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A CRISE DO EURO E O BRASIL

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Por:   •  20/9/2013  •  Tese  •  921 Palavras (4 Páginas)  •  548 Visualizações

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US$272,1 bilhões e os exportadores de petróleo com US$ 211,9 bilhões.

Outros grandes detentores de bônus e títulos da dívida americana são os bancos radicados no Caribe, que acumulam títulos no valor de US$ 169 bilhões, Taiwan com US$ 155 bilhões, Rússia com US$ 151bilhões, Hong Kong com US$ 135 bilhões e Suíça com US$ 107 bilhões.

O alto nível de endividamento dos EUA ainda reflete, entre outros fatores, efeitos da “ressaca” da crise financeira desencadeada em 2008 pela quebra do banco Lehman Brothers. Isso porque, em tempos recessão, um país precisa de mais dinheiro para estimular a economia. A decisão de socorrer setores da economia que estavam em risco de falência endividou não só os EUA, mas de outros países que hoje enfrentam problemas com a dívida: Grécia, Irlanda e Itália, por exemplo.

Segundo uma pesquisa do centro de estudos BipartisanPolicy Center (BPC), os gastos federais podem ter que ser reduzidos em até 44% em agosto. O governo federal tem cerca de US$ 306,7 bilhões em obrigações a pagar no mês, a partir do dia 3. No mesmo período, a estimativa é de que a arrecadação seja de US$ 172,4 bilhões, o que obrigaria o governo a priorizar pagamentos.

O estudo mostra que os recursos arrecadados seriam suficientes apenas para pagar os juros da dívida, os planos de assistência médica Medicare e Medicaid, a previdência social, seguro desemprego e contratos de defesa. Sem cortes nesses setores, não haverá dinheiro para manter as próprias estruturas de governo, como departamentos de Justiça, Comércio e Trabalho; pagar salários, exército, programas educacionais e de moradia para as classes mais baixas.

Na avaliação do economista Miguel Daoud, da consultoria Global Financial Advisor, um eventual calote dos EUA teria impactos econômicos no Brasil, que vive momento de dólar baixo e forte consumo de impactos. Encareceria o custo de financiamento para bancos e empresas brasileiras, que precisam captar dinheiro no exterior; valorizaria o dólar e aumentaria o preço dos importados, o que geraria inflação; causaria também, conseqüentemente, a necessidade de se aumentar ainda mais os juros para controlar os preços.

A CRISE DO EURO E O BRASIL

A gravidade da crise européia também preocupa os países emergentes. Ao contrário de décadas passadas, quando as instabilidades das economias menos desenvolvidas contagiavam às mais avançadas e necessitavam o resgate dos organismos multilaterais, agora os emergentes temem a contaminação dos problemas sofridos pelos ricos. Mesmo com fundamentos econômicos sólidos, o Brasil não está imune à crise. As linhas de crédito para importação e exportação brasileiras, em bancos europeus, diminuíram e estão mais caras. Nossos exportadores já buscam financiamentos nos bancos americanos e asiáticos, que têm muita liquidez, mas passaram a exigir mais garantias, porque sabem que as vendas das empresas para o exterior vão recuar com a desaceleração da economia dos países desenvolvidos.

O Brasil, além da China, Rússia, Índia e África do Sul, que formam o grupo dos países emergente chamado Brics, se reuniram em Washington, em setembro, para negociar uma ajuda conjunta à Europa, como a compra de títulos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. Mas ficou claro que os cinco emergentes possuem interesses muito diferentes. A China prefere transferir recursos para a região, através o FMI, e aumentar seu poder dentro do Fundo. A Rússia está com sua capacidade de apoio debilitada, porque já está afetada pelas turbulências européias. E, a presidente Dilma Rousseff, já afirmou que o Brasil contribuirá com a busca de soluções, mas sem participar das operações de socorro financeiro.

A falta de acordo para socorrer a Europa, deixa dúvidas sobre a capacidade do grupo Brics para influenciar as decisões econômicas e financeiras mundiais. O grupo falhou em estabelecer uma estratégia comum e a reunião ficou abaixo das expectativas das próprias autoridades dos cinco emergentes.

ECONOMIA CHINESA.

Na China a questão do desenvolvimento tem se tornado o centro das atenções desde o fim do pesadelo da “Revolução cultural”. A China é um gigantesco país em desenvolvimento com uma longa história

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