1. História
  1. Desenvolvimento
  1. Fundamentação Teórica
  2. Análise Semiótica de Marcas
  1. Análise  
  1. Quali-signo
  2. Sin-Signo
  3. Legi-Signo
  1. conclusão

     

     

1 INTRODUÇÃO

Esse artigo consiste em analisar a estratégia de comunicação da bebida energética Red Bull.

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Fonte: www.redbullsailing.com

1.1 História

No início dos anos de 1980, o austríaco Dietrich Mateschitz que costumava viajar pelo continente asiático à negócios, descobriu casualmente, na Tailândia, uma bebida que continha substâncias estimulantes como, por exemplo, altas doses de cafeína e taurina. A bebida se chamava “krating Daeng” (que significa “búfalo de água” em Tailandês).  Ela foi inventada por Chaleo Yoovidhya, e era muito popular entre os motoristas de táxis e caminhoneiros, que eram submetidos a jornadas de trabalho exaustantes e prolongadas. Ao ser apanhado no aeroporto por um taxista, o mesmo o garantiu que “um copo disso e seu cansaço vai embora”. Como Dietrich Mateschitz era um visionário, ele voltou pra Áustria com uma pequena amostra dessa bebida e iniciar sua fabricação em uma grande escala industrial . Devido às altas doses de cafeína que há na fórmula e o receio de efeitos colaterais no organismo , a autorização para a fabricação foi obtida somente três anos depois, mas a espera foi recompensada . Hoje ele é dono da empresa Red Bull e está presente em cerca de 140 países e vende, em média, 3 bilhões de latas por ano fazendo um verdadeiro sucesso.

2 DESENVOLVIMENTO

 2.1 Fundamentação Teórica

Semiótica  

A semiótica é um estudo a criada por Charles Sanders Peirce, que formulou uma teoria geral para os signos, definindo-os como qualquer coisa que possa representar algo para alguém. Seu estudo busca compreender e entender como o ser humano consegue interpretar as coisas, através do repertório visual e cultural de cada indivíduo que permite diferentes interpretações de uma imagem como, por exemplo, uma imagem em uma revista, um cheiro, uma formação de nuvens no céu ou até mesmo um ruído que pode sugerir algo a você.

Segundo Santaella (2004), qualquer coisa pode ser um signo dentre as infinitas propriedades, mas há três propriedades que lhes dão a capacidade de funcionar como signo, sua qualidade, sua existência, pelo simples fato dela existir, e seu caráter de lei. Elas são as três categorias fenomenológicas.

Um quali-signo é o aspecto que diz respeito às suas características que menos particularizam como, por exemplo, a cor verde produz uma cadeia associativa que te sugere outras coisas como, floresta, mata, jardins etc. Assim, a cor não é uma floresta, mas lembra, sugere isso. Este poder de sugestão que a qualidade apresenta lhe dá a capacidade de funcionar como signo. Trata-se do signo no seu primeiro nível analítico, observado nas suas propriedades internas.

Um sin-signo representa a relação do signo com o objeto, como o simples fato dela existir em um contexto faz daquilo que existe, também um signo. O sin-signo é todo signo que é uma coisa existente ou um acontecimento real, ela se relaciona com outros existentes e aponta para uma série de outros existentes, estando dentro de um contexto, por exemplo, a cor preta é associada com o luto, o cheiro de alfazema com de bebê, uma pegada na praia com a passagem de uma pessoa. O existente funciona como signo de cada uma e potencialmente de todas as referências a que se aplica.

Um legi-signo é uma convenção estabelecida pelo homem. Ela é a terceira propriedade do signo e seu caráter de lei, de convenção. Lei é uma abstração operativa, que direciona o modo de agir sobre determinado caso singular, por exemplo, as palavras obedecem a gramática, e os sinais de trânsito estão em linha com o Código Nacional de Trânsito.

2.2 Análise Semiótica de Marcas

A semiótica peirceana teoriza que o signo tem a capacidade sugerir algo para alguém, a marca e suas expressões, podem ser vistas como um signo complexo, que é consequência de uma longa construção apoiada pelos elementos do composto de marketing. Todo signo traz a mente do interpretante objetos de espécies diferentes daqueles revelados por outros tipos de signo. O objeto que uma marca intenta representar não é apenas um produto ou serviço. Ela inclui também a cultura, a missão, o histórico da empresa, a visão dos fundadores ou dirigentes, a relação de valor com seu público-alvo, as estratégias desenvolvidas pela agência de propaganda e ações de marketing.

A marca pode funcionar como intermediária entre o sistema de produção e o sistema de consumo, essa função mediadora enquanto signo torna a marca representante de algo e funciona como substituto deste algo, gerando em uma mente interpretadora um efeito, que pode ser real ou potencial. Faz-se importante ressaltar que na definição peirceana, o signo não necessariamente representa algo para alguém, um intérprete, mas ele tem um potencial significativo independente de qualquer intérprete concreto.

De acordo com Santaella (2004), a análise semiótica possui três aplicações principais quando relacionadas a marcas. A primeira é analisar a marca e definir qual o potencial comunicativo do mesmo, ou seja, que efeitos ele pode, gerar na mente do consumidor. A segunda é definir os efeitos interpretativos desejados, buscando expressividades que possam gerar os efeitos buscados. E a terceira aplicação refere-se à análise do nível de semelhança entre dois signos com a finalidade, por exemplo, de avaliar casos de suspeita de plágio.

A marca é um signo, que representa um objeto que é a empresa, um produto ou uma ideia para alguém, um consumidor real ou potencial e todos os públicos interpretantes deste signo. De acordo com Rodriguez, como signo, a marca pode ser analisada semioticamente sob três aspectos, que acompanham o raciocínio triádico de Peirce, as relações sígnicas em relação ao objeto representado, em relação ao signo em si e em relação aos efeitos potencialmente gerados nas mentes interpretadoras.

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Fonte: Adaptado de PEREZ (2004, p. 52) apud KHAUAJA; JORGE; PEREZ (2007)

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