A Crise Do Brasil Part 1
Exames: A Crise Do Brasil Part 1. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Joana Guedes • 20/10/2013 • 1.235 Palavras (5 Páginas) • 646 Visualizações
Crise do Euro?
recuperação. Em 2009 a renda
alemã caiu 5%, mas para 2010 e
2011 as previsões são de cresci-
mento de 1,2% e 1,7%, respec-
tivamente. A retomada do co-
mércio internacional é um dos
fatores determinantes. A des-
valorização do euro dá reforço
à enorme competitividade in-
ternacional da Alemanha.
O problema das graves crises
localizadas em países de pou-
ca importância (como Grécia e
Portugal) é que o mercado fi -
ca operando em contexto de
maior incerteza frente aos cená-
rios futuros de intervenção pa-
ra enfrentar estas crises. Como
estes países estão na zona do eu-
ro, os atores protagônicos são a
Alemanha e a França. Estes pa-
íses estão focados na proteção
dos seus bancos, principalmen-
te, aqueles que fi zeram opera-
ções de grande risco na periferia
da Europa e que, agora, enfren-
tam problemas. Daí a reação do
governo alemão no sentido de
maior regulamentação dos seus
bancos, bem como a criação de
linhas de fi nanciamento.
Para o governo da Grécia a
regionalização da crise é útil pois
seus objetivos são evitar a quebra
do seu sistema fi nanceiro (gran-
des bancos) e obter taxas de ju-
ros internacionais menores pa-
ra fi nanciar o serviço do passivo
externo. Para que isto ocorra é
necessário usar os esquemas plu-
rilateral (União Européia) e mul-
tilateral (FMI) para obtenção
de recursos externos. Es-
tes esquemas também de-
sempenham papel político
importante no sentido
de dar certa legitimida-
de a medidas duras de
ajuste que implicam queda do
nível de bem-estar da maioria
da população grega.
As conseqüências são pre-
visíveis. Espera-se o maior es-
garçamento do tecido social
(via, por exemplo, contração
do grau de universalização dos
direitos sociais e econômicos),
piora nas condições de traba-
lho, maior exploração do traba-
lhador, concentração da rique-
za e da renda e crescente tensão
nas relações, processos e estru-
turas políticas. A instituciona-
lidade também sofre abalos em
decorrência do acirramento da
disputa pelos recursos contro-
lados pelo Estado. Ou seja, au-
menta a rivalidade entre gru-
pos e classes sociais. Isto não
é, por si só, um problema. Ele
pode ter resultados positivos.
O caso recentíssimo é a tentati-
va do governo dos EUA de im-
plementar uma reforma social-
mente mais justa do sistema de
saúde. Outro exemplo, é a mo-
vimentação da sociedade gre-
ga que “pede a cabeça” dos di-
rigentes políticos que, de uma
forma ou de outra, foram res-
ponsáveis pela crise recente.
■ Reinaldo Gonçalves*
ão há uma “crise do
euro” e, sim, uma crise
localizada na zona do
euro. A União Européia, bem
como o subsistema monetá-
rio europeu (zona do euro), são
marcados por forte assimetria.
A atual crise é, fundamental-
mente, fi nanceira e está locali-
zada, principalmente, na Grécia
e com risco de atingir, de forma
ainda mais aguda, outros países
como Portugal, Irlanda e Espa-
nha. A questão central é que a
desvalorização do euro não é,
por si só, um problema para
os países europeus. Muito pelo
contrário, esta desvalorização
permite aumentar as exporta-
ções, ao mesmo tempo em que
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