A Cultura Da Manga
Ensaios: A Cultura Da Manga. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: eloilson • 10/10/2013 • 2.669 Palavras (11 Páginas) • 487 Visualizações
CULTURA DA MANGA
A mangueira cultivada atualmente pertence à espécie Mangifera indica da família Anacardeaceae. No Brasil, o cultivo da manga possui uma área de mais de 75 mil ha com uma produção média de 1.200.000 toneladas. Consumida, preferencialmente, in natura, a manga era produzida em pomares domésticos ou em pequenos pomares sem o manejo adequado. Atualmente, a produção de manga vem sendo realizada com técnicas modernas de indução floral.
O Brasil está entre os maiores exportadores juntamente com México, Filipinas, Índia, Paquistão e África do Sul. A época de oferta varia conforme o país, concentrando-se no período de abril a agosto. O Brasil produz na entressafra dos principais países produtores e exportadores, o que lhe confere vantagens comerciais por desfrutar de preços mais elevados e ter poucos concorrentes no mercado.
Características botânicas
A mangueira é uma árvore de porte médio a alto. As folhas apresentam coloração que vai do verde-claro a uma tonalidade levemente amarronzada ou arroxeada, quando jovens, e verde-normal a escuro, quando maduras. A nervura central se apresenta amarelada quando a folha esta madura, e arroxeada quando se encontra em crescimento. A inflorescência (chamada de panícula) gera flores hermafroditas e masculinas, e o número de flores em cada pode variar de 500 a mais de 4 mil. . É comumente aceito que o polinizador natural das flores seja a mosca doméstica. O fruto da mangueira é uma drupa bastante variável em termos de tamanho, peso (poucos gramas a aproximadamente dois quilos), forma (reniforme, ovada, oblonga, arredondada, cordiforme) e cor (diversas tonalidades de verde, amarelo e vermelho). A polpa tem cor amarela (várias tonalidades), mais ou menos fibrosa (de acordo com a variedade) e de sabor variado.
Dentro da espécie M. indica existem dois tipos distintos de plantas que podem ser diferenciadas de acordo com seu modo de germinação e centro de diversificação. As variedades originárias de regiões subtropicais apresentam sementes monoembriônicas, enquanto as originárias de regiões tropicais, sementes poliembriônicas. As primeiras são, provavelmente, originárias da Índia, e as segundas, poliembriônicas, das regiões tropicais da Península Malaia.
Cultivares
As variedades mais indicadas são as que apresentam alta produtividade, coloração atraente do fruto (de preferência vermelha), polpa doce (Brix º 17%) e pouca ou nenhuma fibra, além da resistência ao manuseio e ao transporte para mercados distantes. Outras qualidades também desejáveis são a regularidade de produção e a resistência a doenças como malformação floral, antracnose e botriodiplodia, além de baixa incidência de colapso interno de polpa.
•Keitt - Seus frutos são grandes (até 15cm de comprimento, 600 g a 800 g), ovalados, de casca amarelo-esverdeada, geralmente com laivos leves cor-de-rosa, polpa de tom amarelo-intenso, sem fibras, firme, sucosa e doce. A semente é pequena (7% a 8,5% do peso do fruto) e monoembriônica. A planta é muito produtiva, medianamente resistente à antracnose, possuindo hábito de crescimento típico, representado por ramos abertos e arcados, e folhas voltadas para a base dos ramos, o que resulta num formato irregular da copa. Tem maturação tardia e os frutos mantêm-se na planta por longo período. Apresenta boa resistência ao transporte.
•Van Dyke - Produz frutos médios (300 g a 400 g), de casca amarela com laivos vermelhos. A polpa é firme e resistente ao transporte, tem sabor agradável, muito doce. A semente é pequena, monoembriônica. A planta é muito produtiva e de meia-estação quanto à maturação, mostrando uma certa irregularidade na produção.
•Palmer - A planta apresenta porte médio, vigor moderado e produção regular. Os frutos são grandes (15 cm de comprimento, até 900 g), de forma alongada, e de cor laranja-amarelada com laivos vermelho-brilhante. A polpa tem pouca fibra, é firme e com aroma suave. A semente é monoembriônica e de tamanho médio (cerca de 10% do peso do fruto). A maturação é tardia. Aceitação crescente no mercado consumidor.
•Kent - A árvore é vigorosa, produtiva, de porte médio e copa compacta e arredondada. O fruto é grande (13 cm de comprimento, 600 g a 750 g) e ovalado, de casca entre verde-claro e amarelo, adquirindo tom avermelhado com o amadurecimento. A polpa é amarelo-alaranjada, doce, sem fibra, aromática e sucosa. A maturação é tardia. Produz semente pequena (em torno de 9% do peso do fruto) e monoembriônica. É suscetível às principais doenças.
•Tommy Atkins - Tommy Atkins - Produz frutos médios a grandes (até 13 cm de comprimento, 400 g a 600 g) resistentes ao manuseio e ao transporte, de casca grossa, lisa e de coloração que vai do vermelho com laivos amarelos ao vermelho-brilhante. A polpa apresenta textura firme, coloração amarelo-escura, de sabor agradável, doce (17% de açúcares), com poucas fibras. A semente é pequena, cerca de 8% do peso do fruto, e monoembriônica. A árvore é vigorosa, de copa densa e arredondada. Tem produção natural de meia-estação, ou seja, de outubro a janeiro, apresentando resistência mediana à antracnose sendo, no entanto, uma das mais sensíveis ao colapso interno dos frutos.
•Haden - Até pouco tempo atrás, a variedade Haden era a de maior aceitação no mercado e a mais difundida nos plantios comerciais no Brasil pela excelente qualidade de seu fruto. Hoje, está sendo substituída por outras variedades mais promissoras quanto à produtividade e resistência a doenças.
•Espada - Uma das variedades brasileiras mais antigas e comuns. A árvore é muito vigorosa, porte elevado e muito produtiva. O fruto é verde intenso ou amarelo esverdeado, de tamanho médio (em torno de 300 g), com casca lisa e espessa. A polpa tem muita fibra e coloração amarelada. Possui sabor de regular para bom (em torno de 18º Brix) e tem lugar de destaque no mercado interno; responde ao manejo da indução floral com o uso de paclobutrazol. É muito utilizada como porta-enxerto e a semente é poliembriônica, coberta com fibras.
•Rosa - A exemplo da ‘Espada’ é uma das variedades brasileiras mais conhecidas. A árvore possui porte médio, de crescimento lento e copa arredondada. O fruto varia de amarelo para rosa-vermelho, peso médio em torno de 350 g. A casca
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