A Avaliação de Microdureza de Resina Composta
Por: Gabriela Fortunato • 4/5/2022 • Dissertação • 707 Palavras (3 Páginas) • 107 Visualizações
Projeto de Pesquisa
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA DE UMA RESINA COMPOSTA EM FUNÇÃO DA FONTE DE LUZ, DA DENSIDADE DE ENERGIA E DA PROFUNDIDADE DE POLIMERIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
As propriedades mecânicas dos compósitos dependem dos fatores dependentes das resinas compostas como o tipo, tamanho e quantidade de partículas inorgânicas, bem como dos fatores relativos à composição orgânica, como o tipo de monômero diluente, amina terciária, inibidor, fotoiniciador, entre outros. Não menos importantes são os fatores dependentes do profissional, como a fonte de luz utilizada para a fotopolimerização, a intensidade de luz e a densidade de energia, além da espessura do incremento e a profundidade de polimerização. Quando se fala em intensidade de luz, refere-se à velocidade de polimerização e não necessariamente, ao grau de polimerização ou conversão das resinas compostas, propriedade relacionada à energia total ou densidade de energia, que relaciona a intensidade de luz ao tempo de aplicação da fonte de luz (Asmussen & Peutzfeldt, 2005). Outro fator a ser considerado diz respeito à profundidade de polimerização das resinas compostas. Quando se expõe a resina à fotoativação, os radicais livres dispostos na camada superficial iniciam a reação de polimerização. Como a intensidade de luz vai sendo atenuada à medida que aumenta a profundidade, a polimerização só se propaga até o limite de ativação dos fotoiniciadores. Portanto, uma polimerização ineficiente pode ser incapaz de ativar os fotoiniciadores localizados mais profundamente, levando a uma polimerização incompleta, com baixo grau de conversão, baixo módulo de elasticidade e reduzida microdureza, nas camadas mais profundas da restauração.
OBJETIVO
Avaliar a microdureza de uma resina composta nanoparticulada, variando-se a fonte de luz, a densidade de energia e a profundidade de polimerização.
MATERIAL E MÉTODO
Para a realização desta pesquisa, foi selecionada a resina composta nanoparticulada Filtek Z350 (3M Dental Products, St. Paul, MN, USA) na cor de esmalte A2. Foram fabricados dois anéis cilíndricos em aço inoxidável medindo 30mm x 2mm, contendo no centro um preparo com 3mm x 2mm. À 3mm das margens dos anéis foram confeccionadas cavidades medindo 4mm de diâmetro, destinadas à fixação dos anéis em uma base com 10mm de altura. O preenchimento das cavidades foi realizado uma a uma, em incremento único, com a interposição de uma tira de poliéster para isolar um anel do outro. Duas unidades de luz foram selecionadas: o aparelho de luz halógena Demetron Optilux 501 (Demetron/Kerr, Danbury, Connecticut) e o aparelho de LED Smartlite PS (Dentsply). Os dois aparelhos apresentam uma intensidade de luz de 900mW/cm2. Dois intervalos de tempo foram adotados, 20 segundos e 40 segundos, correspondendo a uma energia total ou densidade de energia de 18J/cm2 e 36J/cm2, respectivamente. Após os preenchimentos as amostras foram armazenadas por 24 horas e, em seguida, submetidas à análise da microdureza no topo (0mm), na base (4mm) e no meio (2mm). Foram constituídos doze grupos considerando-se a variável microdureza e os três fatores de variação, ou seja, uma resina composta, duas unidades de luz, com duas densidades de energia cada, e três profundidades de polimerização. Neste caso, utilizamos o microdurômetro Shimatzu 2000 (Japan), padrão Vickers com carga de 50 gramas por 15 segundos. Ao final, foi aplicado o tratamento estatístico, determinando as diferenças mínimas entre os grupos avaliados.
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