A Desigualdade Geométrica: Brunn-Minkowski
Por: manoelnunes479 • 21/10/2023 • Relatório de pesquisa • 1.364 Palavras (6 Páginas) • 59 Visualizações
Desigualdade Geometrica: Brunn-Minkowski
Autor discente MANOEL NUNES RODRIGUES, Autor docente NEWTON LUÍS SANTOS, Departamento de
Matemática, UFPI)
Palavras-chave: Desigualdades; Isoperimétrica; Brunn-Minkowski; Volume.
1. Introdução
Ao longo desse trabalho realizamos um estudo introdutório sobre teoria da medida e nos
aprofundamos na desigualdade de Brunn-Minkowski a estudar sua relação com outras desigualdades em
geometria, análise e algumas aplicações.
Nossa pesquisa iniciou com o estudo de medida que foi de fundamental importância. Obtivemos
uma base nos conceitos de medida no sentido Lebesgue e Hausdorff [5], volume n-dimensional e funções
convexas. O estudo de integrais no sentido Lebesgue, possibilitou o estudo sobre a desigualdade de Brunn-
Minkowski e a exploração de outras desigualdades como a Prékopa-Leindler tendo como referência [1].
Em contextos mais gerais, onde noções de área e perímetro, ou volumes são mais delicados.
Muitas vezes a pergunta passa a ser qual a noção correta de área de determinado espaço. Vimos também
o problema isoperimétrico que no plano:
L
2 ≥ 4πA
onde A é a area envonvidada pela curva de comprimento L. Existem várias versões de que se mantém não
somente em espaços Euclidianos n-dimensionais R
n
, mas também em espaços mais gerais. Essas
desigualdades isoperimetricas estão relacionadas a várias importantes desigualdades analíticas, que
veremos ao longo desse trabalho.
A desigualdade de Brunn-Minkowski é uma delas. Sejam K e L corpos convexos (conjuntos
compactos convexos com interior não vazios) em R
n e 0 < λ < 1, então
V((1 − λ)K +λL)
1/n
≥ (1 − λ)V(K)
1/n + λV(L)
1/n
onde V denota o volume e + o vetor soma (que serão definidos mais a frente). A igualdade se mantem
quando K e L são homotéticos, ou seja, iguais a menos de rotações e translações. Osserman enfatiza que
mesmo essa forma mais geral é fácil provar e que rapidamente implica na desigualdade isoperimétrica
clássica para uma importante classe de conjuntos.
2. Metodologia
Iniciamos nosso estudo com uma introdução às desigualdades isoperimétricas com ferramentais de
teoria da medida, aprofundamos o estudo com análise geométrica da medida, através de apresentações
periódicas realizadas semanalmente, nas quais utilizamos livros, artigos, resumos, pincéis, apagador e
quadro branco. As ferramentas de introdução tiveram como base o livro do 19o Colóquio brasileiro de
Matemática de MERCURI, Francesco e PEDROSA, Renato [1].
Para o estudo da relação entre a desigualdade de Brunn-Minkowski e outras desigualdades em
geometria e analise utilizamos o artigo de GARDNER,R. J. [2].
Em paralelo foi realizado o estudo do editor de texto Latex para fim de elaboração do relatório
técnico com os resultados obtidos no projeto.
3. Resultados e discussão
Estudamos a noção de medida e um dos resultados mais interessantes que achei foi
Teorema de Banach-Tarski: Sejam U e V abertos quaisquer de R
n
,n ≥ 3. Existem E1
, ⋯ , Ek, F1
, ... , Fk
subconjunto de R
n e k ∊ N tais que:
(1) Ei ∩ Ej = se i ≠ j, e U =∪j=1
k Ej
.
(2) Fi ∩ Fj = se i ≠ j e V =∪j=1
k Fj
(3) Ej é congruente a Fj para j = 1, ... , k.
Esse resultado nos diz, por exemplo, que pode-se cortar uma bola do tamanho de uma laranja (ou
de uma cabeça de alfinete) em um número finito de pedaços e reorganiza-los de modo a formar uma bola
do tamanho da terra! Os conjuntos Ej e Fj são bem bizarros e sua construção depende do axioma da
SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPI. (Edital 2017/2018), XXVII, 2018. Anais... Teresina: UFPI, 2018. ISSN 1518-7772.
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escolha [6]. Mas a existência dele independe da construção de qualquer μ: ℘(\R
n) → [0, ∞] que associe
valores finitos positivos a conjuntos abertos limitados e satisfaça
(i) Dada uma sequência A1, A2, ⋯, finita ou infinita de subconjuntos de R
n
, disjuntos:
μ(∪n=1
∞ An
) = μ(A
1
)+ μ(A2
) + μ(A3
...