A ERGONOMIA E QUALIDADE DE VIDA
Por: DaniloSilva2019 • 15/5/2019 • Trabalho acadêmico • 5.191 Palavras (21 Páginas) • 216 Visualizações
ERGONOMIA E QUALIDADE DE VIDA
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AUTORES
SILVA, Danilo da
Discente da União das União das Faculdades dos Grandes Lagos - UNILAGO
CAPOBIANCO, Marcela Petrolini
Docente da União das Faculdades dos Grandes Lagos - UNILAGO
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RESUMO
Objetivo: Abordar ao ambiente de trabalho, ergonomia e qualidade de vida, a partir da perspectiva de auto-determinação e autopoiese na complexidade dos seres humanos, para apreciar e promover a saúde individual e coletiva. Metodologia: Pesquisa teórica, método hermenêutico crítico. Com revisão bibliográfica-documental e análise técnica. Discussão: A abordagem apresentada acima, confirma a estreita relação entre trabalho e qualidade de vida, uma vez que coloca o ambiente de trabalho, entre os elementos que afetam a vida humana mais diretamente, igualando-os com a família e casa. O lugar privilegiado que ocupa tudo relacionado com a atividade de trabalho dos seres humanos, leva a uma grande responsabilidade do trabalhador para preservar a sua saúde tanto para o presente e para o futuro, evitando a degradação e alienação de sua atividade criativa; bem como organizações e instituições cuja finalidade de proteger a saúde e prevenir a doença em capital humano primário. Conclusão: Embora o trabalho é quase tão antigo quanto a própria humanidade, ergonomia e qualidade de vida são disciplina e conceito emergente na construção e evolução de caráter e inter e transdisciplinar por várias redes de conhecimento que fluem em um outro. São construtos qualitativos e ideográficos relacionados à subjetividade do trabalhador; com sistemas de convivência social feitos a partir da emoção de compromisso, constituindo o espaço de ação de aceitação de um acordo na realização de uma tarefa.
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PALAVRAS-CHAVE
Trabalho, Ergonomia, Qualidade de Vida, Autodeterminação. Autopoiese
- INTRODUÇÃO
O século XX caracterizou-se por múltiplos avanços científicos e pela formação de disciplinas, organizações governamentais e não governamentais que se dedicaram ao estudo e soluções dos principais problemas que afetam a saúde dos trabalhadores. Muitas das dificuldades enfrentadas pela força de trabalho têm sido relacionadas ao modelo de produção capitalista, à industrialização, à mecanização e à superespecialização do trabalho (FERREIRA, 2012).
A promoção da saúde e a prevenção de doenças, a cada dia, assumem maior relevância no campo da saúde em geral e, particularmente, na saúde ocupacional. A necessidade de manter condições de vida ótimas para os trabalhadores é aceita pelos setores envolvidos no local de trabalho (governo, empresas, sindicatos, sindicatos). Um trabalhador saudável leva à realização de uma atividade de trabalho de alta qualidade e com satisfação, minimiza as ausências no trabalho, evita o congestionamento de serviços de saúde especializados; e acima de tudo, permite ao indivíduo, ao final de sua vida ativa, usufruir de um nível adequado de bem-estar que lhe permita uma aposentadoria com qualidade de vida (GOMES FILHO, 2016).
Nesse sentido, a Ergonomia vem abranger esse importante espaço que se refere a fornecer uma série de elementos na área da preservação das condições de saúde dos trabalhadores nas diversas áreas em que vêm atuar. Desta forma, a ergonomia é uma disciplina que atua como uma ponte entre a biologia humana e a engenharia, disponibilizando ao último conhecimento das capacidades e limitações humanas que devem ser usadas para um bom projeto de trabalho (FERREIRA, 2011).
Sabe-se que quando um trabalhador adoece ou se lesiona, influencia negativamente a qualidade do trabalho e a economia da organização; um salário deve ser pago à pessoa que o substituir ou deixar o local de trabalho vago, ao mesmo tempo em que a parte lesada deve ser compensada e, além disso, o processo de produção é afetado. Se um trabalhador com menos experiência e habilidade for empregado, haverá interrupções que prejudicam o restante do processo produtivo ou de serviço; ao mesmo tempo que um estado de inquietação e ansiedade entre outros trabalhadores é gerado (CORREA, BOLETTI, 2015).
Para o trabalhador, a garantia de sua qualidade de vida no trabalho é uma premissa muito importante que afeta o sucesso social de qualquer organização, já que o trabalho é uma interação material cujo componente específico e fundamental é seu caráter sócio histórico, a relação entre o homem e seu ambiente - socioeconômico, abiótico, biótico e cultural - e com sua consciência social, que inclui a interação do sujeito com seu próprio organismo biológico, psicológico e social, onde o homem é seu principal protagonista (MONDELO, TORADA, BOMBARDO, 2010).
A conceituação de Qualidade de Vida também é recente. É geralmente definida como o conjunto de condições que contribuem para tornar a vida agradável e valiosa. Mas este conceito, complexo devido às suas implicações, não é um todo acabado, é uma categoria em construção que ao longo dos anos tem vindo a incorporar elementos e que certamente será sujeita a revisão no futuro (FERREIRA, 2011).
A OMS estabelece que a qualidade de vida é a percepção que um indivíduo tem de seu lugar na existência, no contexto da cultura e do sistema de valores em que ele vive e em relação a seus objetivos, suas expectativas, suas normas, suas preocupações. Muito amplo que é influenciado de forma complexa pela saúde física do sujeito, seu estado psicológico, nível de independência, relações sociais, e sua relação com os elementos essenciais do seu ambiente (CORREA, BOLETTI, 2015).
O século XXI é apresentado como aquele em que o termo qualidade de vida não só permeiam as intenções e ações dos responsáveis para os habitantes de um estado, mas que conscientemente exige desfrutar de uma maior escolha e decisão de optar por uma vida de maior qualidade Isso inclui melhor acesso a serviços públicos e privados para educação, saúde e lazer; um ambiente profissional-trabalho adequado, a promoção da saúde e a prevenção da doença, levando em conta que a expectativa de vida dos indivíduos aumenta cada vez mais, e que uma vida longa, produtiva e satisfatória é aspirada a um número significativo de indivíduos (FERREIRA, 2012).
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