A EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
Por: Anderson Jácome Dos Santos • 7/6/2021 • Monografia • 10.753 Palavras (44 Páginas) • 135 Visualizações
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RESUMO
O presente estudo objetiva apresentar a questão da inclusão em escolas regulares, com o objetivo de postular ideias sobre como contribuir para a formação cidadã do indivíduo. Ciente do direito da pessoa com deficiência concluir sua etapa educativa e formativa em escola regular surge o seguinte questionamento: as escolas, os funcionários, os currículos, os educadores estão prontos para a inclusão ou estão recebendo as matrículas por obrigação? Para responder a pergunta foi empreendida uma pesquisa bibliográfica onde foram selecionados estudos e pesquisas de respeitados autores que tratam do tema inclusão, como por exemplo, Mantoan e Aranha. Ainda falta muito para que os ordenamentos legais acerca do tema inclusão escolares sejam cumpridos, as escolas ainda não estão desempenhando o seu papel e a sua função para com as pessoas deficientes, porém é necessário que se compreenda que o indivíduo especial é, antes de tudo, um ser humano, um cidadão, capaz de participar de ter uma formação educacional, portanto, é urgente que iniciativas de uma inclusão escolar de qualidade sejam efetivadas na prática.
Palavras-chave:
Formação. Cidadania. Direito. Educação. Qualidade.
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INTRODUÇÃO
Um dos grandes desafios da educação é promover a consciência e a realidade da inclusão e formar o indivíduo para a vida, constituindo, assim, um cidadão. A educação inclusiva, bem como toda sua filosofia, tem insistido em atenuar a desigualdade entre as pessoas. Como exemplo, vale lembrar que o sistema de quotas universitárias para negros e índios é uma espécie de moção da educação no sentido de incluir. Neste ponto é que se insere a questão da educação especial: uma forma de incluir e atenuar o preconceito para com os deficientes diversos.
Esta pesquisa delimita-se em uma abordagem sobre a educação inclusiva, como uma concepção que permite à pessoa com deficiência se inserir na sociedade e se assegurar de sua cidadania. Para que o tema seja bem situado, é necessário fazer toda uma abordagem para fundamentar o valor e o papel da educação especial e inclusiva.
Sabe-se que a é direito da pessoa com deficiência estar matriculado e receber educação em uma escola regular juntamente com os alunos que não possuem deficiências. Dessa forma, surgem os seguintes questionamentos: As escolas, os funcionários, os currículos, os educadores estão prontos para a inclusão ou estão recebendo as matrículas por obrigação?
Ao abordar a temática da educação especial inclusiva, o presente trabalho refere-se aos esforços, às pesquisas, às elaborações teóricas, conceituais e ideológicas e às bases legais sobre a educação voltada para cidadãos deficientes, bem como a presença desses cidadãos no círculo educacional. Portanto, neste artigo foram selecionados estudos e pesquisas de respeitados autores que tratam do tema inclusão, como por exemplo, Maria Teresa Eglér Mantoan e Maria Salete Fábio Aranha, que são um dos maiores especialistas e pesquisadores do tema inclusão escolar no Brasil, estas autoras fomentam a necessidade de uma ampla transformação das escolas regulares para que elas atendam a todos os alunos e desenvolva as suas potencialidades.
Para Mantoan (2003), a inclusão é o ato ou capacidade de entender, reconhecer, conviver e compartilhar, envolvendo pessoas que possuem diferenças. Para Aranha (2003) que nenhuma criança deve ser abstraída do convívio com as outras pelo fato de apresentar alguma deficiência ou necessidade especial.
A educação no Brasil, com suas bases na Carta Magna (BRASIL, 1988), deve ser direito de todos os cidadãos, independentemente das características próprias, percalços e dificuldades de aprendizagem que tais cidadãos têm. Assim, há uma questão sobre a eficácia ou validade de uma perspectiva educacional capaz de abranger a todos.
Observa-se, também, que existe uma lacuna entre o que é idealizado e o que realmente acontece nos contextos de educação inclusiva. Com isso, não se cessam as tentativas de formular novas abordagens, programas, perspectivas e exercícios da educação inclusiva. Percebe-se isso pela crescente ênfase que se dá ao tema, pelos programas governamentais que visam à capacitação de professores de escolas convencionais para o trabalho com alunos deficientes, pela crescente oferta de cursos relacionados à área nos ambientes acadêmicos.
Portanto, esta pesquisa se justifica uma vez que incluir pessoas com necessidades especiais na sociedade e principalmente na escola regular é um fato. Não há como lhes negar esse direito. Por isso, é preciso que todos os envolvidos nesse processo reajam e arregacem as mangas e busquem reverter essa condição, vencendo medos e preconceitos e batalhar para um mundo melhor para mim, para você e para todos.
A presente pesquisa, por sua vez, propõe-se a levantar um breve histórico da educação especial e inclusiva no Brasil, apresentar tópico sobre a teoria e a prática da educação inclusiva, discutir a relevância e a generalidade de sua eficácia a partir do objetivo proposto por cada círculo de educação inclusiva, verificar a questão da inclusão em escolas regulares, com o objetivo de postular ideias sobre como contribuir para a formação cidadã do indivíduo.
A presente pesquisa classifica-se em exploratória, em uma abordagem qualitativa. Quanto à técnica de pesquisa, é empregada a bibliográfica, já que se faz necessária uma revisão de literatura, ou seja, um embasamento teórico com pesquisa e consulta em livros, revistas, artigos científicos e materiais publicados.
1. EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA
1.1 Breve Históricos
Tem sido grande o empenho por parte de governantes e teóricos em tratar do tópico da educação inclusiva no Brasil. De acordo com Rondelli (1993), algumas concepções pós-modernas auxiliaram na difusão da educação especial, por enfatizar a questão da relativização, da ideia sobre o que é “o correto” ou “o errado”. Assim, ele afirma que a educação especial no Brasil nasceu de um contexto complexo e, muitas vezes, indefinido, mas com influências da pós-modernidade.
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