A Atuação Pedagogica Do Professor Em Sala De Aula
Dissertações: A Atuação Pedagogica Do Professor Em Sala De Aula. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fischer • 1/7/2014 • 2.128 Palavras (9 Páginas) • 611 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
No dicionário podemos ler o significado de inclusão como o ato ou efeito de incluir ao percebemos o quanto é necessário lutarmos para que haja verdadeiramente a inclusão dentro de nossa sociedade. Aqui trataremos especificamente da inclusão de alunos com deficiências dentro das escolas. A presença cada vez maior de alunos com deficiência intelectual no sistema educacional convencional está fazendo com que as escolas reflitam sobre a necessidade de adaptar seus conceitos pedagógicos. Segundo o Censo Escolar, entre 2005 e 2011, as matrículas de crianças e jovens com algum tipo de necessidade especial (intelectual, visual, motora e auditiva) em escolas regulares cresceu 112% e chegou a 558 mil. O trabalho de inclusão de alunos com deficiência é um desafio para as escolas, uma vez que ainda é muito difícil lidar com a diferença, principalmente no ambiente escolar (CARNEIRO, 2012).
A educação inclusiva implica na mudança de paradigma, visa à construção de uma educação diferente, transformadora, com práticas inclusivas que pressupõem a inclusão e uma educação de qualidade para a diversidade desses alunos.
Neste contexto, os jovens Matteus Ribeiro, Mateus Alves, Suziane Viriato e Ana Cristina Tamo fazem parte de um grupo de teatro especial de Guajará-Mirim (RO). Surdos, eles levam a platéia das lágrimas as gargalhadas, em uma apresentação cheia de expressão e emoção. Estudantes do ensino médio sa Escola Rocha Leal, os jovens recebem apoio da própria escola, dos colegas e da família. A intérprete, professora Ana Kelly, auxilia na escola e na vida pessoal dos meninos.
Em junho de 2013 os alunos foram procurados pela professora e membro da Associação Cultural Waraji, Patrícia Ribeiro, para a inclusão dos surdos no teatro e aceitaram a ideia. A primeira montagem foi a peça “Antes Preso”, de autoria e produção de Patrícia. Desde então, gostaram e seguem estudando. Mateus Alves conta que, a primeira vez que sentiu o arrepio vindo da vibração dos aplausos e risos das pessoas, ele não quis mais abandonar o teatro. O grupo já se apresentou em várias escolas do município e no auditório do fórum da cidade.
Durante os ensaios, a trupe treina muito a expressão corporal e facial, a forma que eles conseguem transmitir emoção para o público. Em maio eles iniciam os ensaios para a continuação do primeiro espetáculo, o “Antes Preso II", escrita, desta vez, pelos próprios atores. Para a professora e incentivadora do grupo, Patrícia, o talento é grande, mas que falta apoio para crescerem ainda mais. Esclarece que faz o que pode para ajudá-los, porque acredita muito nos meninos, pois são realmente especiais, salientando que toda a produção do espetáculo é feita pelo próprio elenco, como figurino, maquiagem e outros detalhes do cenário. Ficando feliz de ver que plantou uma semente, e hoje ela brota com eles querendo caminhar sozinhos.
Diante deste panorama, a concepção de educação inclusiva tem se fortalecido no sentido de que a escola tem que se abrir para a diversidade, acolhê-la, respeitá-la e, acima de tudo, valorizá-la como elemento fundamental na constituição de uma sociedade democrática e justa. Essa concepção pressupõe que a escola busque caminhos para se reorganizar de forma a atender todos os alunos, inclusive os com deficiência, cumprindo seu papel social. Espera-se da escola inclusiva competência para desenvolver processos de ensino e aprendizagem capazes de oferecer aos alunos com deficiência condições de desenvolvimento acadêmico que os coloque, de forma equitativa, em condições de acessarem oportunidades iguais no mercado de trabalho e na vida (CARNEIRO, 2012).
1 REFERENCIAL TEÓRICO
A política no Brasil referente à inclusão tem sido profundamente influenciada por movimentos e declarações. Tais movimentos buscam promover a integração, a participação e combater a exclusão. Dentro do sistema educacional, isto se reflete na ampliação de mecanismos que incentivem a verdadeira igualdade de oportunidades. Com a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (1948) foram norteadas diretrizes referentes às políticas públicas dos países-membros e o Brasil, enquanto membro da ONU e signatário desses documentos adotou seus conteúdos e busca respeitá-los na elaboração de suas políticas públicas internas.
A declaração garantiu às pessoas com necessidades especiais os mesmos direitos à liberdade, a uma vida digna, à educação, ao desenvolvimento pessoal e social e à livre participação na vida da comunidade.
De forma abrangente, o principal objetivo de uma educação inclusiva consiste em propiciar ao educando a formação necessária e o desenvolvimento de suas potencialidades. Para Carvalho (2005), as leis no Brasil asseguram os direitos somente na teoria, pois é preciso ações concretas.
A Educação Especial no Brasil avançou rumo à inclusão escolar, tratando o deficiente como cidadão e propõe uma Política Nacional de Educação Especial que fortaleça a escola para recebê-los na rede regular de ensino (BRASIL, 1990).A Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estabelece, no capítulo IV, no artigo 53, do direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer, que: “[...] a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho assegurando-lhes igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola”. (BRASIL, 1990).
Um dos objetivos da Constituição Federal foi promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art.3º inciso IV). Define no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, como um dos princípios para o ensino e garante como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. (BRASIL, 1988).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei nº. 9394/96) estabeleceu, entre outros princípios, a "igualdade de condições para o acesso e permanência na escola" e recomendou que a educação para "os alunos com necessidades especiais” ocorra, preferencialmente, na rede regular de ensino. (BRASIL, 1996).
De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica,
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