PROTOCOLO RESTAURAÇÃO RESINA COMPOSTA
Por: gabrielc.odonto • 17/2/2016 • Relatório de pesquisa • 466 Palavras (2 Páginas) • 4.087 Visualizações
RESUMO: PROTOCOLO RESTAURAÇÃO COM RESINA COMPOSTA – CLASSE IV
GABRIEL CARLOS DE LIRA
Fraturas em dentes anteriores são uma condição comum principalmente entre pacientes jovens. Não só fraturas, cáries que se expandem na coroa do dente também podem levar a uma necessária restauração em Classe IV. O tratamento pode ser feito com a colagem do fragmento fraturado, se este for corretamente armazenado. Mantendo-o hidratado utiliza-se então a técnica adesiva, onde pode ser feito ou não o bisel, o qual é mais indicado quando não houver adaptação do fragmento. Também podem ser escolhidas as restaurações indiretas como a cerâmica e a porcelana ou a restauração direta com resina composta. Muitos materiais já foram utilizados em restaurações complexas, entre eles o ouro, acrílico e outros que requerem tratamento endodôntico. Materiais como a cerâmica oferecem a possibilidade de criar restaurações altamente estéticas, no entanto, quando há uma quantidade considerável de estrutura dental saudável restante, o material de escolha para a maioria das restaurações anteriores é a resina composta, a fim de preservar a estrutura sádia do dente. Independente da escolha de tratamento, o protocolo inicial deve ser o mesmo em todos os casos, que consiste em: anamnese, exame clínico, exame radiográfico e checagem de contato oclusal. Quando escolhida a restauração direta em resina composta é fundamental que seja observado e reproduzido efeitos que fiquem o mais próximo possível da estrutura natural do dente, que apresenta características diferentes, tais como opacidade, translucidez, fluorescência e opalescência. Podem ser feitas as técnicas à mão livre ou com guia de silicone. Após escolhida a técnica, é feita inicialmente a profilaxia e seleção das cores da resina composta e seu tipo (nanohíbridas, nanoparticuladas ou microhíbridas); isolamento do campo; proteção do complexo dentino-pulpar (se necessário); confecção do bisel de aproximadamente 0,5mm de extensão na face vestibular para aumentar a área do esmalte e disfarçar a linha da restauração; aplicação do ácido fosfórico 37% (15 segundos no esmalte e 10 segundos na dentina); aplicação do sistema adesivo; fotopolimerização; posicionamento da guia de silicone ou fita de poliéster para confecção da face palatina ou lingual; reposição da dentina; criação de halo opaco caso necessário e confecção do esmalte vestibular. A restauração deve ser observada em todos os ângulos, antes de finalizada, para possível conserto de falhas. Por fim, inicia-se o acabamento grosseiro com brocas diamantadas F, brocas multilaminadas e tiras de lixa. O acabamento mais refinado é feito com brocas multilaminadas e diamantadas F, FF e FFF, já o polimento final é realizado com pontas de borracha e pasta para polimento. A chave do sucesso é planejar a restauração cuidadosamente para que seja possível reproduzir os detalhes ópticos e características observáveis. Com uma técnica adequada e usando várias cores e opacidades é possível obter restaurações previsivelmente sem marcas de transição e que estejam em harmonia com os dentes adjacentes.
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