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A Desigualdade de Gênero

Por:   •  3/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.440 Palavras (14 Páginas)  •  1.029 Visualizações

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Comunicação Social - Publicidade e Propaganda

DESIGUALDADE DE GÊNERO

Taguatinga - DF

2016

Introdução

O presente trabalho consiste em definir e conceituar a desigualdade de gênero que existe a séculos e significa que homens e mulheres têm direitos e deveres diferentes, formando com esse pensamento uma sociedade de preconceitos e discriminações em várias áreas como educação, família, trabalho, religião e outras, somente com base no gênero.  A luta pela igualdade de gênero começou em meados do século XX com o movimento feminista que busca justamente que homens e mulheres sejam tratados igualmente, com direitos e deveres iguais, livres de limitações, sem distinção alguma. Mostraremos também notícias sobre tal assunto, como a publicidade e os meios de comunicação se comportam diante dessa problemática e o que estão fazendo para combater e por fim acabar com a desigualdade de gênero.

Principais conceitos e definições

Ao longo dos séculos podemos perceber de forma notável a diferenciação e inferiorização da mulher. Até meados do século passado o homem era tido como o chefe supremo sobre a mulher, que até mesmo para trabalhar precisava de autorização do cônjuge.

A evolução do ser humano tem forte influência na diferenciação dos gêneros. “Na era das cavernas cada sexo desempenhava um papel bem definido, o que ajudava a assegurar a sobrevivência da espécie” (GIL, 2011, p.144).Com o homem assumindo tarefas pesadas e violenta  e a mulher cuidando da prole, eles desenvolveram habilidades conforme suas atividades. Assim podemos considerar diferenças biológica entre os gêneros.

Atualmente as mulheres vem ganhando cada vez mais espaço e igualdade em relação ao homem, mas ainda assim é fácil vermos a confirmação da diferenciação de gênero em filmes, anúncios, revistas e fotos. Mas tudo isso está por trás de fatores sociais, históricos e culturais.

A definição de desigualdade de gênero

As diferenças se iniciam de forma biológica, mas sãos os padrões sociais culturais que geram a desigualdade pois consideram como obrigação do homem, ser o provedor do lar e a mulher ser quem cuida da casa e da família. Durante a infância é colocado diante das crianças roupas azuis para meninos e roupas rosas para as meninas contribuindo com a definição do gênero.

Segundo (GIL, 2011), através do convívio e interação social dentro da família, os recém nascidos rapidamente assumem sua identidade sexual e aprendem a desempenhar seus papeis de gênero. Os brinquedos, roupas e a forma de tratamento direcionadas as crianças, reforçam a ideia de que homem brinca de carrinho e mulheres de bonecas, aprendendo a cuidar da casa. Em quase todas as atividades da mulher, espera-se que ela assuma a responsabilidade pelos cuidados com a casa e a educação dos filhos.

Abrindo um parêntese nessa parte, o estimulo da família no comportamento de gênero da criança, está sendo discutido por especialistas quando se trata de casais homo afetivos, a discussão tenta esclarecer se a interação social familiar na infância, afetaria o comportamento do individuo em relação ao gênero.

A cada ano a luta pela igualdade de gênero tem ganhado maior visibilidade, mas ainda hoje se percebe a desigualdade em vários setores da sociedade.

Os meios de comunicação de massa exercem um papel de comercialização da mulher associada a sensualidade, delicadeza e inferioridade. A mensagem que se percebe é que a mulher é um objeto que serve para servir o homem, nos comerciais de cerveja no Brasil a mulher sempre aparece em apelo sexual se subordinando ao homem.

Os meios de comunicação de massa tem a capacidade de influenciar as ações sociais entre os gêneros, mas também tem a capacidade de reproduzir a sociedade que se percebe.

Nas Escolas é reforçado os papeis do homem e mulher. (NOSELLA, 1979) diz que os homens aparecem nos livros com maior variedade de ocupação enquanto a mulher se limita a ocupações como cozinheira, aeromoça, secretarias ou professoras do ensino fundamental.

E em relação ao mercado trabalhista, muitos empregadores pensam nas despesas adicionais que podem vir junto a contratação de uma mulher, como a licença maternidade. Há também uma diferença salarial entre os gêneros, as mulheres tem o salario inferior ao de homens com mesma ocupação.

A imagem da mulher sempre está associada a fragilidade, delicadeza e subordinação. No Brasil tradicionalmente definem a medicina como profissão para homens, a maioria dos profissionais da área são homens e estão no topo da “cadeia alimentar salarial”, “no Leste Europeu a medicina é composta na grande maioria por mulheres que recebem salários inferiores ao de operários” (GIL, 2011).

A série norte américa (MAD MEN, 2007) retrata de forma clara a forma em que acontecia a discriminação da mulher no trabalho na década de 60, as mulheres eram vistas apenas como donas de casa, secretarias, aeromoças e objetos sexuais.

Há também na politica ocidental, uma cultura sexista que impede que muitas mulheres participem deste meio. É grande a desproporcionalidade de mulheres na politica mundial em relação aos homens.

A religião também é instrumento de diferenciação de gênero e passou por varias fazes de perspectivas em relação as mulheres.

A participação feminina na cultura religiosa passou por variadas formas, desde a adoração do feminino pela fertilidade até sua total e completa negação, ou seja, saiu de um estado de divinização até o ponto de ser totalmente anulada. Desde o tempo em que o feminino representava o transcendente até o ponto em que representa a origem do pecado.(SANCHES,  2009)

Poderíamos associar os adjetivos culturais da mulher com a diferente carga genética dos gêneros, mas na verdade a maior contribuição para uma diferenciação é de origem cultural, em seu livro Sociologia Geral (GIL, 2011, p. 146) demonstra que os “fatores biológicos são fracos  na determinação do comportamento social”.

Comparando três culturas que compartilhavam organização social semelhante ( arapesh, mundugomor e tchambuli ), constatou que nas duas primeiras não existia um padrão sentimental distinto para homens e mulheres. Na Cultura arapesh a docilidade era o traço mais valorizado e na mundugomor era a agressividade, tanto para homens quanto para mulheres. Já a cultura tchambuli havia grandes difereças entre os sexos: as mulheres eram dominantes e racionais e os homens eram submissos e emocionais. Seus papeis invertiam-se em relação aos padrões ocidentais (MEAD, 1969, apud GIL, 2011).

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