A Crise De 1990
Pesquisas Acadêmicas: A Crise De 1990. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: josecelio • 31/8/2014 • 1.140 Palavras (5 Páginas) • 877 Visualizações
Bacharelado em Administração
Disciplina: Economia Brasileira
Profª. Janaína Cabral
Discente: Francisco Gilberto e José Célio
Data: 07/06/14
A CRISE DE 1990 – Nova fase do capitalismo concorrencial, os custos comparativos e a quebra dos sistemas protecionistas
Maracanaú – Ceara
2014
INTRODUÇÃO
O presente trabalho, tendo como objeto de estudo o ciclo econômico, pretende: A analisar a trajetória cíclica da economia brasileira, em particular, as fases do ciclo ocorridas na década de 90; Propor uma periodização para o ciclo econômico; e verificar quais os efeitos das principais políticas econômicas adotadas no período em questão (década de 1990) sobre o comportamento da economia.
A Crise dos anos 90 – a nova fase do capitalismo concorrencial, dos custos comparativos e da quebra dos sistemas protecionistas
Embora o objetivo principal do presente trabalho se restrinja ao estudo do comportamento cíclico da economia brasileira nos anos 90, torna-se importante fazer referência aos anos anteriores a partir de 1960 quando a economia entra na fase das manifestações cíclicas.
Foi verificado que a economia brasileira entrou, em 1963, no estágio de desenvolvimento cíclico do capitalismo, deparando-se, neste ano, com sua própria crise de superprodução. Ao desenvolver, com essa fase de crise, o seu primeiro ciclo econômico que durou doze 12 anos, a economia brasileira, em 1974, reiniciou toda a trajetória cíclica feita anteriormente com a eclosão de mais uma crise econômica geral.
Cabe destacar nesse período a fase de auge (1968/1973) que antecedeu a crise de 1974. Esta fase apresentou elevadas taxas de crescimento, sendo chamada de “milagre econômico brasileiro”. Essas altas taxas foram estimuladas pela ação da política econômica empregada na fase de reanimação e auge do ciclo. Uma vez utilizada na fase de crise que se seguiu, na tentativa de evitá-la, provocou o ascenso atípico observado em 1976, em plena fase de crise.
Para a década de 70, propõe-se uma periodização de oito 8 anos para o segundo ciclo econômico brasileiro, pois em agosto de 1981 a economia iniciou o seu terceiro ciclo com uma nova fase de crise bem mais severa quando comparada às anteriores, registrando quedas nas taxas de crescimento em diversos segmentos da atividade econômica. O ciclo econômico da década de 80 estendeu-se por sete 7 anos. Nos anos 90, o ciclo possuiu uma duração de 12 anos. Como resumo apresenta-se a periodização dos cinco ciclos econômicos desenvolvidos pela economia brasileira.
Manifestavam-se no Brasil, nos primeiros meses de 1990, características que apontavam para a entrada do país em um regime hiperinflacionário. Devido à necessidade de conter esse processo inflacionário, o poder executivo implementou em, 16 de março de 1990, um conjunto de medidas provisórias que ficou conhecido como Plano Collor. constatando que o ambiente econômico em que foi apresentado o Plano Collor era altamente recessivo, pois a economia havia entrado em fase de crise desde 1987. A nova fase de crise do ciclo econômico brasileiro iniciou-se a partir de junho, quando a produção industrial caiu consideravelmente de 5,5% em maio para 1,7% em junho.
Nos meses seguintes, essa produção atingiu taxas negativas de crescimento, surtindo efeito na taxa anual, que revela o crescimento de apenas 0,9% em 1987, contra 10,9% em 1986. Ainda na mesma tabela, ao se apreciar o crescimento do PIB, o ano de 1987 abre de fato o caminho para um novo “mergulho” do Brasil em mais uma fase de crise econômica. O PIB em 1987 caiu para 3,6%, cresceu, portanto, menos da metade do ano anterior quando chegou a 7,5%. A trajetória de crise continuou no ano de 1988, confirmando o fenômeno como real, e, em 1990, o desempenho da economia, medido através do PIB, refletiu o pior desempenho de todos os tempos ou pelo menos desde que se têm estatísticas sobre o assunto: ele despencou para -5,1%.
O Plano Collor, portanto, na tentativa fracassada de solucionar de forma definitiva um estado hiperinflacionário que se criara no Brasil, acabou por aprofundar em 1990, ainda mais, o quadro de crise da economia que se iniciara em meados de 1987. Desagregando o setor industrial por categorias de uso, também se tem uma idéia da intensidade da crise no início da década de 90. O setor produtor de bens de capital foi o mais prejudicado, sendo o que registrou
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